5.7.08

O MISTÉRIO DA CULTURA


Desde Julho de 2000 que Portugal não tem um ministro da cultura. É claro que passaram uns senhores e umas senhoras pela Ajuda. Sou, aliás, testemunha disso. Mas de rigorosamente nada mais do que disso. Talvez por ter reparado nesse imenso vazio, tenho vindo a problematizar a necessidade de "um" ministério da cultura. Elucidativo do "estado da arte" nesta matéria é, por exemplo, a revista Obscena ter-se proposto entrevistar o dr. José António Pinto Ribeiro - ela e seguramente mais uns quantos jornais e revistas - e o "ministro-coisa-nunca-vista" ter murmurado, de novo, um pesado silêncio. A revista, piedosa, menciona "o esboço de uma entrevista" que Manuel Maria Carrilho classifica como um «texto estruturado e pertinente, onde se colocam quase todas as questões que - há muito - esperam resposta de uma política cultural digna desse nome.» Quando ressuscitar desta verdadeira obscenidade que é o seu não-mandato ministerial, Pinto Ribeiro vai arrepender-se amargamente de ter aceite um cargo para o qual não estava destinado. Nunca mais levanta cabeça.

8 comentários:

Anónimo disse...

socialismo empata folgas.
tudo empatado em dia de bola no estádio da ajuda:
cultura 0- ministro 0

radical livre*

Anónimo disse...

Caro João, quem lê a «Obscena»? Quem já se lembra do nome do ministro? Calhou falar há dias com um meu antigo condiscípulo da faculdade, hoje «nome de peso» no PS, que me disse: "Esse? Esse é um pobre coitado que para ali anda, como é "independente" não tem peso nem no partido, nem junto do Sócrates. E não tem nem vai ter cheta". Tudo dito, não acha?

Anónimo disse...

Mais pornográfico em acções ainda foi Pedro Roseta e V. nem abriu o bico.

Anónimo disse...

É muito pior que isso João. Se fosse só um ministro, podia o país bem. Seria, digamos, um acidente. Ora a questão é que já vão 30 e tal anos de senhoras e senhores que só passaram por aí a dar uma de ministros. Diga-me um, um só, que não tenha acrescentado o seu preguinho ao caixão. E não é preciso ser bruxo para saber que na pocilga, quando um faz mal a probabilidade é que o próximo ainda faça pior. É histórico e é fado

Anónimo disse...

... Agora temos a saída do Diogo Infante do Maria Matos por falta de verba, é vergonhoso! Há companhias em portugal que vivem com míseros subsídios! Acho inacreditável o argumento daquele senhor. Há grupos de teatro que têm 30 mil euros de subsídios, outros sem nada e vem aquele senhor dizer que é pouco o que a CML lhe dá... Ao que chegou o PS! Uma Câmara sem dinheiro para nada!... O Diogo é um rapaz inteligente. Já percebeu que não tem talento para o ser o que queria no teatro português e, como está consciente disso, decidiu ser carreirista. Acumular cargos de Director e a próxima étapa será a de Director do D. Maria. Ao que isto chegou!...Espero é não ter de levar com a Catarina Furtado como
1ª actriz do Teatro Nacional. O Santana lopes nunca teve coragem de meter a Cristiane Torloni a dirigir o D. Maria!
Deixaram cair o Lagarto que conseguiu gerir aquele teatro com o orçamento que tinha, para colocarem lá o Fragateiro QUE VAI DEIXAR UMA DÍVIDA SUPERIOR A 1.500.000 euros!... Quem vier a seguir que pague a factura! Como é possível os gestores públicos não serem responsabilizados pelos BURACOS ORÇAMENTAIS QUE PROVOCAM ao erário público?
Os credores já não fornecem o Teatro Nacional sem serem pagos à cabeça... CLARO! É uma VERGONHA! O Tribunal de Contas só agora acordou e vai fazer uma auditoria ao Nacional!... Só daqui a um ano saberemos o resultado... E donde vai vir o dinheiro para pagar a dívida existente mais o custo das novas produções que o NOVO DIRECTOR vai querer fazer???
Será que o Diogo Infante já percebeu o buraco financeiro onde se vai meter e que o Ministro não tem o dinheiro que lhe prometeu para todo o fogo fátuo??? Nunca mais deixam aquele Teatro encontrar o seu rumo, para não falar dos 7 actores residentes que ainda há por lá, e alguns deles com empregos noutras organizações! E não há comunicação social que fale de tudo isto?

Anónimo disse...

Anónimos. Anónimos. Anónimos.
Anonimamente vos declaro: nem mais um Cêntimo para a Chul(t)ura, e teremos Cultura.

Anónimo disse...

Bem dito essa coisa do Diogo Infante.
Não esquecer a mana da Maria Medeiros a Teresa que também foi DIRECTORA do Maria I LOL LOL LOL LOL LOL. Será que ela tem a lata para por isso no curriculum. Lol LoL LoL

Anónimo disse...

E a Dona do Guterres que pôs a famelga toda no sector da costura.