Normalmente - não será evidentemente o caso do Filipe - as pessoas que recorrem ao termo paradigma raramente lhe conhecem a proveniência e o que representa na história das ideias e da filosofia. Mas, pior do que isso, e em sua decorrência, ignoram o que seja um "novo paradigma". Soa-lhes bem: paradigma e, ainda por cima, novo. Todavia, como lhes falta invariavelmente um gestalt switch, nem paradigma, nem novo. Nada. Viver de ilusões é bonito como uma rima pobre do cancioneiro popular português que é o que a nossa pobre política é.
12 comentários:
A despropósito, gosto mais deste layout no Blog. O outro com as estantes, sem bem que muito bonito, aumentava a minha dislexia visual.
Obrigado
É isso e o JG reservar cada semana a seu filósofo e arrogar-se do seu conhecimento para colocar fotografias e assestar dichotes. Onde estão os argumentos por trás do verniz verrinoso? Não estão. Usa filósofos e as suas obras como quem usa uma camisa; leituras solitárias de cabeceira não são suficientes; são decerto salutares mas porquê orná-las com o orgulho de as ter lido? Por trás de tanta invocação de paradigmas estão só por vezes falácias de apelo à autoridade.
Safa. Odeio o termo, mas teve de ser, por causa do link.
Não seja ridículo, TMC. E não fui eu quem se lembrou dos paradigmas. Fale com os seus companheiros ou colegas de partido como se diz na tropa.
Na tropa dizia-se que "colegas" era outra gente...
Caro JG: estou consigo; que é como quem diz: leio-o. E também não tenho nenhum partido, seita ou agremiação. Mas quantos leitores não o seguem por estarem seduzidos pelo brilho desencantado da sua prosa? É importante apresentar argumentos. Principalmente porque são difíceis de arranjar.
A sua prosa fica mais a ganhar quando o JG não invoca a autoridade de uma figura cultural para autorizar o que escreve. Principalmente quando varia de semana a semana.
Como calcula, não leio sempre os mesmos e já leio há umas boas décadas.
de filosofia conhço melhor a que se aplica à ciência.
Tomás Kuhn, importante físico americano do séc. xx, deixou vários livros (tensão essencial em português) sobre o 'modelo' de ciência que idealizou principalmente para a física quântica ou descontínua.
este 'modelo' de sociedade está desactualizado e vai levar a europa ao fim plano inclinado da sua decadência
a culpata é a 'nova classe' identificada por Milovan Djilas, opositor do marechal tito. a viajem ao interior do socialismo
só é suportável de olhos vendados e nariz tapado
Voce é um pedante e peras. O que jorge de Sena não diria do Gestalt com que se nos apresenta...a nós resto da humanidade. Ainda bem que está confinado aos blogs.
O "novo paradigma" ou "mudar de paradigma" (raramente é referido o "paradigma" de modo solitário); é de facto uma daquelas babujices que, em aparecendo algures, se prendem imediatamente aos encéfalos superficiais; e depois repetidas vezes sem conta. Se para muita gentinha o significado é inicialmente obscuro (e permanece), pela prática marota e ignara torna-se logo uma "coisa boa" e usada a propósito e a despropósito, sobretudo nas TV's.
Não é, portanto, de Filosofia que se trata.
Não é só na jornalice vulgar que "o" podemos descobrir, ou na literatice alvar de esplanada (anexos do expresso, revista do DN, etc); o termo ou conceito é usado galhardamente por políticos idiotas e também por alguns pedantes académicos convidados de Cunha e Sá ou Crespo. Tipos espessos como Lello, Canas, Pereira, deputados e ministros badalam o paradigma a toda a hora.
A coisa parece cíclica. No passado recente outros conceitos, palavras, frases, substantivos ou ideias parvas foram gargarejadas em abundância; e embora não possa falar-se de autoria, são associáveis facilmente a certas pessoinhas:
As boas práticas -(Ana Jorge)
Criar condições -(sr. coelho-Motta)
Alegado suspeito -(jornalice)
"Sound Bite" -(Lellice-Canice)
Cabala -(PS em geral)
Campanha negra -(o mitómano)
Inverdade -(todos em geral)
Assassinato de caracter -(Pereira)
Assassinato político -(Ferro)
Ass.: Besta Imunda
Paradigma, será. Mas de novo nada tem.
Veja-se o que Paula Teixeira Cruz ou Calvão da Silva fizeram nos últimos dias ao som da cacafonia do Albergue. Velho, velhíssimo...
pelo menos o paradigma evolutivo
confirma-se nos comentadores
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