26.2.11

UM ESPELHO




O "Expresso 2000 exemplares" (parabéns à prima) divulga, via Mr. Assange, o que um diplomata norte-americano transmitiu ao seu governo sobre a Defesa Nacional, as Forças Armadas e a FLAD portuguesas. Quem serviu nas fileiras - com ou já sem Ultramar mas antes da destruição metódica das FAP's pelos partidos deste regime, todos, sem excepção - não pode deixar de se sentir envergonhado com o "retrato". E escusam de vir com discursatas patrioteiras (e vindas, então, de quem nunca disparou um tiro ou vestiu uma farda, dá vontade de rir) e politicamente correctas (Passos Coelho já caiu na armadilha ao falar em "leviandade") contra a coisa porque conseguem ser ainda mais ridículos do que saem do "retrato". Todavia, um país (e uns chefes militares) que entrega a Defesa Nacional a um sociólogo ex-MES (como, dantes, a um bondoso académico ou a um eterno chefe de partido de fatos às riscas) merece todos os vexames públicos. Já que nós não somos capazes de nos vermos ao espelho, haja então quem nos empreste um.

10 comentários:

tinteiro digital disse...

O que há de novo no Expresso de hoje não é o lixo que publicou. É mais o facto de o Expresso publicar lixo.
http://tinteirodigital.wordpress.com/2011/02/26/pena/

Anónimo disse...

É no mínimo estranho que um embaixador americano acuse Portugal de "comprar brinquedos caros" para as FAP's. Até porque não há um único "brinquedo militar" que não seja caro.
Wass Fudder.

Anónimo disse...

Há os analfabetos e há aqueles como os Americanos que sempre tiveram muito medo de submarinos que são as únicas coisas que doem - afundam Porta Aviões - para um país pequeno.


lucklucky

Anónimo disse...

Já aqui o disse: as nossas Forças Armadas têm oficiais-generais em excesso (tal como é normal em qualquer república de bananal); isso, não há embaixador que consiga impingir-nos como novidade. O mais importante, porém, é que é perceptível - no lixo publicado no Expresso-de-São-Paulo - o tom ressabiado do embaixador devido à não-opção incondicional pela compra de material americano (em que, certamente, os americanos seriam bonzinhos para nós...). Mas são também reveladores a confusão de números, os dados errados e as informações desactualizadas e contradictórias: é visível que o embaixador e os seus 'serviços de informações' têm tanta 'inteligência' como aquela que se pode encontrar às 18h em cafés; e que os seus métodos consistem em circular em cabeleireiros e centros comerciais, à espera de surpreender conversa. E também que prestam demasiada atenção aos telejornais dos três canais portugueses que, cada um a seu modo, relatam - à maneira de intriga porteiral - as aquisições e os contratos da Defesa Nacional de forma truncada, parcial, desinformadora e servindo lobbies. Será talvez demasiado afoito afirmar que desde Adelino Amaro da Costa, Portugal não teve um ministro da Defesa Nacional decente pois o homem morreu de morte-macaca e nunca foi escrutinado verdadeiramente; Portas não foi certamente o pior. Não restam no entanto dúvidas de que estes dois últimos - um professoreco irrelevante e capacho, e um ex-revolucionário raivoso e de língua fácil - são, junto com Rui Pena, um conjunto bem bizarro e que já forneceu "a Portugal e ao Mundo" alguns dos episódios, frases e atitudes mais tristes de que há memória. O destaque dado pelo Expresso à coisa, com 4 páginas que não constituem verdadeira novidade, mostram também a santíssima e honestíssima aliança recente (qual contrato futebolístico) com os rapazes-Assange: é o desepero para vender papel.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

O rei vai nu, como sabemos. Desgraçadamente à cambada de incompetentes que nos pastoreia nada acontecerá porque a gamela está bem distribuída e o que menos os preocupa é a opinião que deles temos.
As FAP estão sem rumo, vivendo o dia a dia sem dignidade institucional mas, entendamo-nos: as suas chefias pedem meça à mediocridade da tutela.
Em 1975 havia 40 generais. Hoje há 60 fora os que, já reservistas, continuam "sentados" pelos cantos.
Em 1975 o efectivo do Exército ultrapassava os 150000. Hoje são menos de um sexto mas... há quadros, unidades e instalações por tudo quanto é lado.
E assim se desperdiçam alegremente recursos...

Bic Laranja disse...

Um exército fujão rendido a uma corja de entreguistas. Que havia de dar?
(Os adjectivos faço-os meus mas são do prof. Marcello Caetano.)
Cumpts.

Bastonário da Ordem dos Otários disse...

Um país com um bonito escol de «generais sentados».

Os americanos continuam a ser o povo mais progressista na captação das realidades.

Anónimo disse...

Se as forças armadas estão velhas desarmadas e e sem efectivos,para quê um ministro da defesa???Um secretario de estado e um chefe mayor à estalada resolviam as coisas mais depressa.

Anónimo disse...

O embaixador foi dizendo o que a malta bem sabe...Aonde esta a novidade...Daqui de fora vejo a coisa como o homem a descreve, e o mesmo aplicasse a todo o resto e nao so as FA...Palhacada! Vao trabalhar seus malandros!

Anónimo disse...

Por acaso o embaixador não se lembrou de dizer que em Portugal havia políticos a mais.Mas há.E assessores.E boys.E assessores dos boys.E vá lá essas coisas das fundações que também nos afundam e a eles na corrupção...
Claro que o embaixador andava chateado por a malta não comprar o armamento deles, o que diminui a sua "influência", principalmente num país em que parece o recuo da ex-URSS!