21.2.11

A ESTÁTUA DO COMENDADOR



O PR recebeu o presidente do Tribunal de Contas, o honorável Guilherme Oliveira Martins. Martins tem assegurado um trabalho meritório apesar de também presidir, por inerência, a uma coisa qualquer contra a corrupção, especializada em armazenar papéis, planos e "planinhos" de combate à dita sem a menor utilidade. Mas Martins, não obstante as suas imensas qualidades intelectuais, é um epítome do regime. Antigo assessor presidencial, deputado, ministro, outra vez deputado, etc., etc., Martins exibe uma invejável longevidade institucional. Cavaco porventura simpatiza com este tipo de figuras e ouve-as atentamente. Não se deve deixar, porém, impressionar por elas. Comendador, só mesmo a estátua semovente do Mozart.

6 comentários:

Anónimo disse...

São figuras como esta que assaltaram o país a seguir a 1975 encobertos pelo maior logro da História de Portugal a que chamam "democracia". Mas não passam de um bando de "políticos" a viverem como ninguém à custa dos impostos e dos tachos que recebem de alguns "empresários" a quem entregaram "negócios" chorudos onde nos chupam até ao tutano.

floribundus disse...

o sobrinho do tio-avô
é a 'brisa que desliza'
pelo regime nacional-socialista.
não é cavaquista.
conheci-o no PPD-ML do Guerreiro

Hermitage disse...

"EU CÁ SOU MUITO INSTITUCIONAL"

O decente GO Martins é de estirpe diferente do Sócrates.

É Homem de outra natureza, de outra berço, de outra linhagem principiológica...

Mas é algo frágil como se pode reparar e com semelhanças à S. Bento de sousa.

Veja-se. Esteve com Guterres, nas Finanças,e ele e Pina Moura (o inesquecível do subsidio à gasolina e ao gasóleo para o rico e para o pobre) são os autores das sementes de miséria orçamental em que vivemos; esteve na 5 Outubro e àquele mastodonte acrescentou ainda mais peso, de que hoje padece a Educação.

Aceitou ser juiz nas Contas.

E hoje produz relatórios sobre o excesso de "amigos" na Administração e a prevalência destes sobre as competências de carreira, sem se olhar ao espelho.

Repare-se.

Mas que é ele se não um desses amigalhaços que foi preciso arrumar algures, para que as Contas não fossem oposição.

E mais.

Foi o primeiro a aceitar o cargo sabendo do acordo não escrito de que nas Contas estava sempre algúém da oposição ou da casa.

Com ele Sócrates também ali pôs alguém da côr. De vez em quando expele uns espirros, mas o sorriso volta logo de seguida.

Comparado com Sousa Franco em relação a Cavaco, é só revisitar.

Mas em Portugal com Sócrates é assim.

Vão ao PR e dizem para si mesmos, "Eu cá sou muito "institucional", muito à Oliveira Martins, mas o raio da vida guiou-me para ser nomeado por este gajo execrável...não me resta mais nada que ser "institucional" ser das Contas e do partido do Sócrates..."

Cambada!!!

O tal leitor disse...

1)O mais importante: Kurt Moll magnífico,sem dúvida o melhor Comendador depois do Talvela.Ramey péssimo,hirto,inexpressivo,lento,maquinal. Aliás tudo muito lento e demasiado "monumental" numa cena fundamental,mas que exige uma tensão que não há aqui. Tentei ràpidamente ver quem dirigia e encenava,mas preciso de mais tempo pois o video do Youtube é mudo nesse capítulo.Até pode ser o último Don do Karajan (Salzburgo 1980,salvo erro) o que explicaria a "monumentalidade" excessiva caracteristica dos seus últimos anos,não sei.
2)Parece que o principal defeito do O.Martins é andar por cá há muito tempo. Será influência da "rua árabe"? O homem não tem feito um bom e até corajoso trabalho no Tribunal de Contas? Há necessàriamente desfazê-lo por ter andado com Guterres e outros? Depois parece até que é um tipo sério,culto e que inclusivamente gosta de banda desenhada como eu,do Corto Maltese,por exemplo,sobre o qual escreveu quando morreu o Hugo Pratt. Quantos dos nossos políticos sabem que foi o Hugo Pratt? Deixem lá estar o homem sossegado.

Anónimo disse...

Não está em causa a qualidade e integridade do senhor.E o problema também não está nas comissões a que preside pelas funções que exerce.Mas o Presidente do Tribunal de Contas não pode ao mesmo tempo ser Presidente de uma instituição privada(Centro Nacional de Cultura)que recebe subsidios de entidades que tutela,como a Presidência do Conselho de Ministros, ou subvenções de entidades empresariais que têm negócios com o Estado.

O tal leitor disse...

O.K.Com a Inquisição em acção,é sabido,nada escapa.Ti guarda del Grande Inquisitor,já dizia o outro. Sendo o nosso Martins um provável corrupto,vamos talvez então pôr os Deolinda,que ainda não devem receber subsídios,à frente do Centro. Ou o Quim Barreiros,outro caso de sucesso independente(?). Com estes escrúpulos, a Helena Vaz da Silva tambem não deveria ter sido Presidente,apesar do excelente trabalho,pois acumulou com várioas outras funções,como deputada,em que tambem podia corromper e ser corrompida.Purifiquemos. O Robespierre e o Pol Pot,para quem tenha memória,aí estão como permanentes exemplos.