18.1.08

AS BENEVOLENTES

«A intolerância aumenta; governa a religião, a saúde, a ética sexual (só uma é aceitável) e, contra toda a inteligência e toda lógica, começa a ressuscitar o nacionalismo. Na Bélgica, em Espanha, na Itália (embora moderadamente), a exclusividade regional reaparece, com um ódio hesitante mas profundo. A "Europa", afinal, não juntou, separou. Por um lado, em Bruxelas, para as pessoas se entenderem, falam inglês. Por outro, na Catalunha ou no País Basco, há quem se queira afastar ou isolar do mundo mais próximo. A fragmentação cultural do Ocidente não trouxe a ninguém autonomia e poder de escolha. Trouxe, e continua a trazer, fanatismos de vária ordem, que pretendem reger, "regularizar" e limitar o comportamento do cidadão comum. A liberdade vai morrendo. »


Vasco Pulido Valente in Público

8 comentários:

lusitânea disse...

Se o NACIONALISMO está a "ressuscitar" o VPV tem que se perguntar porquê.Por mim é uma reacção ao INTERNACIONALISMO e ao ABANDALHAMENTO da "concessão" da NACIONALIDADE e por essa via praticar sob pressão de poderosos grupos de pressão o BEM distribuindo o pouco de estado social que os Portugueses gozavam.Mas mais importanto do que isso, o que só provoca empobrecimento, é a INJUSTIÇA com que isso é feito em nome do INTERNACIONALISMO de catacumbas de arquitectos dum homem novo que destrói a coesão social dum povo homogénio há séculos, mas que deu muito trabalho e muita chatice, como expulsões,inquisição,etc para agora uns tipos do CONTRA em meia dúzia de anos mandarem todo o trabalho dos nossos antepassados para o caixote do lixo da história.Ainda por cima só para se manterem na mesa do Orçamento.Se preservar o nosso povo como era, a sua cultura, os seus costumes é NACIONALISMO sou e com muita honra.Por mais papeis que passem a um paquistanês, um africano ou outro garantindo que é portuguesíssimo eu mando os gajos que isso façam para a pqop!

Joaquim Amândio Santos disse...

o que é o conhecimento?

visão directa do corpo e da atitude?
prolongado caminho nem que condutor à saturação encapotada?

Vivência superficial feita de fait-divers e não de curiosa partilha sem hora nem condicionalismos marcados?

Será assim tão impossível iniciar o conhecimento na distância? julgo que não e defendo tal desiderato.


ASSIM AQUI DEPOSITO A MINHA HOMEGAEM AOS BLOGGERS, ESSES ALADOS TRANSMISSORES DE LAÇOS DE PARTILHA!

Rui Caetano disse...

Os nacionalismos são uma consequência da incultura dos povos.

Anónimo disse...

Julgo,talvez erradamente,que a "EUROPA" a que VPV se refere terminou em Nov.de 1989.
Era uma necessidade face ao império russo,e garantida pela protecção americana.
Tendo desaparecido,aparentemente,o medo aos russos, a manta de retalhos nacionais desta península asiática é muito capaz de voltar às convulsões do passado.

Anónimo disse...

Aprecio muitíssimo as crónicas "fabricadas" pelas ideias e reflexões do VPV.

Contudo, que me desculpem os príncipes da ilustre literatura ... mas gosto mais de ouvir o ministro Pinho quando ... ESTÁ CALADO E MUDO.

Anónimo disse...

.. então o slogan: O que é nacional é bom???

A Liberdade vai morrendo porque o Regime só sobrevive suprimindo as acções "individuais"! Não é verdade?

Arrebenta disse...

Pois, muito boa tarde. Sobre o atrás exposto, agradecia que se inteirassem do que está a acontecer, lenta e discretamente, em Lisboa, capital da Cauda da Europa.

http://asvicentinasdebraganza.blogspot.com/2008/01/alice-no-pas-dos-adesivos.html#links

Obrigado

Nuno Castelo-Branco disse...

Pois, o nacionalismo - espero que não aquele que bem conhecemos - vai crescendo e já li algures o argumento da concessão de cidadania aos emigrantes. Neste ponto temos uma vantagem sobre a Bélgica, França e quejandos: o Brasil é uma colossal sala de parto e sinceramente, devemos aproveitar a oportunidade. E para que não subsistam as hipocrisias do costume (papeladas de legalização, beneficiação dos patos bravos com trabalhadores clandestinos etc), terão um bom motivo para assumir uma verdadeira e necessária política de recepção de trabalhadores, isto é, a urgência da garantia de sobrevivência da segurança social. No entanto, temo bem que seja temática para dez segundos na próxima campanha eleitoral dos rotativos. Bolas...