«O que se passou no domínio dos cuidados de saúde é um bom exemplo dessa quase obsessão de tudo sujeitar à tutela e à administração directa do Estado. As consequências desses excessos são hoje sobejamente conhecidas. Perdemos muitos anos a recriar o que já estava criado, a recuperar experiência e competências que já existiam, a esbanjar recursos que poderiam ser canalizados para domínios mais carenciados e de maior urgência social. Felizmente, tomou-se consciência dos erros e, lenta mas pragmaticamente, foi-se arrepiando caminho. A recente celebração de um protocolo entre as autoridades de saúde e um considerável número de misericórdias portuguesas, visando a contratualização de serviço público por parte destas, é um passo que me apraz assinalar. Esse passo pode representar uma valorização significativa do sistema nacional de saúde, tornando-o mais eficaz, com maior qualidade de serviço e maior satisfação dos utentes. Temos de reinventar o conceito de serviço público, nomeadamente na diversidade das áreas sociais. Um novo conceito que atenda mais à necessidade de dar uma resposta rápida e adequada aos crescentes problemas sociais da população portuguesa, do que ao respeito de uma visão ideológica que os tempos tornaram obsoleta.
Depois da tempestade socretista que nos conduziu aqui, temos um novo governo que nos pode abrir novos horizontes de esperança, de progresso e desenvolvimento. Conta o governo com o apoio do Presidente da Republica que tem vindo paulatinamente desde as eleições de 5 de junho, a enviar mensagens bastante significativas para quem as quiser ouvir, de que este discurso é um bom exemplo. O modelo de desenvolvimento defendido pelo PS faliu estrondosamente, agora há que encontrar novos caminhos, eliminar os desperdicios que custam milhões, e como defende o novo ministro das finanças, passarmos a ter "menos estado, melhor estado".
O serviço de saúde a que chegámos penso interessar a muito pouca gente, tornando-se mesmo num monstro sem eficácia,deixando muita gente sem médico de família e outros que morrem,tal a demora,sem alguma vez serem chamados à reparação dos seus males. Isto não nos pode deixar descurar a fiscalização das misericórdias na prestação dos seus serviços,seja a que nível for,designadamente, os lares,porque já D.Afonso IV instituiu o chamado juiz de fora e,pelo país fora,normalmente,são os locais,que toda a gente conhece,que exercem o seu comando.
Pois, pois! "Reinventar" não é "recriar o que já estava criado"... E "contratualização" nem sei bem que derivação de que derivação seja derivado. Discurso á deriva. Cumpts.
O senhor VPV, nem de propósito e por antecipação, escreveu no Público o post mais abaixo, que cai no discurso do presidente como sopa no mel. Começa assim: «Nas grandes crises aparece sempre em Portugal uma série de personagens típicas, para completar o melodrama e animar o povo. Com pequenas diferenças de estilo e de assunto, não mudaram muito de 1820 para cá. A primeira personagem da peça costuma ser o "patriota". Não custa a perceber porquê. O patriotismo não pede muito: nem saber, nem racionalidade, nem pretexto.»
5 comentários:
Depois da tempestade socretista que nos conduziu aqui, temos um novo governo que nos pode abrir novos horizontes de esperança, de progresso e desenvolvimento. Conta o governo com o apoio do Presidente da Republica que tem vindo paulatinamente desde as eleições de 5 de junho, a enviar mensagens bastante significativas para quem as quiser ouvir, de que este discurso é um bom exemplo. O modelo de desenvolvimento defendido pelo PS faliu estrondosamente, agora há que encontrar novos caminhos, eliminar os desperdicios que custam milhões, e como defende o novo ministro das finanças, passarmos a ter "menos estado, melhor estado".
O serviço de saúde a que chegámos penso interessar a muito pouca gente, tornando-se mesmo num monstro sem eficácia,deixando muita gente sem médico de família e outros que morrem,tal a demora,sem alguma vez serem chamados à reparação dos seus males.
Isto não nos pode deixar descurar a fiscalização das misericórdias na prestação dos seus serviços,seja a que nível for,designadamente, os lares,porque já D.Afonso IV instituiu o chamado juiz de fora e,pelo país fora,normalmente,são os locais,que toda a gente conhece,que exercem o seu comando.
sapatilhas fugiu perseguido pelos ricos por abandonar as parcerias ruinosas para os contribuintes
Pois, pois! "Reinventar" não é "recriar o que já estava criado"... E "contratualização" nem sei bem que derivação de que derivação seja derivado.
Discurso á deriva.
Cumpts.
O senhor VPV, nem de propósito e por antecipação, escreveu no Público o post mais abaixo, que cai no discurso do presidente como sopa no mel. Começa assim:
«Nas grandes crises aparece sempre em Portugal uma série de personagens típicas, para completar o melodrama e animar o povo. Com pequenas diferenças de estilo e de assunto, não mudaram muito de 1820 para cá. A primeira personagem da peça costuma ser o "patriota". Não custa a perceber porquê. O patriotismo não pede muito: nem saber, nem racionalidade, nem pretexto.»
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