9.8.10

AS AFUNDAÇÕES


Este relatório de um organismo oficial insuspeito revela o que já se sabia. Que vivemos, há muito, num regime "chavista" tropical formalmente democrático. Das câmaras municipais - essas metásteses democráticas - ao governo central, passando por indivíduos que passam por estátuas do comendador do regime, etc., etc., a todos foi permitido criar uma fundação às expensas do contribuinte. Não é possível afirmar que "ninguém sabe" quantas são ao certo nem quais os montantes que receberam do Estado. Pelo menos 167 milhões de euros oriundos de entidades públicas receberam. E o que é que fizeram com eles? Onde está a evidência da "utilidade pública"? Quem é que dá a cara por essas fundações? Quem é que as criou e para quê? Não, o país real não quer saber disto para nada porque julga que tal matéria é com "eles", o vago "eles" em que os pobres imbecis votam, seja para o governo central, seja os regedores locais de cabelo e bigode pintados de falta de vergonha. As fundações são, salvo uma ou duas, uma chaga nacional de proporções bíblicas. Reproduzem-se como o bicho maligno de Alien com a habitual complacência de todos com medo de que, quando chegar a sua vez, não lhe concedam uma. Todas juntas, ajudam a afundar esta porcaria um pouco mais.

11 comentários:

Anónimo disse...

Fica a faltar a lista das: Comissões, Entidades, Provedores, Observatórios, Altas Autoridades...

Quem se lembre de mais nomes variados inventados para não dar a ideia que são todas a mesma coisa que adicione à lista...


lucklucky

GULAG disse...

Mais as EPE.

Sao as causas do "lindo estado" ao que chegamos. Mas os causadores "lutam" tenazmente para manter as "causas", a fim de garantirem so dividendos que delas retiram.

Ha tantos anos que os probllemas estao identificados, e as soluçoes prescritas. Falta vontade para as aplicar, e o que tem sido feito e exctamente o contrario do preconizado.
Na verdade, mais fundaçoes, EPEs. entidades reguladoras, e quejandos que vivem a custa do erario publico tem crescido como cogumelos.
Assim nao da.

Unknown disse...

É evidente que essas entidades são apenas máquinas para 1) criar empregos artificiais, 2) justificar salários bonificados para certos "desempregados", 3) exercer uma influência na sociedade semelhante à do Rei Que Ia Nú.

Anónimo disse...

Chamar a esta cleptocracia, "regime chavista", é uma grande ofensa, ao Presidente Chavez.

Anónimo disse...

Uma das fundações mais famosas e queridas do povo é a Fundação Mário Soares. Esta , ao menos, sabe-se onde fica, quem lá está e porquê. Quanto a saber EXACTAMENTE o que faz, e como, será outra coisa. Se tivesse sido financiada apenas com o dinheiro de Soares, enfim, nada haveria a dizer. Mas ela foi financiada - ainda no tempo de Guterres - com dinheiros ditos, eufemisticamente, "públicos" (ou seja, dinheiro que o IRS drenou dos bolsos puídos dos contribuintes líquidos); isto só para começar. Depois certamente que toda a coboiada fiscal e legal, montada para manter estas instituições como bem-estar constante dos seus "administradores, foi permitindo a sua vidinha tranquila e regular. Soares nunca foi conhecido por ser pobre. Tem uma considerável e valiosa colecção de pintura. É um reformado da política altamente bem-pago. Há ainda o inevitável "Colégio Moderno" e outras coisas. Consideremos então que Soares, em termos lusos, é um "rico". Qual então o pretexto apresentado para receber financiamentos do Estado? e será que chegou a ser dado um pretexto, sequer?
Outra preciosidade é a Fundação-Cidade-de-Lisboa. Não sei se ainda existe - ali ao Campo Grande. A última e única vez que atravessei aquela porta (curioso com uns "estandartes" de uma vaga exposição...) foi para verificar que, lá dentro, não existia nada. E que nada lá acontecia. E que talvez 3 a 4 pessoas que lá vadiavam nada faziam. Ou seja, nada daquilo tinha justificação...
Talvez tenha servido para cuidar de dentes fossilizados de mamutes desaparecidos há 10.000 anos; ou para acolher colecções de pedrinhas empoeiradas e geologicamente interessantes. Talvez...
Mas certamente que teve ou tem uma contabilidade gira.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

Tem toda a razão e eu sei do que falo sendo que o panorama não é só de agora mas já tem alguns anos designadamente desde o tempo do outro Engenheiro (este parece que é mesmo).

Mani Pulite disse...

EM VEZ DO MODELO SOCIAL EUROPEU, EM PORTUGAL O PS CRIOU E PROMOVEU URBI ET ORBI O MODELO RÓBALO EUROPEU.

Anónimo disse...

MAIS UMA!!! Observatório de Políticas Locais da Educação (eheheh)

www.observatoriople.gov.pt/np4/%7B$clientServletPath%7D/?newsId=19&fileName=transferencia_competencias_contrato_exec.pdf

Identificação dos investigadores associados ao Observatório

Ana Maria Mouraz Lopes (Investigadora contratada FPCE-UP/CIIE) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

Ana Vale Pereira (Investigadora contratada FPCE-UP/CIIE) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

António Candeias (Professor Doutor) – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

Carla Rosado (Dra.) – Gabinete de Gestão Financeira do Ministério da Educação. Mestranda em Finanças no Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa

Carlos José de Oliveira e Silva Rodrigues (Professor Auxiliar, GOVCOPP) – Universidade de Aveiro

Eduardo Fernandes (Dr.) – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

Elisabete Maria Soares Ferreira (Professora Auxiliar FPCE-UP) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

Fernando Ilídio da Silva Ferreira (Professor Auxiliar) – Universidade do Minho

Florbela Santos – Universidade de Lisboa

Henrique Manuel Morais Diz (Professor Catedrático, GOVCOPP) – Universidade de Aveiro

Jorge Ilídio Faria Martins (Investigador CIIE) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

José Alberto de Azevedo e Vasconcelos Correia (Professor Catedrático) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

Margarida Chagas Lopes (Professora Auxiliar, Socius/ISEG) – Universidade Técnica de Lisboa

Maria Cristina de Sousa Gomes (Professora Auxiliar convidada, GOVCOPP) – Universidade de Aveiro

Maria Emília Galvão (Dra.) – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

Maria Luís Rocha Pinto (Professora Associada, GOVCOPP) – Universidade de Aveiro

Maria Luísa Garcia Alonso (Professora Associada ) – Universidade do Minho

Margarida Chagas Lopes (Professora Doutora) (Professora Auxiliar) – Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa

Miguel St. Aubyn (Professor Catedrático) – Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa

Natércio Afonso (Professor Auxiliar convidado) – Universidade de Lisboa

Paulo Trigo Pereira (Professor Associado com Agregação) – Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa

Rui Santos (Professor Doutor) – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

Susana Veríssimo (Dra.) – Câmara Municipal de Lisboa. Mestranda em Economia e Políticas Públicas no Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa

IHIHIHIHIHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

anah

Antonio Coutinho Coelho disse...

É fartar vilanagem!
As Fundações germinam e propagam-se como cogumelos. E os cogumelos são muito bonitos mas por vezes venenosos. Ninguém controla as Fundações. Não há auditorias. Estão isentas de impostos pelo que também não apresentam contas. Entretanto recebem subsídios do Estado, que é de todos nós, e dos particulares, a maior parte das vezes com a melhor das intenções, que nos peditórios contribuem copiosamente. Também recebem doações de empresas e particulares, sem passar recibo ou, o que é pior, passando um recibo por um valor significativamente superior, para que eles possam deduzir nos seus impostos. Toda a gente, neste paraíso fiscal que é Portugal cria fundações, politicos, futebolistas, grandes capitalistas, enfim, quem tem de seu, quer fugir aos impostos e ainda, o que não é dispiciente, dar à sociedade um ar de "pessoa de bem", de alguém que apesar de viver acima da média, gosta de ajudar o próximo. E se fôr católico, ainda lhe vai render umas indulgências bem úteis quando do Juízo Final. Eu confesso: depois de ter visto e meditado no que tenho visto deixei de contribuir monetariamente para qualquer peditório de qualquer Fundação. Nenhuma, mas mesmo nenhuma, me merece qualquer confiança

Anónimo disse...

O PS é o partido das fundações e dos institutos. Um dia, espero, ainda se há-de fazer um historial rigoroso e sério sobre esta temática para que as pessoas tenham a exacta noção do que é esse partido despesista, intolerante arrogante, maçon, oportunista, etc.

Cáustico disse...

Anónimo das 3.22
Esqueceu-se de nos dizer o que fazem esses tais investigadores associados. Naturalmente passam o tempo a coçar o cu ou a frincha. É o costume.