26.11.06

"ENTRE NÓS E AS PALAVRAS"

Ao fim do dia da morte de Mário Cesariny, já vi o Chefe de Estado manifestar-se, já li uma declaração de Isabel Pires de Lima e já escutei a bela voz de Manuel Alegre. Do PC, não há muito a esperar. Cesariny foi sempre refractário ao cânone imposto pelo partido e pelos seus bonzos intelectuais, antes e depois "de Abril". Do PS ou do PSD, talvez devesse vir qualquer coisa. Finalmente, quiçá à conta das listas internas que muito o devem preocupar como se o partido fosse um organismo vivo, até à hora em que escrevo, não se ouviu um murmúrio do gabinete de José Sócrates. Não haverá lá ninguém que saiba ler e escrever?

4 comentários:

Anónimo disse...

Mas porque é que os partidos e/ou o governo terão que "murmurar" por tudo e nada ?
Se falam muito é porque falam muito...se estam calados é porque estão calados...
Cumprimentos

Rui MCB disse...

E que importa verdadeiramente a falavra dos políticos nestas horas. Algo, mas pouco, muito pouco.

HS disse...

Não percebo a canseira com o Cesariny, afinal quem morreu? Não percebo porque razão o PR tenha de falar do assunto. Um cadáver surrelalista não se importa muito com isso. E era cadéver, morto de morte matada, há tanto tempo que já era apenas mito. Agora é um mito verdadeira e pode dizer tudo que ele já não está lá para mandar tudo à merda a aparecer de pijama às riscas. Tudo isto é uma espécie de isca surreal... escrevi um elogio fúnebre sobre esse mesmo assunto no meu blog amigo Gonçalves.
Um abraço

Anónimo disse...

O "amigo" hs tem um pouco de razão. Mas,crítico (encartado?) não resistiu, ainda assim, a um epitáfio que o é sem parecer.
"print the legend", diria o Ford que só fazia westerns