11.2.11

A "INSPIRAÇÃO"


Os EUA, hipócritas como ninguém, dizem-se "inspirados" (os americanos estão sempre "inspired" seja por um hamburger, seja pela demagogia discursiva do seu presidente) pelo MFA egípcio, isto é, em linguagem nossa conhecida, pela "aliança povo-MFA". A emergência do exército era expectável. Todavia falta provar que tipo de "democracia" pretende numa sociedade tipicamente não vocacionada para a importar a não ser na faceta do esplendor folclórico que tanto impressiona o jornalismo doméstico. Mubarak foi um aliado estratégico dos EUA (e de Israel) enquanto travão à proliferação do fundamentalismo islâmico. Presidia a uma república autoritária mas os EUA estavam fartinhos de saber que era assim e, até às palhaçadas da "praça da libertação", nunca se comoveram por aí além. De repente, a dita praça "inspirou-os" e a praticamente todo o ocidente. Oxalá não venham a ter de engolir em seco tanta "inspiração".

11 comentários:

Anónimo disse...

É por essas e por outras que o taxista de Teerão, disse e voltou a dizer, que «ninguém gosta dos americanos».
Se calhar tem razão.

Anónimo disse...

Que post mais pobrezinho.

Anónimo disse...

Respeitinho, Dr. Gonçalves. Respeitinho.

A América é uma prostituta! disse...

A América usa esses países e os seus vassalos presidentes ou sheiks como embalagem descartável.

Só agora é que os EUA descobriram que não havia «democracia» naquelas latitudes?

Sacrificaram o Mubarack como já o tinham feito de forma violenta com o seu antigo aliado Saddam Hussein no combate ao fundamentalismo islâmico iraniano.

A verdade verdadinha é que o antigo Iraque e o actual Egipto eram regimes pró-ocidentais, laicos, com élites culturais, militares e governativas bem preparadas, e onde até tem havida uma relativa e oficial tolerância religiosa (ex: cristãos maronitas e cristãos cooptas).

Sabemos agora que os cristãos maronitas - uma próspera comunidade no tempo de Saddam- tem sido perseguida e pôs-se em fuga e os cristãos cooptas no Egipto já conheceram melhores dias.

Tudo isto com o consentimento da muita «cristã» América...

Desde que possam tirar um barril de petróleo ou «comprar» a paz a favor de Israel, tudo é admissível para a América.

Anónimo disse...

"palhaçadas da praça da libertação"? Ao menos respeite aqueles que se sacrificaram pela liberdade e contra a tirania do Mubarak. Aguardemos pelo que vem aí.

O tal leitor disse...

Que queria que fizessem os americanos? If you can't beat them,join them. É o que o Obama y sus muchachos fazem,e é o que podem fazer,pois a época do Theodore Roosevelt e da long stick policy já foi à vida.

Anónimo disse...

que filho da puta que voce me saiu

Anónimo disse...

Sim, quando houver governos fundamentalistas na Tunísia e no Egipto, depois não se queixem...

Nuno Castelo-Branco disse...

1961: avisam Nehru acerca dos contactos entre Mao e Salazar, quanto a uma base chinesa em Goa. A Índia ataca.
1961: financiam movimentos de "libertação" em Angola e acontece o que se sabe. Financiam o sr. Mondlane em Moçambique. Financiam "missões" protestantes anti-portuguesas em todo o ultramar. Não auxiliam o seu aliado português, alegando colonialismo e isto, no momento em que despejam milhões de bombas no sudeste asiático. Usam os Açores como bem lhes apetece e praticamente de graça para ajudarem Israel, ao mesmo tempo que nos fazem a vida negra na ONU.
1975: acicatam Suharto para invadir Timor.
E por aí fora. Temos mesmo uns aliados de "confiança". O Xá também acreditava nisso.
Conclusão: estamos amarrados a um cadáver.

Anónimo disse...

De facto, a hipocresia americana, é nojenta, deviam olhar para a casa deles, onde muitos milhões, nem sequer têm acesso a cuidados médicos. a esquerdalha, pensou que o obama era o salvador do planeta, ficou atolada, na mesma m.... que o camarada obama arranjou, mais o antecessor dele, outro palhaço e mocinho de recados.

Cáustico disse...

Com muita frequência se ouvem ataques aos americanos – aos norte-americanos, para ser mais preciso – sempre que há qualquer coisa que não vai bem neste planeta. Por sua culpa ou por culpa alheia.
Mas quem são os norte-americanos? Os índios que surgiram, há imenso tempo atrás, no território actualmente designado por Estados Unidos da América: Apaches, Sioux e tantos outros? Embora os índios façam parte integrante do povo dito norte-americano, o seu número é muito diminuto e foram colocados, os que restaram dum processo de exterminação (um holocausto?), por “causa das moscas”, em reservas. Pouco contam.
A parte restante da população, que se considera norte-americana, é um produto híbrido resultante do cruzamento de ingleses, uns bons outros maus, que se apoderaram do território, de saxões de barbárie mais ou menos acentuada, de gentes oriundas da Escandinávia, com as suas virtudes e defeitos, de latinos de várias proveniências, alguns sãos de corpo e espírito, outros com todas as taras que se podem imaginar, mafiosos, com provas já dadas, árabes, indianos, e toda uma chusma de orientais com princípios, mentalidades e tendências diversificadas. E que dizer dos pretos que para lá foram levados como escravos? Qual o seu quinhão de influência para o bem e para o mal?
Antes de se criticar a maneira de ser, a postura do povo norte-americano, julgo ser conveniente uma breve reflexão sobre o que eram e ainda são os europeus, os árabes, os indianos, os orientais e os pretos que estiveram e estão ainda hoje na origem de muito norte-americano da actualidade. Como viviam e ainda vivem, como actuavam e ainda actuam, que princípios defendiam e ainda defendem, que valores perfilhavam e ainda perfilham os europeus, os árabes, os indianos e os orientais, os naturais do continente africano, que estão na origem do povo norte-americano? Porque os norte-americanos não são constituídos por uma massa especial. A massa é a mesma, com os memos defeitos e qualidades daqueles que estão na sua origem. Não denuncia sensatez marcar o povo norte-americano com os defeitos que sempre existiram e ainda existem naqueles que estão na sua origem. Como europeu e conhecedor dos europeus, não me sinto com direito de atirar pedras aos norte-americanos. Na Europa há muito telhado de vidro.