18.6.11

UM INTELECTUAL ORGÂNICO

Pacheco Pereira é inequivocamente um espírito livre. E erudito, seja lá o que isso for. Ora até por aí, esta pequena prosa assenta-lhe mal. A menos que pretenda assumir uma espécie de não lugar de um novo tipo de "intelectual orgânico": aquele cujo qualificativo "orgânico" diz respeito ao próprio corpo, a si próprio, de ser único entre os seres únicos. Se não se cuida acaba a tropeçar nele de tanto dele ter pela frente, por trás e pelos lados. Pacheco rodeado de Pacheco como uma ilha por água deve ser coisa horrível de se contemplar. Não entre tão depressa nessa noite escura.

Adenda: Apenas três observações a um anónimo que afirma que eu não tenho "categoria" para falar de Pacheco. A primeira, e óbvia, não possuo uma "biografia" comparável e sempre considerei estimulante o seu pensamento mesmo quando não estou com ele. A segunda, que decorre da primeira, foi Pacheco quem apresentou o meu primeiro livro como única escolha. A terceira é que a junção da primeira com a segunda evidencia dois homens livres, livres sobretudo na crítica a começar pela mútua. Percebo que num país de lambedores profissionais isto custe a entrar. Paciência.

Adenda2: No artigo do Público de sábado, um dos "alvos" de Pacheco - porque o pano de fundo é sempre o mesmo, sejam quais forem os protagonistas, i.e., aquele famoso abraço dado a António Costa no Chiado aquando das autárquicas de 2009 deve ter tido um obscuro poder taumatúrgico - é António José Seguro, cito, uma «inexistência». Pacheco não nos trata por "tu" como António Barreto. É mais o "vocês, súcias". Ainda acaba a dizer, como a minha padeira, que "os políticos são todos iguais".

10 comentários:

floribundus disse...

'a ver vamos'
dizia o cego

Anónimo disse...

V. não tem o minimo de categoria para falar de PP. Compre um espelho.....

S.C. disse...

Nunca pensei vir a ter pena, sim, pena, de ler coisas destas escritas por Pacheco Pereira. Mesquinho. Muito mesquinho. Sobranceiro. Faccioso na desvalorização de quem acha que não tem direito a pertencer ao seu "clube", mesmo que por lá tenham vingado medíocres, incompetentes e corruptos, gente nada digna de ocupar os lugares que ocupou. Esta não é uma prosa de um espírito livre, mas sim de alguém prisioneiro dos seus preconceitos e das razões que julga ter.

amendes disse...

É a dor de "corno" falar mais alto...
Há muito que este cavalheiro deverira ter sido expulso do partido.
É o mais pernicioso detrator!
RUA!

joshua disse...

Nem os espíritos mais livres estão isentos de bazófia, inveja e daquela monumental imbecilidade que não dá o benefício da dúvida e da benignidade a quem ainda não errou nem traiu, no mínimo por estar apenas a começar.

Pacheco transformou-e num beco sem saída, tão isolado e tão único que suscita a minha compaixão amarela.

Anónimo disse...

Como anónimo desbiografado permito-me, se me for permitido, comentar Pacheco e o seu comportamento actual (de há semanas para cá): refugia-se agora no seu intelecto e na sua erudição (opulentos), e nos bancos do jardim-de-s-pedro-de-alcântara(!?!); mas estava agastado com a campanha, desprezando os seus 'camaradas' de partido por figurarem em arruadas, e irónico; vaticinava (desejava?) implicitamente derrota; o seu descrédito em Passos era evidente; o seu ressentimento também. O seu 'distanciamento' da política revela mal-estar. Ele pôs-se de fora, foi posto fora, não foi ouvido, não foi consultado, 'ninguém lhe ligou'; está embezerrado como Santana Lopes! Para seu próprio bem-estar, que recupere a boa disposição e que comente imparcialmente com bonomia. A vitória do PSD não o obriga a ser caninamente alinhado nem a ser crítico por tudo e por nada; especialmente por nadas, por pi(e)ntelhos.

Ass.: Besta Imunda

Ferreira disse...

Não tendo a vossa mestria nem dom de palavra, apenas posso dizer de Pacheco Pereira que já anda a meter nojo.

António Viriato disse...

O Pacheco Pereira há muito que se perdeu no labirinto da sua sobrevalorizada idiossincrasia, aquela que o fez tratar como seu Parceiro Pensador-Comentador o Coelho-sempre-em-guerra com o verbo haver e, depois, o analista Costa, tão distinto do seu Camarada Sócrates, como duas raposas matreiras o são uma da outra. Como cronista, lá vai cumprindo. Como Pensador-Comentador-Político,também. De resto, o meio é paupérrimo, como todos os dias se comprova. Daí também a sua já velha permanência televisiva : questão de médias valorativas, em contextos degradados.

Anónimo disse...

Este PP é um presunçoso. Fala do alto da sua pretensa sabedoria como se todos fossemos tolinhos e ele o único ser vivo, verdadeiramente inteligente. Não há pachorra. Mas ele está é fodido da vida pois ninguém o leva a serio, nem mesmo no partido dele o ouvem e estam-se a cagar para aquilo que ele diz ou deixa de dizer. Acabou. Ass: Romão

Anónimo disse...

O PP (este) anda com muito más companhias, em especial à quinta-feira à noite...

PC