28.11.06

FITAS

O dr. Alfredo Barroso, alguém que foi um notável - apesar de "politiqueiro"- chefe da Casa Civil de um presidente da República, estava num "frente-a-frente" televisivo com Paula Teixeira da Cruz a discutir a câmara de Lisboa. Não lhe ocorreu melhor arremesso do que os queixumes diários do vereador "bloquista" Sá Fernandes vertidos num jornal. Aliás, não se percebe bem o que é que esta quixotesca figura (inicialmente apoiada por tanto notável lisboeta e depois reduzida a mera toupeira dos drs. Louçã e Portas) lá está a fazer. Dá-me ideia que a rua lhe assenta melhor. Porém, voltando ao dr. Barroso, vejo-o muito preocupado com as contratações de assessores deste e daquele para esta e aquela administração municipal, ainda por cima coisas que não são da responsabilidade deste atribulado mandato de toda a vereação. O moralismo tardio do dr. Barroso, nesta altura colectiva do campeonato, tem o seu quê de irónico. Queria que os outros contratassem quem? Os seus amigos? Ou os amigos deles? Ou passa pela cabeça de alguém que o partido que no momento serve o regime, seja numa autarquia, seja no governo, peça voluntários para aqueles cargos? O dr. Alfredo Barroso, que possui uma vasta experiência na matéria, de São Bento a Belém, passando pela extraordinária Fundação São Carlos, mais valia ter estado caladinho. Escreva mais, que é o que ainda faz melhor, e ouça ópera. Deixe-se de fitas.

4 comentários:

Anónimo disse...

...toupeira dos Drs Louça e Portas.

Alguem me explica isto? Fico agradecido.

João Gonçalves disse...

Portas, Miguel. Rings any bell?

Anónimo disse...

Sá Fernandes é das pouquíssimas pessoas na CML que realmente merece o que ganha. O (mal) que dele se possa dizer é causado por alergia política.

Anónimo disse...

Na verdade pessoas há, como Sá Fernandes, cujo mérito se resume à desfaçatez abutre com que ataca tudo e todos. A esquerda aplaude a providência cautelar contra o túnel do Marquês e finge não reparar que Sá Fernandes perdeu a acção principal. No entretanto mais alguns milhões de euros saem dos nossos impostos para pagar as diatribes de um “Robin dos Bosques” que tem a particularidade de prejudicar os ricos e empobrecer os pobres. Se todos fossemos como Sá Fernandes o nosso fado ainda seria mais deplorável e angustiante. Há políticos que são uns artistas na arte de empatar. Sá Fernandes poderia ser o mestre…