No léxico político do regime entraram recentemente duas expressões que, expelidas por quem as anda a expelir, motivariam decreto de riso nacional oficial. Uma é a "ética das convicções" e a outra é a "honra", aparentemente a única coisa que não tem um preço de acordo com dois circunspectos banqueiros. Isto parece o «rumor das saias de Elvira" (como escreveu Eça/Fradique), a musa de Lamartine, aqui aplicado às pseudo elites do país e aos dizeres seus que parecem saídos de debaixo delas. Como Eça/Fradique aconselhou, devemos sempre abominar e combater estes "rijos brados", deliquescentes e metafóricos que, tanto na literatura quanto na política, não querem dizer rigorosamente nada.
5 comentários:
Ora bem!
É o que se faz que conta.
Como de pão para a boca, precisamos que os nossos políticos - porque são os nossos "melhores", infelizmente - estejam ligados à realidade da vida, do país e do mundo.
Ora, estes últimos dias têm mostrado que poucos, muito poucos, são os que podem reclamar tal ligação. É que nem o PC ou o CDS, que raio!
A Esperança não desaparecerá nunca, é um facto, mas que se reduz a cada dia que passa, lá isso reduz.
Paz
São expressões apenas. Que se prendem aos encéfalos superficiais. Para a malta, não têm significado. Até porque "significado", a ser levado à letra, é um termo muito desconfortável. Junto com a "ética das convicções" e "honra" também podemos assinalar "empenhamento", "transparência", "boas práticas", "criar condições" etc. São modas. Entram e saiem do uso conforme as ocasiões.
Ass.: Besta Imunda
Por acaso querem até dizer o contrário do que dizem: "ética das conveniências" e "desonra".
de Eça reordo o duque de Ávila e Bolama:
não tinha transporte próprio e viajava baratinho no coche mais velho da cidade
a tudo respondia 'economias, economias'
Muito pelo contrário, caro J. Gonçalves, querem dizer muito, como já disse ali o caro Joshua!!
Vindo de tão pressurosos acólitos desta coisa governativa também nada surpreende, tem sido assim! E à descarada o tal Salgado!
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