Há tempos no Museu da Electricidade esteve uma exposição sobre Callas, vestidos, jóias, cartas, partituras enfim um pouco do mundo dela. Tirei umas fotos que estão no
Quando se junta a fome com a vontade de comer,dá este resultado inevitável. Tudo o que era bom acabou,e hoje,neste horrivel mundo só há desgraças e vilanias. Por acaso nesta área específica,não é tanto assim,continua a cantar-se bem,os bons festivais estão cheios,e há meia dúzia de divas e divos para que o S.Carlos não tem dinheiro nem para pagar um sumo de alperce. Talvez ainda possa ler no "El Pais" on line(embora com o sacrifício de pesquisar um jornal socialista e portanto abominável) que há poucos dias no Teatro Real de Madrid o Plácido fez a sua estreia como barítono no "Simão" e foi aplaudido durante 32 minutos,o aplauso mais longo da história do teatro.Não deixem o pessimismo sistemático cegar-vos para o que se vai passando pelo mundo. O Fim está próximo,como proclamam os patuscos homens-cartaz de N.York,mas ainda se vai aproveitando qualquer coisa enquanto não vem o cataclismo.Com tanto azedume,até a água simples tem sabor amargo,como justamente(no caso dele...)se queixa o Simão no último acto.
A Maria Callas foi única, nunca houve tão extraordinária soprano nem jamais haverá. Quando Toscanini ouviu pela primeira vez a voz grandiosa de Mario Lanza, adirmou: "uma voz tão grandiosa só aparece de cem em cem anos. O compositor Koussewistky (com quem ele trabalhou) disse dele: "era de uma voz como esta que eu estava à espera deste Caruso". De Maria Callas, teria dito algo parecido certamente. A própria Diva disse de Mario Lanza "que o meu maior desgosto foi nunca ter tido a oportunidade de cantar com ele". Lanza foi convidado pelo director do Scala de Milão para abrir a temperada de Novembro/Dezembro de 59/60 onde iria cantar pela primeira vez naquele famoso teatro d'Ópera, o seu maior sonho desde sempre. Não foi a tempo infelizmente. Faleceu tràgicamente ano dia 7 de Outubro de 1959. Parabéns por ter trazido aqui esta fantástica voz. Maria
4 comentários:
Há tempos no Museu da Electricidade esteve uma exposição sobre Callas, vestidos, jóias, cartas, partituras enfim um pouco do mundo dela.
Tirei umas fotos que estão no
http://contadordeviagens.blogspot.com/
Também há coisas boas por cá.
Quando se junta a fome com a vontade de comer,dá este resultado inevitável. Tudo o que era bom acabou,e hoje,neste horrivel mundo só há desgraças e vilanias. Por acaso nesta área específica,não é tanto assim,continua a cantar-se bem,os bons festivais estão cheios,e há meia dúzia de divas e divos para que o S.Carlos não tem dinheiro nem para pagar um sumo de alperce. Talvez ainda possa ler no "El Pais" on line(embora com o sacrifício de pesquisar um jornal socialista e portanto abominável) que há poucos dias no Teatro Real de Madrid o Plácido fez a sua estreia como barítono no "Simão" e foi aplaudido durante 32 minutos,o aplauso mais longo da história do teatro.Não deixem o pessimismo sistemático cegar-vos para o que se vai passando pelo mundo. O Fim está próximo,como proclamam os patuscos homens-cartaz de N.York,mas ainda se vai aproveitando qualquer coisa enquanto não vem o cataclismo.Com tanto azedume,até a água simples tem sabor amargo,como justamente(no caso dele...)se queixa o Simão no último acto.
A Maria Callas foi única, nunca houve tão extraordinária soprano nem jamais haverá. Quando Toscanini ouviu pela primeira vez a voz grandiosa de Mario Lanza, adirmou: "uma voz tão grandiosa só aparece de cem em cem anos. O compositor Koussewistky (com quem ele trabalhou) disse dele: "era de uma voz como esta que eu estava à espera deste Caruso". De Maria Callas, teria dito algo parecido certamente. A própria Diva disse de Mario Lanza "que o meu maior desgosto foi nunca ter tido a oportunidade de cantar com ele".
Lanza foi convidado pelo director do Scala de Milão para abrir a temperada de Novembro/Dezembro de 59/60 onde iria cantar pela primeira vez naquele famoso teatro d'Ópera, o seu maior sonho desde sempre. Não foi a tempo infelizmente. Faleceu tràgicamente ano dia 7 de Outubro de 1959.
Parabéns por ter trazido aqui esta fantástica voz.
Maria
Por vezes é bem mais interessante e reconfortante falar nos/dos mortos.
http://www.youtube.com/watch?v=Wb1fi1JWuU8
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