23.3.07

O SUPRA-PORTAS - 4

A prosa de ontem da Constança Cunha e Sá já era uma aproximação (Público, sem link). A de Vasco Pulido Valente, de hoje, é mais directa. Sem "desfazer" em ambos - e dando de barato que o Paulo Portas faz hipoteticamente falta à direita e que a amizade é uma coisa muito bonita - não se pode afirmar que ele tenha começado da melhor forma a sua reprise. A menos que volte como entertainer, coisa que ajuda a escrever artigos, a "directos" nas televisões e a derramar nos blogues, mas que não resolve um problema do país. Acontece que nenhum de nós os três, por exemplo, aspira a liderar ou a federar o que quer que seja. Já Portas aspira e suspira por isso. Está-lhe na massa. Julgo que deve considerar o CDS-PP pequenino para tamanha ambição. Ora, neste caso, Portas devia domar a sua matilha privativa e não atiçá-la contra os outros. Porventura deveria até anulá-la. Talvez Portas não seja o pior da coisa. O pior mesmo são os mesmos de Portas. Resta-lhe provar que é melhor do que eles, que sobrevive bem sem eles e, sobretudo, que não é o que eles são. E este resto é, para já, o tudo de Portas.