19.5.10

O ÓNUS


O deputado Pacheco Pereira - o único membro daquela comissão parlamentar kinky que foi ler as transcrições das escutas de Aveiro que alegadamente envolvem Sócrates no proto-negócio PT/TVI - usou o termo "avassalador" para definir o que descobriu. Ficamos naturalmente à espera, enquanto supostos mandantes dos deputados, de ser "avassalados" pelas avassaladoras provas. Não é apenas uma obrigação. É um ónus.

8 comentários:

Anónimo disse...

Divulgar para quê. Não quero saber de mais nada. Só quero ver o gajo na cadeia! Com os lambecus que já conhecemos e os que não conhecemos.

PC

De nihilo nihil disse...

Pela forma enérgica como se agarrou às ditas provas e urgência na sua análise é de esperar factos "interessantes". Aguça também a curiosidade em saber o que estavam nas outras que foram destruídas.
Não é que valha muito em relação à gravíssima situação do país mas servirá para avaliar o grau de incompetência - para não lhe chamar outra coisa pior - dos senhores contratados para o gerir.

Paulo Carvalho disse...

http://povileu.blogspot.com/2010/05/hora-de-socrates.html

Anónimo disse...

O pânico e a urgência na DESTRUIÇÃO "legal" das escutas, transcrições e outros registos, na era digital é, sim, avassaladora. Os delgados-delegados mais o presidente-de-orelhas-hirsutas ficarão na história como as ferramentas dóceis que queimaram documentos - como os nazis fizeram quando os tártaros estavam às portas de Berlim - às ordens do chefe. Pacheco poderá ser o registo-vivo do futuro (como no célebre filme) sendo parte do ónus o facto que, de quando em vez, terá de ser "folheado". Se até os resumos (resumos de escutas, como os resumos da liga-europa às 5ªs feiras...) forem destruídos, estaremos perante um obscurantismo insuperável. E fala a canalha jacobina-aventaleira do Santo Ofício! Como diria Medina Carreira "tudo chegou até nós dos processos do Santo Ofício"; o que ficará para o futuro neste caso? os desempenhos de canas e rodrigues?

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

... e o Canas, sempre com aquele ar inteligente que Deus lhe deu, alegando até ao vómito a «falta de provas». Irra Vitalino !

LUIS BARATA disse...

Não fiquei surpreendido com a adjectivação feita por Pacheco Pereira. A feroz oposição do PS à utilização das ditas não deriva só dos "valores e princípios", e a reacção inicial do procurador e do juiz de instrução de Aveiro que primeiro as ouviram já dizia tudo- talvez fosse forte demais a tipificação como "atentado contra o Estado de direito" que os dois maguistrados defenderam mas que era "material explosivo" não tenho dúvidas...

Anónimo disse...

Então e o que é que o Procurador-Geral da República tem a dizer acerca deste mesmo assunto ? Que não há nada que incrimine o PM ?!
Afinal parece que o grande mérito da democracia e a sua mais impressionante "qualidade" é a de se transformar silenciosamente (como um cancro) numa coisa híbrida entre uma ditadura e uma ditadura. Estamos todos de parabéns juntamente com a vetusta «Assossiação 25 de Abril» !

Anónimo disse...

Como para o zé-pagante as penas, as multas, as coimas, os impostos, as chulices e a injustiça já são geridos por um sistema informático que faz a atribuição desalmda e cega da sorte, devia conseguir-se fazer o mesmo com os políticos - PM's, deputados, autarcas, gestores públicos, boys etc. Assim tinha-se um sistema menos injusto, automático e menos caro: não era preciso pagar ao génio-anão-de-nascimento, que tem orelhas hirsutas e sarro na dentadura. É mais difícil reprogramar uma máquina do que condicionar um juiz; no primeiro caso, é necessário fazer o telefonema para uma empresa, ter umas falas amigáveis com a miúda do pbx, combinar com o rapaz (o técnico!...), esperar a visita de manutenção, ouvir os palpites labregos de bites e bytes com palito na boca, e só depois talvez...Com os juízes e magistrados - PGR's principalmente - basta mandar um paquete com envelope contendo uma alembradura governamental de nomeação, represália, castigo, ameaça de boatos nos jornais e equívocos difundidos propositadamente ou promessas de futuros cargos. Ou simplesmente nada disto; só as palavras escritas numa caligrafia infantil, com os nobres dizeres "calar! protelar! destruir! suprimir! silenciar! senão..." bastam.

Ass.: Besta Imunda