12.2.11

A ARCÁDIA NO CAIRO

Tanta limitação intelectual, tanto lirismo alarvemente inconsequente nos "correspondentes" tugas no Cairo. Para não ir mais longe, um título de Paulo Moura do Público: «no dia em que Mubarak caiu, a multidão foi maior que o Cairo» ou «chorar é o primeiro apanágio da liberdade.» E do disparate. «Talvez este seja um daqueles raros momentos em os que seres humanos se olham uns aos outros e vêem seres humanos. Sente-se que alguma coisa decisiva está a acontecer. Até o Nilo se revolveu no seu leito sagrado. A Esfinge olhou, desconfiada, a pirâmide de Kéops rangeu nos pedregulhos. Os jovens do Egipto exigiram o impossível. E venceram.» A arcádia no Cairo. Mais no raio que o parta, ó Moura.

12 comentários:

floribundus disse...

turistas alarves.

tenho vergonha de ter nascido nesta nesga de terra onde os escrevinhadores trogloditas estão intelectualmente ao nível dos nativos da Papua

hajpachorra disse...

Mas estava à espera de quê? Esse Moura não é jornalista? O sr. Pinto da Costa gosta de acompanhantes de luxo, os professores doutores engenheiros Sócrates e o seu maroto Chico Louçã gostam de jornalistas. Sobretudo se forem dessa casa de alterne, o Púbico da Dona Sãozinha.

Anónimo disse...

Raios o partam a esse Moura e a quem o apoiar.

Zé Rui disse...

"Mubarak cai da cadeira e o mundo inicia as suas piedades sentimentais: agora, o Egipto vai caminhar para um regime livre, democrático, respeitador dos direitos individuais e onde a religião será remetida para um honroso mas privado papel.
É também provável que o Cairo receba a primeira Disneylândia do mundo árabe e que a Irmandade Muçulmana, expressamente fundada e alimentada com o simpático propósito de oferecer aos egípcios a ‘sharia’ (que a maioria deseja) e combater a ‘corrupção’ do Ocidente (que a maioria deplora), acabe por se converter à tolerância e ao ecumenismo.
Nada disto é novo: em 1979, não houve idiota útil que não tenha saudado Khomeini como ‘o Gandhi da Pérsia’. O resto da história é conhecido. E, pior, pode ser repetido: sem condições materiais, culturais e institucionais para garantir um regime decente; e com uma população faminta e fanatizada, a queda de Mubarak, estimável em teoria, abre a porta para que o exemplo iraniano chegue finalmente aos primos sunitas. Quem acredita que o Egipto teve o seu ‘25 de Abril’ deve preparar-se para um PREC islamita triunfal."
João Pereira Coutinho, no Correio da Manhã.

Gallião Pequeno disse...

"al qaeda" está à janela.

Anónimo disse...

Ólhó Moura :

- «Paulo Moura nasceu em 1959. Licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em 1984 e concluiu o curso em Comunicação Social pela Escola Superior de Jornalismo do Porto, em 1989. Foi professor de História e Português nas escolas secundárias de Bombarral, Ílhavo, Ermesinde e Póvoa de Varzim. Actualmente lecciona um Atelier de Jornalismo Escrito na Escola Superior de Comunicação Social em Lisboa. É jornalista do diário Público desde a sua fundação. Entre 1989 e 1992 trabalhou na secção Internacional daquele jornal. Durante o período de 1993 a 1995 foi correspondente permanente nos Estados Unidos, Canadá e México. De volta a Portugal, colabora com as secções de Cultura, Sociedade e Media, tendo passado para a redacção da revista Pública, revista de domingo daquele diário, em 1997. Entre 1999 e 2000 assume o cargo de editor desta publicação. Em 2000, volta a ser jornalista da Pública e da secção «Internacional», onde se destaca com as suas reportagens no Kosovo, Sérvia, Bulgária, Roménia, Hungria, Polónia, Afeganistão, Kuwait, Qatar entre muito outros países. Foi galardoado com vários prémios de jornalismo, entre os quais se destacam, o Grande Prémio de Reportagem da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (1994), o Grande Prémio de Reportagem Escrita do Clube Português de Imprensa (1996, 1998 e 2001), o Prémio de Jornalismo «O Futuro da Europa» atribuído pela Comissão Europeia (2001), o Prémio Imigração e Minorias Étnicas: Jornalismo pela Tolerância, do Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (2003) e o primeiro Prémio «Jornalismo Contra a Indiferença» da Fundação AMI – Assistência Médica Internacional (2005). Foi, também, finalista do prémio alemão, Lettre Ulysses Award of Art of Reportage em 2004, ano em que alcançou o segundo Prémio Lorenzo Natali For Journalism, da Comissão Europeia. Paulo Moura publicou várias reportagens em revistas internacionais, como a Harper’s Magazine, a New York Times, o Courrier Internacional, a Lettre International Deutschland, a Lettre Romania, a World Media e Néon.»

João Gonçalves disse...

E?

Anónimo disse...

... e a pirâmide de Kéops rangeu nos pedregulhos.
Ehehehehe ...

O Eleitorado Morre Mas Não Se Rende disse...

Dizer que pouco vai mudar e apenas mais moscas vão aceder ao poder e que o status quo será mantido por uns tempos.

Parecia mal

Há que dar esperança da mudança

Uma tempestade de liberdade varre o médio oriente

fica melhor

uma tempestade sepulta na areia 80 milhões de expectativas

E?
Falta Esperança
vende naqueles que esperam e nunca alcançam

sincera mente...

joshua disse...

Esse registo do Paulo Moura deve ser deliberadamente arqueológico: vigorava em 1900 e vem detrás, pomposo e hiperbólico.

hajapachorra disse...

Eu não disse que o desgraçado era acompanhante de luxo... só estranho não haver ali nenhum prémio arco-íris... o gajo afinal não é o perfeito idiota, mas quase...

Anónimo disse...

Tal como a enfermeira quer ser medica, a psicologa quer ser psiquiatra, o segurança quer ser policia, o jornalista quer ser escritor. Fugiu-lhe a pena para uma coisa que pretende ser literatura...
qual informação com cosmetica barata, assente em rococos de estilo.