25.5.10

O TORGA DA FISCALIDADE

Cavaco recebe muitas coisas em Belém. Uma delas foi lá ontem "apresentar cumprimentos". Trata-se do bastonário dos TOC's (em Portugal há um bastonário para quase tudo), o sr. Domingues de Azevedo. O tal Azevedo deve ser bastonário dos TOC's desde pequenino e voltou recentemente a ser reeleito pelos "pares". É mais um daqueles da chamada "sociedade civil" que, muito penhoradamente, venera o PS. Bastou vê-lo, à saída de Belém, a falar da aplicação das leis fiscais no tempo e a explanar a sua original "doutrina". Parecia um Miguel Torga da fiscalidade, entre as brumas basálticas dos códigos e a languidez parola de quem tem de dizer qualquer coisa para ficar bem no retrato oficial. Na revista dos TOC's que relatava fotograficamente a retomada de posse do sr. Azevedo, vê-se lá meio regime. É quando basta para o definir.

14 comentários:

Anónimo disse...

Logo que foi eleito como 1º bastonário deu num programa qualquer na TV e foi demasiado nesse sentido. Fez até lembrar o desinteressado bastonário dos advogados.

Anónimo disse...

Nesta paroouula comédia que todos os dias se desenrola nas pantalhas está sempre presente, mas sem se ver com nitidez, uma figura seminal e fundadora, que é exemplo para todos os outros: o BOP - Bastonário da Ordem dos Palhaços. Todos os outros são meros representantes regionais e sectoriais.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

Bastonário: aquele que tem ou usa o bastão. O bastão. O ceptro.
O rei, geralmente, tem um ceptro. O ceptro é autoridade. É a estilização ou a metáfora do bastão. O bastão serve para dar bastonadas. Para bater. Para castigar. O ceptro lembra permanentemente ao povo que pode levar com ele. Quem tem, tem. Aquele que tem, ou detem, é o tenente. Entre o modesto e descartável soldado, e o sargento-mor, existe uma complexa estrutura de postos: cabos, cabos-de-esquadra, furriéis e sargentos. O aspirante aspira a algo. A oficial. O alferes já é oficial. Em séculos remotos até podia ser "mor". O general é o geral. O geral da ordem. O franciscano, beneditino, dominicano, claretiano, jesuíta, carmelita, trapista máximo. Da ordem. Da ordem dos ordenados em tribo, em clube, em súcia. O bastonário, o chefe, o geral, o rei, o director, o director-geral - general. O presidente, aquele que preside ou que assiste impassível e passivo. O "cacique e o casse-tête". Casse-tête é o bastão. Que complexa rede de reizinhos que inventamos para gastar sem responsabilidade. Sem que nada funcioune bem. Puta que os vazou.

Ass.: Besta Imunda

Alves Pimenta disse...

E não há quem dá um TOC definitivo no rabo desse idiota socretino?

Marota disse...

Hehehe, hoje aprendi uma palavra nova: Bastonário - nunca tinha ouvido tal palavra, aqui aprende-se muito Sr. João. Boa tardezinha... Cumprimentos da Marota

ricardo disse...

Estes são os barões do regime.
Para trabalhar um TOC tem que pagar aos donos da profissão.
Eles é que determinam quem pode e quem não pode trabalhar e vivem principescamente dos proventos e benesses que conseguiram consagrar na lei.
Esta forma medieval de senhorio representa o socialismo português no seu melhor.
Os TOC não defendem os interesses dos seus clientes, mas sim os do baronato e do fisco, sob pena de lhes tirarem o modo de vida.

Marota disse...

Desculpe, quis escrever Sr. João Gonçalves e não Sr. João.

Anónimo disse...

Os TOC`s são o maior obtáculo à cobrança de impostos.
Se o que as empresas pagam aos TOC`s, para inventarem mil e uma maneiras de quem lhes paga fugir ao fisco, revertesse em favor do Estado, libertava as empresas que ainda pagam de dupla tributação por terem de pagar aos TOC`s e ao fisco.
Às empresas e às familias devia ser atribuido um imposto único, por estimativa, tal como a contribuição das casas.
Quem tudo quer tudo perde! Querer cobrar percentagem sobre tudo o que se produz numa empresa apenas conduz ao desánimo e ao engano praticado por especialistas.
Simplex seria libertar as empresas de escrita, oficial, obrigatória e consequentemente das despesas a ela inerentes.
Não foi isso que vigorou no sistema tributário até 31 de Dezembro de 1988?

Anónimo disse...

Pois, mas aquela coisa a que chamam OTOC, alimenta muita gente... Ex ministros das finanças tem uma rendinha mensal, ex secretários de estado dos assuntos fiscais, também, o presidente da Comissão Nacional de Contabilidade factura largas dezenas de milhares de euros. É fartar vilanagem, porque o Socrates não quiz que a Ordem fosse fiscalizada pelo Tribunal de Contas. No sábado passado, uma Assembleia Geral aprovou com 81 votos a favor um investimento de 20 milhões de euros. 81 num universo de mais de 73.000

Domingos disse...

Um vigarista do PSD: Domingues Azevedo ( ex deputado) e um vigarista do PS: Manuel dos Santos (ex-secretário de estado)inventaram esta aberração. Imitam o Sócrates na sua honestidade e competência.

Anónimo disse...

Se não me engano, no tal programa o bastonário explicou que de facto os impostos não tinham subido. As deduções é que tinham baixado.

Bernardote disse...

Na Assembleia Geral Extraordinária de sábado passado em Beja um investimento de cerca de 20 milhões de euros foi aprovado por 81 votos a favor e 21 contra.

Perdemos a votação pela margem ínfima de 0,000812062 % do universo de 73886 Tocs .....

Anónimo disse...

Como é possível existir um feudo tão hermético como este da OTOC. A coberto da dignificação da profissão de TOC o sr Domingos Azevedo faz tudo o que apetece obrigando oa funcionarios e seguidores a acompanhá-lo nas votações esperando a vénia sempre que o iluminado fala. Haja vergonha!! Os editoriais que o próprio assina parecem sonetos da Florbela Espanca convertidos em prosa.
Emfim!!! que desolação

Anónimo disse...

Será que não há nada de bom? O bastonário dos TOC tem feito trabalho, produzido. E é sempre reeleito com grandes margens de votos. Quem acha que faz melhor que se apresente. Ou estará tudo comprado, como para aqui se diz?