2.6.11

«SEM A ESTUPIDEZ DOS PENEDOS, QUE SERIA DO NOSSO ESPÍRITO?»


O Carlos Azevedo levanta aqui uma questão interessante, a saber, se se pode levar a sério Eduardo Pitta quando ele dislata coisas como aquelas para as quais remete e que, por pura higiene mental e respeito pelos leitores, não reproduzo. Eugénio de Andrade conta, a propósito de Teixeira de Pascoaes, que um dia o visitou, "magnífico e luminoso", já perto do fim, com o Marão pela frente. Perante uma velha edição de , Andrade perguntou a Pascoaes: «Gosta muito de António Nobre, Pascoaes?». Este respondeu: «Claro que gosto! «É a nossa maior poetisa!». Parafraseando o autor de Senhora da Noite, também eu poderia dizer de Pitta: «Claro que gosto! É o nosso pior analista político! «Sem a estupidez dos penedos, que seria do nosso espírito?»

1 comentário:

João Sousa disse...

Eduardo Pitta é o exemplo perfeito de um tipo de pensamento, muito mais visível na Esquerda, que me repugna: "alguém dos nossos é sempre melhor - é um axioma". O seu candidato é sempre o melhor pelo simples facto de ser o seu candidato, seja ele o Querido Líder ou um saco de tremoços. O seu pensamento político costuma-se guiar por estas linhas basilares: a Direita é perigosa; nós da Esquerda somos os bons; sou um artista, logo, sou de Esquerda.