5.2.11

50 ANOS DEPOIS



«Voltou a tentação alemã das soluções uniformes. Em troca de um virtual aumento do fundo de resgate europeu, que nem nome próprio ainda tem, reaparece em força a panóplia de medidas centrais que Berlim acaricia, expressas na coordenação das políticas orçamentais dos Estados da EU, mesmo dos que não fazem parte da zona euro, na convergência da fiscalidade – uma obsessão com o IRC da Irlanda, mas que também nos pode prejudicar –, e até a uniformização da idade da reforma para os 67 anos – o que o nosso Estado já pratica como bom aluno que é. O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schauble, não tem dúvidas em escrever preto no branco que nestas matérias a EU se deve "concentrar no respeitante ao reforço da cooperação económica e financeira nos instrumentos intergovernamentais". Pobre Comissão Europeia! Voltou ao de cima a Europa das chancelarias. Basta analisar as cimeiras bilaterais em que Merkel participou com a França e a Espanha, antes desta da EU.»

José Medeiros Ferreira, CM

5 comentários:

Hermitage disse...

A Alemanha sabe das lideranças no sul da Europa.

Das socialistas governanças, que coincidiram em Portugal, Espanha, Grecia.

Olha-se para a cara deles e pressente-se vulgaridade liderante: o da Grécia, conformado, o de Espanha, sempre atrás dos acontecimentos...

O maior expoente é o "nosso"...

Um case study de xico espertismo.

Afunda o País, põe as finanças públicas na bancarrota, a economia recua, o desemprego sobe, o investimento é nulo.

Perante tudo isto que fáz o xico esperto?

Revolta-se contra a possível entrada do FMI, como se o dito viesse sem ser chamado.

Ou seja perante esta invalidade governativa, esta nulidade executiva, um fabiano puramente no dominio da ficção, Merkel, já percebeu que deve dar a volta ao texto.

E se não querem o FMI, então há que dar um novo nome à coisa: governo europeu.

No fundo vai dar ao mesmo, mas aí o artista vai fazer o salto mortal no Congresso:

Nós não nos conformámos ao FMI, nós somos capazes, viva a resistência ao FMI!!!

Ao mesmo tempo que Merkel, objectivamente já governa Portugal, Cavaco Silva não pode demorar...até Jerónimo Sousa já percebeu!!!

Por um Novo Império Colonial! disse...

Não se pode sair da União Europeia?

Não se pode mandar os alemães mandar na anilha?

Isabel disse...

A senhora também poderia esconder a bancarrota do seu físico, em vez de ostentá-la.

jaa disse...

Merkel só tem três hipóteses: assumir o fim do euro e da UE, pagar a irresponsabilidade alheia sem tugir nem mugir (uma e outra vez), ou pagar a irresponsabilidade alheia tentando garantir que esta fica razoavelmente controlada. Será isto que ela anda a tentar fazer. Fá-lo evidentemente por interesse próprio mas, mais do que atacá-la, devíamos agradecer-lhe o esforço. Inglório, note-se: ela não nos conhece.

Cáustico disse...

Digam lá o que disserem, extravasem os ódios que entenderem, mas uma coisa é certa: o povo alemão é um grande povo. Tivesse impedido a chegada ao poder dum tarado facinoroso, a Alemanha teria de há muito atingido, pelo mérito do seu povo - inteligente, disciplinado e trabalhador - a posição que já tem hoje de ser a maior nação da Europa.
Por causa da crise existente na Europa - cito-a porque é nela que vivo - começo a ouvir rosnadelas por causa das decisões que a Alemanha entende tomar e das que considera de respeitar pelos seus parceiros da UE.
Acontece, infelizmente, que, entre os seus parceiros, há quem defenda o direito a todos os benefícios, ficando os sacrifícios para outros, principalmente para ela que os tem ajudado.
A Alemanha deve ver com apreensão as nações que com ela fazem parte desta triste Europa, a serem geridas por uma chusma de incompetentes, que têm como palavra de ordem o governanço. E como na Alemanha não há parvos, o povo alemão também tem interesses, e a sua actuação não satisfaz os seus parceiros amantes da doce vida, começam a ouvir-se uns sons denunciadores do mal-estar sentido pelas alcateias esfaimadas colocadas no comando dos diversos países. Lentamente, candidamente, vão instilando o veneno do ódio contra o país que os ajuda só porque não os ajuda como eles querem.
Que crime cometem os alemães quando defendem os seus interesses? E se a defesa dos seus interesses legítimos implicar sacrifícios para povos calões, preocupados apenas com o deixar correr? Poder-se-á censurar um povo que se lança de alma e coração a levantar o país que a guerra colocou num caos e, depois de o ter conseguido, procurar usufruir dos benefícios que o esforço realizado lhe proporcionou? Que crime cometem?
Quem rosna entende que esses benefícios devem ser para distribuir pelos parceiros imbecis, onde impera a roubalheira, a vigarice, a mais descarada corrupção, a mais despudorada desonestidade?
Estou ansioso por ver qual vai ser o final do “diálogo” com a China.
Quando as nações europeias tiverem atingido o seu ponto mais alto de endividamento perante o credor chinês, qual será o papel que este deixará para as suas indústrias? Se os países europeus tentarem o proteccionismo, o credor chinês utilizará a sua afabilidade habitual para reconduzir a manada bovina europeia ao curral da sua conveniência. E não há por onde fugir.
Sem actividade industrial e com dívidas astronómicas estarão todas no papo.