Carlos do Carmo - cujo talento enquanto fadista vem desde os ominosos tempos do regime que precedeu o 25 de Abril - é, à sua maneira, um "filósofo". Aliás, o "boneco" de Herman José ("Largo do Carmo") faz inteira justiça a esse lado místico-político do fadista. Porém, tudo visto e ponderado, Carmo ainda não se habituou à democracia passados todos estes anos. Veio para o fado e ficou. É apenas por aí que se deve deixar ficar, Carlos. Porque no fado é um príncipe. No resto, nem chega a ser um panfleto.
8 comentários:
É um grande fadista. E daí julga ser uma voz com autoridade, o que não é a mesma coisa. Caminha sempre uns metros acima do chão. Acima dos outros mortais. Muito acertada a frase: ... nem chega a ser um panfleto.
Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão.
C. do Carmo, o comunista que não quer ver, nem nunca quis, as desgraças que o regime comunista provocou nos países onde foi implantado... Chamava-lhes paraísos... Pudera...!, acobertado no seu Portugal, adulado por muitos, ganhando bem...
Se calhar, deveria experimentar ir viver para um desses paraísos...
Nem Mais.
Também era pare ele este post
http://fado-alexandrino.blogspot.com/2011/08/os-snobs.html
... e já sem a postiça, melhor está.
Este fadista, que em tempos que já lá vão foi bastante bom na sua arte, acarinhado pelo público e respeitado por um regime que sempre lhe permitiu trabalhar e ganhar muito dinheiro sem jamais ser incomodado - facto só por si, fosse ele uma pessoa íntegra, para lhe estar para sempre agradecido - pois bem, o muitíssimo que lucrou com o dito regime foi pago com a traição.
Este homem é e sempre foi um vaidosão e um snob(?!...) de primeira apanha. No anterior regime viveu do grande capital, isto é, do dinheirão que os que frequentavam a casa de fados da mãe lá deixavam todas as noites (cujas entradas, caríssimas, eram só por convite!) onde ele também pontificava (só "passando cartão", literalmente, à clientela de nome sonante e/ou muito endinheirada), fora os convites da televisão 'fascista' e de muitos contratos com empresários igualmente 'fascistas', mas por ele alegremente assinados. Nada disto o incomodava mìnimamente e muito menos os chorudos cachets recebidos onde marcasse presença apesar do regime ser - só após Abril, claro está... - execràvelmente 'fascista'. O dinheiro dos capitalistas sabia-lhe que nem ginjas doces uma vez que lhe proporcionava a rica vidinha que sempre levou. Pouco lhe importava então viver sob esse regime.
Mas, pergunta-se, já que era visceralmente comunista porque não ia ele viver para "o paraíso do sol na terra"? Isso... 'tá quieto, oh ias!
Esse homem é um hipócrita, interesseiro, ingrato e falso. Como aliás são quase todos os da sua laia. Pelo seu oportunismo tácito, vaidade insuportável e tudo o mais que não é de somenos, só merece o desprezo dos portugueses leais e patriotas.
Maria
Este senhor é o que literalmente se pode chamar um snob. Tem a mania que é filósofo, é verdade. Sempre ganhou bem a vida, antes e depois do 25 de Abril. Lembro-me que em 75 ou 76 para ir cantar uns fadecos a Mirandela nas festas da cidade, já na altura, só para ele (cantor e fadista) queria noventa e tal contos. Queria, digo bem, porque a comissão de festas fez-lhe o manguito. Nesses anos o vencimento mensal de um trabalhador da classe média, andava pelos seis ou sete contos. Mas clama aos quatro ventos que sempre foi um democrata... Até eu
Vanitas, a quanto obrigas...
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