26.5.10

CÉSAR E DEUS

Desta vez a Aura Miguel não tem razão. Cavaco promulgou um diploma do "mundo dos homens" e, não o tendo feito, daqui a umas semanas estava a assiná-lo sem qualquer alternativa. Fê-lo enquanto "César" - fraco César, é certo - e não enquanto homem cuja fé não era para ali chamada. Com as devidas adaptações, é ler Mateus 22, 15-22.

17 comentários:

Anónimo disse...

A seguir ser-lhe-á servido o bife da adopção, espera-se que num momento em que o país não tenha outras coisas mais importantes para pensar, caso contrário, ele aprova.

OCTÁVIO DOS SANTOS disse...

Aura Miguel tem toda a razão. Repito: Cavaco é um cobarde.

Mani Pulite disse...

OLHE QUE A AURA MIGUEL TEM RAZÃO.SE QUERIA PROMULGAR,PROVÁVELMENTE PORQUE NÃO TINHA ALTERNATIVA,ENTÃO PROMULGAVA ANTES DA VISITA DO PAPA E DEIXAVA-SE DE HIPOCRISIAS.TUDO O MAIS TEM MAIS A VER COM O COMPORTAMENTO DE UM HOMEM QUE PREFERE SER THE KING OF FOOLS AND A FOOL OF A KING DO QUE UM PRESIDENTE QUE MUDA O CURSO DA HISTÓRIA.

Anónimo disse...

A eutanásia deve ser a próxima causa...
ISABEL G

Anónimo disse...

Oh Sr João Gonçalves!! Não há o "mundo dos homens" e o mundo de DEUS, assim separdos. Não fui ler Mateus, mas hei-de ir. Nós somos a SUA IMAGEM E SEMELHANÇA e, por isso, o HUMANO Cavaco para ser consequente, deveria ter tido outro comportamento, apesar de tudo, mesmo que o resultado para os homens fosse idêntico, ou seja a dita cuja lei "passasse". Ficava o comportamento o testemunho a Verdade dele (Cavaco) e não um "mise en scéne" (oportunista?!). Boas quando é que quem nos representa e consequente nas palavras e nos actos? Não é isso porque luta todos os dias? Parece-me que pelo que leio nos seus textos que é um Homemcoerente e consequente. Gosto disso. Não gosto de tácticas. Perdoe-me.

Anónimo disse...

Desta vez, João, não tem razão (até rima).
Conforme escreve Octávio dos Santos, Cavaco é um cobarde e, acescento eu, o factor reeleição deixa-o completamente tolhido e resignado relativamente ao estado calamitoso e comatoso em que o país vegeta. Não voltará a contar com o meu voto.
Ah! e já agora também é dos que recebe várias reformas se fizesse um sacrificiosinho... talvez não lhe ficasse mal (e não só a ele, claro).

Ana Gabriela A. S. Fernandes disse...

Discordo, João.
Se o Presidente não tem uma função de unidade, de identidade cultural, de estabilidade, e se não defende uma posição coerente (referência ética e moral), para que serve um Presidente?
Se não está lá a representar "todos os portugueses", e os portugueses nem se poderam pronunciar em referendo por esta lei absurda, o que está lá a fazer? Está refém dos lóbis socialistas, é o que é.
Independentemente disto, um Presidente tem de ser uma referência, um exemplo de coerência, pelo menos: e aquela declaração revela hipocrisia e oportunismo. Mais um episódio triste da nossa "saga portucalense".
Ana

Nuno Oliveira disse...

Nem um nem outro têm razão.
Se todos achássemos que o resto da sociedade deve viver de acordo com os nossos preconceitos...
Acho que, independente da opinião pessoal que cada um possa ter sobre o tema, o certo é que por muitos papas que visitem este país, o Estado é laico.
E seria melhor habituarem-se à ideia e restrinjirem os preconceitos da Igreja aos crentes.

observador disse...

Vejamos:

1º - Não percebo o que é que o "casamento Cívil" (Há falta de melhor designação), tem a ver com o conceito de Casamento (de qualquer) Religião;

2º - Não percebo que, quem clama tanto na confusão entre Cívil e Religioso, não clama muito mais contra uma Lei de União de Facto, que permite, que uma co-habitação debaixo do mesmo tecto, se transforme numa na responsbilização de uma das partes pela dívidas da outra, por exemplo, ou numa relação hetero, homo, incestuosa, etc mesmo sem nenhuma acção de facto;

3 - finalmente, o problema de facto da Lei de Casamento CÍVIL, está no facto de, na declaração do IRS, no caso homo não se saber quem é o Contribuinte A, vulgo macho....
Será que podem trocar alternadamente ao longo dos anos?

Inimputável disse...

Aura Miguel tem razão. Não há meias verdades...
Se não concordava, vetava. Este é um exemplo de falta de coerência política. Além disso, nem só de economia vive o Homem, e antes da crise ser económico é uma crise de valores.

Finalmente, lamento que seja cada vez mais raro a existência de políticos que em nome de uma ideia fujam ao martírio (tal como Bento XVI incitou os católicos a darem testemunho); se agachem e se rendam na trincheira.

Q disse...

Já o disse aqui, e repito. Esse argumento de "não o tendo feito, daqui a umas semanas estava a assiná-lo" é perigoso. Borrifarmo-nos para os princípios porque "não vale a pena" é abrir a porta a todas as cobardias.

É dizermos: não trato o idoso doente porque ele vai morrer de qualquer maneira.

João Gonçalves disse...

Meus caros: Cavaco não acaba modelarmente o mandato. Mas já aí estão, no "terreno", duas maravilhosas alternativas - o marciano Nobre e o poeta Alegre. Aproveitem.

Anónimo disse...

.Não me parece que a questão esteja no não acabar modelarmente ou sequer nas outras opções, mas sim que o Sr. Cavaco tem fracassado modelarmente no seu mandato. São 4 anos de pouca vergonha ética e moral. Mentiras modelares...
Portugal é muito melhor que toda essa patranha que cá anda!
Se fosse credor de alguém ficaria assustado com a defesa dos meus investimentos nas mãos de tantos " mafiosos" engravatados.
alice goes

Anónimo disse...

Cavaco dirigiu-se por 4 vezes ao país. Nenhuma delas versou a situação económica do rectângulo...
Que vá para o diabo que o carregue mais o taticismo tecnocrático que o perseguirá até ao fim.
Descanse, João Gonçalves, que também não votarei nas duas nulidades que já se apresentaram.
Gostaria de ver Medina Carreira aproveitar a visibilidade enquanto candidato para continuar a dizer umas verdades que, ao que parece, o seu candidato não tem coragem de refir (de forma consequente, entenda-se).
Medina é presidencialista - tal como você e eu - e isso já é um excelente princípio.
A legislatura tem poderes constituintes. Seria bom que fossem bem usados, p.ex. na forma de regime, na aceleração da formação dos governos (na vez dos partidos chorarem baba e ranho por causa de um processo que eles não se dispõem a alterar), na diminuição do nº de deputados, na divisão administrativa do país, etc.
Cumprimentos.

Anónimo disse...

Cavaco já não mora aqui!

PC

Anónimo disse...

Dr. JG: e com Nobre ou Alegre o que teria sido diferente, para pior?
Francamente, acho que nada!
Desde o «acordo» ortográfico ao casamento gay.
E teríamos sido poupados ao patético de comunicações ao país como a das escutas.

Hermes de Trimegisto disse...

Aura Miguel tem toda a razão.
Digo mais: Cavaco é um "bluff" e um sonso. Isto já de há muito se sabia. Agora fica a prova ao quadrado...
A troco do prato de lentilhas da hipotética reeleição... vendeu a alma ao diabo. Pobre Cavaco!