11.8.10

HABITUEM-SE



Faltava isto para a tragédia começar a virar farsa. Todavia os senhores procuradores só devem queixar-se, primeiro, de si mesmos e, a seguir, do senhor conselheiro Pinto Monteiro. Foi ele, aliás, em duas entrevistas escritas (e qual delas a pior) quem colocou aquela troika em causa. Esta mensagem é apenas a forma respeitosa dos três procuradores criticarem o PGR enquanto quem deve não o despede. Quanto à "honra" e a coisas de "carácter", andamos todos à chuva. Habituem-se.

Nota: Clique nas imagens para poder ler se quiser. É o despacho final da senhora directora do DCIAP nos autos de inquérito do caso Freeport. Acho que fala por si. E pelos quatro.

14 comentários:

AM disse...

O problema é a necessidade de ter-se de chegar ao "isto", sinal de que "aquilo" fede por todos os canos de esgosto!!!!

GULAG disse...

Chama-se Pedro Reis, é "gestor e empresário", foge-lhe o pé para a alegoria pirosa ("Se Portugal fosse uma família, o pai seria o défice orçamental... A mãe seria o défice externo" e teriam um "filho balofo", o endividamento, e uma "filha raquítica", a competitividade) e foi escolhido por Passos Coelho para lhe dar "ideias" para o seu "programa de governo". E tenha medo, leitor, tenha muito medo, porque essas "ideias" lhe dizem respeito. De facto, fique a saber que ganha mais "10% a 15%" do que devia. Por isso um futuro "governo do dr. Passos Coelho" deverá, para alimentar a "filha raquítica" da competitividade das empresas, diminuir os impostos que as empresas pagam e baixar em "10% a 15%" os salários que lhe pagam a si e restantes trabalhadores. E dê-se o leitor por satisfeito, porque nas recentes Jornadas Parlamentares do PSD a "ideia" era levar-lhe, não 10% a 15%, mas 20% do salário. Depois das "ideias" para acabar com o SNS e com a escola pública e liberalizar os despedimentos, a "ideia", agora, é baixar os salários. De uma coisa não pode Passos Coelho ser acusado: de não dizer ao que vem.

Anónimo disse...

Primeiro, foram os funcionários em geral.
Depois, os professores.
A seguir, os médicos.
Agora os juízes.
A todos, cada um no seu nicho corporativo, há de chegar a vez de serem brutalizados.

Os selvagens levam tudo a eito.
A palavra de ordem é "desmantelar" o Estado, sem olhar a consequências, e depois logo se verá.

Finalmente começaram a apurar a raça, eliminando-se.

ferreira disse...

Desculpem-me não aguentar a leitura disto.
Vou ali vomitar.

ZL disse...

Claro que é um aspecto secundário, mas adorei o "remata-se-LHE".
O lapso material é manifesto: a cândida Cândida não quer rematar nada, mas sim remeter. Todos nos enganamos.
Agora o "LHE" em maiúsculas é delicioso. O PGR até pode não passar de uma rainha de Inglaterra, mas do tratamento não pode queixar-se: é equiparado a Deus!
Ainda dizem que as instituições estão a esboroar-se! A instituição da Graxa está bem viva e recomenda-se. Nada como passar a mãozinha pelo lombo de quem pode, seja ele uma rainha de Inglaterra ou um candidato a presidente da república. Tudo com a maior candura, claro.
Um nojo!

ferreira disse...

É verdade, ZL.
ESSE também está em toda a parte!
Deus LHES perdoe.

Anónimo disse...

Dondocas- as "meninas da PGR" ( esta e a Mizé tsao tung).
Vê-se o resultado de as pessoas não serem escolhidas para os cargos pela competência, mas pelo folclore mediático.
Cada vez vai ser pior, muito, mas muito pior.

O discurso do despacho é de um português pobríssimo!!

MINA disse...

Para além do mais, a redacção é um susto.

corvo disse...

Ao ler a coisa, só consigo chegar à conclusão mais óbvia (mas que já se sabia): estamos na mão de gente muito muito estúpida. E que acha que somos todos estúpidos (os votos dão sempre esta confiança)

Belzebu Catita disse...

Antes mijar para um pé do que clicar nessas gravuras. Tenho dito. Estava à espera de um post sobre como o livro de Roger Scruton parece começar no fim do de Bertrand Russel para chegar ao último mestre. Mas esse post ainda não aconteceu - e agora já não deve acontecer.

Anónimo disse...

No fim da segunda folha está escrito «remata-se-LHE».

A madame devia estar a pensar na bola e em algum deus, só pode.

Anónimo disse...

Delicioso. Cândida encara tudo como se de fazer bolos para fora se tratasse: "Eu não li tudo, porque é muito grande e espesso (80Kg de papel); mas acompanhei, e os rapazes têm dado boa conta do recado e têm tido dificuldades com as cartas do estrangeiro, coitados. Tá tudo bem; aqui lhe mando a coisa. Não precisa de ler, tal como eu, pois a investigação e o despacho são vagos, inconclusivos, não chateamos ninguém (conforme o que nos foi ordenado) e os acusados são uns merdas. Já me esquecia! É preciso mandar vir mais farinha e mais fermento. Txau, doutôrrr".
Todo este teatro-bufo dos adjectivos atirados ao despacho e dos "direitos de resposta" dos procuradores aos jornais, reclamando honra e declarando solidariedade, é enjoativo.
Ontem a embaixatriz-gomes, em notícia-SIC, arranjava mais alguns novos adjectivos (ainda não usados pelo PS) para classificar o despacho: o repórter de imagem captou a fúria contida (a custo...) de gomes, com a cara manchada de vermelho, a cabeleira flamejante e adiantando, para a objectiva, a sua queixada poderosa e máscula picada de uma vaga barba aparada. Depois de pereira lhe chamar "perverso", de assis lhe chamar "canalhice", a embaixatriz chamou-lhe qualquer coisa outra como "maléfico" ou "intolerável" e exigiu intervenção de Cavaco! Porque este assunto é que é importante! Suspeitas de fraude em habilitações literárias, domínio de jornalistas, compra de televisões, mentiras em campanha com o déficit falsificado, fraude nos magalhães - tudo isso é coisa pouca! Cavaco tem é de intervir agora! Querida gomes...Devia ir repousar para o Meco e arejar-se toda em pleno ar...

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

Ó Dias Santos, vomitou antes ou depois de ZL?

Unknown disse...

Uma pena , a "perversa Albion" não sussurrar uma palavrinha...
E V. tinha (tem) toda a razão - o Foge Fátinha nunca existiu.
Quanto á balofa senhora , retrata-se em (vasto) corpo inteiro...