31.1.08

A HISTÓRIA E OS HISTORIADORES

O argumentário utilizado pelo ministro da defesa, o historiador Severiano Teixeira, para vedar a participação do Exército na homenagem a D. Carlos I deve figurar, de agora em diante, numa qualquer antologia de anedotas. Teixeira já se tinha distinguido, em tempos, num livrinho sobre a República, por veicular ideias que não eram exactamente suas ou originais. É um homem a reboque da pequena história e, talvez por isso, apareça de vez em quando a ornamentar governos do regime. De qualquer forma, e para os interessados sem preconceitos espúrios - para ser delicado que ainda é cedo -, Rui Ramos falará sobre D. Carlos na Universidade Católica de Lisboa, mais logo pelas 21.30. Sempre é um historiador livre.
Adenda: O senhor ministro, amavel e servilmente, telefonou ao historiador Rosas - autor do requerimento do BE que acabou implicitamente secundado por todos os outros partidos - a informá-lo do seu douto despacho. Estão bem uns para os outros.

15 comentários:

Anónimo disse...

argumentação q não lembra ao careca

Anónimo disse...

Este Severiano é um pobre idiota. Nem vale a pena perder tempo.

Ângela disse...

O centenário do Regicídio não é uma iniciativa de carácter histórico??? Passaram 100 anos!!! E o 25 de Abril, não é também uma iniciativa de carácter histórico? Por lei os militares estão obrigados a absterem-se de participar em eventos políticos, todos sabemos disso. Ora, se não podem participar no centenário (repito, centenário = 100 anos!) do regicídio, como poderão participar todos os anos nas comemerações do 25 de Abril? Ou porque participam todos os anos nas comemorações do 1.º de Dezembro? Também é uma data "monárquica" se a distinção for para fazer entre monarquia e república como movimentos políticos e não como conceitos interdependentes (na monarquia tratava-se dos assuntos da república).
Enfim...
Assim se vê o conceito de democracia que os nossos governantes têm...

Anónimo disse...

Mais uma atitude consentânea com a "grandeza" deste regime...e contra os canhões, marchar, marchar...

Anónimo disse...

Não esquecer que o "historiador" Rosas confidenciou que o Sr. Ministro teve a amabilidade de lhe telefonar para anunciar a medida que ia tomar. Notavel! Rosas é autor de um artigo ontem injectado no "Publico" sobre D.Carlos e que é um primor de desonestidade intelectual e manipulação histórica,porque ele sabe que está a mentir sobre os adiantamentos, sobre o João Franco,etc. Mas alem de propulsionador de uma agenda politica é tambem (ainda,suponho) director de um departamento de História da Nova. A corrupção assume muitas formas...

Anónimo disse...

Salvou a honra do convento o deputado que lembrou que D.Carlos foi um Chefe do Estado português, porque todos os demais, valha-nos Deus!

Anónimo disse...

Tenho uma vaga ideia de que este Fernando Rosas tem um currículo estranho à volta das "secretas" de antanho.
Se bem me lembro já uma vez foi «espremido» no Parlamento acerca do assunto ... eu, por mim, achava bem que lhe vissem as cuecas a ver se há ali alguma "representação popular" desconhecida ...

Nuno Castelo-Branco disse...

Nada de estranhar, está-lhes na massa do sangue, é genético e para não termos dúvidas, basta premir o botão da Tv às 8 da noite e ver-lhes o focinho.
Quanto à honestidade - ou não - intelectual do Rosas, tudo é discutível e depende do ponto de vista. É que a escola que ele professa, não sei ainda se a estalinista da udp ou a trostkista da lci travestida em psr, é perita, em ambos os casos, em falsificação: documentos forjados, fotografias retocadas com a eliminação de indesejáveis e toda uma panóplia que faria corar de inveja o dr. Goebbels.
Quanto ao risível ministro da Defesa deste pobre país, está a enviar uma bela mensagem aos seus teoricamente subordinados dos três ramos das forças armadas. A partir de hoje, os soldados podem e DEVEM negar-se a acatar missões de mero exibicionismo para americano ver, sejam elas ordens de marcha para o disparate do Kosovo independente, para a Bósnia ou, quem sabe, num futuro mais ou menos próximo, para o Nagorno-Karabak, sandjak de Novi-Pazar, etc.
Não acredito que o governo não tivesse dado autorização às unidades em questão, para a participação no acto de reparação nacional do 1 de Fevereiro de 2008. O governo recuou e fugiu. Teve medo não sabemos de quem ou de quê. José Sócrates ganhou a reputação de ser pouco permeável a pressões. Jamais duvidei nas boas intenções de qualquer primeiro ministro eleito após 1976 e creio sinceramente, que o serviço a Portugal era o seu fim primeiro. José Sócrates tem esta noite, uma oportunidade talvez única, para demonstrar uma autoridade que desde há algumas semanas é posta m causa. Assim, ficamos à espera de apenas um telefonema ao seu ministro da Defesa. Isso bastará para colocar os energúmenos no seu devido lugar. Na sarjeta de onde saíram.

VANGUARDISTA disse...

Quando for das comemorações do Centenário da Piolheira Republicana vamos ver se as Forças Armadas também vão estar proibidas de participar !.
Que os nossos Repúblicanos já as estão a preparar é um facto, creio é que vão ter pouca participação popular!
Veja-se:Decreto-Lei n.º 17/2008, D.R. n.º 20, Série I de 2008-01-29
Cria a estrutura organizativa das Comemorações do Centenário da República e estabelece o respectivo regime de funcionamento.

Anónimo disse...

Do Regicídio e da Banda:
Como eles andam tão ocupados.
Como eles se dedicam tão profundamente a tentar resolver os problemas do país.
Com ainda assim, arranjam um tempinho para se telefonarem, antes que se saiba pela imprensa.
Tão Maria Filomena Mónica, os nossos deputados :«preguiçosos e imaturos»
Visão de um jornalista francês no PREC de 74/75:
“O quinto império”
Mal chegou, Clément compreendeu a razão de ser de Portugal, precisamente a de não ter nenhuma (39)
... nós somos púnicos, parecemo-nos comos mercenários de Amílcar e todos esses matreiros do mediterrâneo. Nós somos girinos... (49)
Em português, as palavras são um simples meio de simpatia, ou o seu contrário. As pessoas perdem assim horas em conversas inúteis, só com o fim de garantir a sua estima recíproca (95)
Dominique de Roux (1977, Paris)
Que fazer?

Nuno Castelo-Branco disse...

Para vincar ainda mais a natureza da gente que comanda o BE, bastará para isso escutar as edificantes declarações do seu "morpion-e-chefe", em pleno hemiciclo. É que a criatura, atreveu-se a compara Guantánamo, com o Gulag siberiano. É que para ele é a mesma coisa. O que são 50 milhões de espiões, pequeno-burgueses, agentes provocadores do imperialismo, reaccionários, monárquicos e sabotadores eliminados pela justiça do "povo", quando comparados com meio milhar de heróicos combatentes da liberdade do sr. Bin Laden. A polícia ou as forças armadas portuguesas, ficam também a saber que sede devem visitar quando, e se ocorrer um atentado terrorista em Portugal. Não acredito em bruxas, mas que elas existem, lá isso existem.
Perdoem-me o desabafo, mas o meu léxico de palavrões que tento não proferir, só poderá remotamente ser comparado ao do capitão Haddock.

Anónimo disse...

Portugal é o estado mais velho da Europa.Bem ou mal deve-o á monarquia.
Por este andar corre o risco de ser a mais nova provincia de Espanha.
Aqui del rei,viva Portugal.

Anónimo disse...

O Ministro da Defesa já começou a descartar-se das suas responsabilidades, atribuindo a decisão exclusivamente à hierarquia do exercito:
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=78358

osátiro disse...

A subserviência ao Bloquismo é deveras malcheirosa-por mais rosas que sejam.

Anónimo disse...

Lá está... Europe's W.C.

isto anda em roda livre, entregue à bicharada.