19.8.10

A PRAGA DO CRIANCISMO


O "confrade" Jansenista, em conversa de férias, suspira "austenianamente" pelo "chilreio das crianças" como parte da beleza e da tranquilidade de umas férias que já não existem em parte alguma do mundo. E não existem justamente porque, entre outras maleitas, o "chilreio das crianças" impede um módico de sossego e de civilidade. Aliás, há muito que sou adepto da proibição de entrada de menores até determinada idade em restaurantes, concertos, óperas etc., etc. Incomodam-me mais do que um charuto. É impossível desfrutar o prazer de uma refeição decente com criancinhas por perto. Berram desalmadamente, não comem e inspiram o que de mais primitivo existe nos respectivos procriadores. Finalmente, correm. Por entre mesas, por entre estiradores na praia e, à beira-mar, acham graça molhar os outros (que não são pais delas) e atirar-lhes areia. Não, meu caro Jansenista, deixe-os a chilrear em casa.

31 comentários:

Anónimo disse...

muito me surpreendeu hoje pela negativa,Dr J .G........

discurso idêntico ao seu,de as crianças não frequentar certos lugares até determinada idade só tinha ouvido da boca super maldizente e endinheirada do Miguel Sousa Tavares.

Não sei se tem filhos,para aqui não interessa.será que vos esqueceis que os pais desses pequenos monstrozinhos trabalham, durante todo o ano (semana) e podem não ter avós disponivéis para entreter os netos ,nem posses para pagar um serviço de babisseter

um leitor diãrio do P.P

Anónimo disse...

Ehehe ... o meu sogro é que dizia que não há coisa melhor do que umas criancinhas para estragar o convívio de um almoço ou de uma festa. E de facto ...

Luis Rainha disse...

João,
Por favor, não adira a essa praga (quase tão irritante quanto a dos petizes a berrar) do "módico" empregue como substantivo...

Unknown disse...

Concordo plenamente com J.G.

joshua disse...

Não me fodam: ainda que as minhas duas filhas, de quatro e dois anos fizessem uma pequena tomada da Bastilha em qualquer restaurante, caso não fossem por mim devida e convincentemente repreendidas, em qualquer praia, em qualquer bar, não haveria nada mais feliz e fecundo que elas e que crianças.

Importa, sim, educá-las para acumularem do João Gonçalves mais do mesmo amor visceral pelos livros e menos o estiloso tédio para com gente.

Unknown disse...

As crianças são um encanto. As minhas (já crescidinhas) são. Mas quando são barulhentas ao ponto de incomodarem as outras pessoas tornam-se maçadoras. Os adultos (pais ou não) têm o direito de estar num restaurante em paz, a saborear uma boa refeição em conversa amena com os seus amigos, ou mesmo que estejam sós, evidentemente. Há momentos para adultos, há momentos para adultos e crianças.

David R. Oliveira disse...

E que tal, meu amigo, corrigir o post e dedicá-lo à insuportável má-educação dos pais e/ou dos encarregdos de educação das criancinhas. Coitadas das crianças que, sem direito de opção, não escolhem os papás.
Não acha que pedir a uma criança que ensine um javardo de um adulto a comportar-se com decência é demais? ou quer o João que um carroceiro (com o maior dos respeitos pelos carroceiros que já não há) qualquer, que não sabe distinguir uma faca para peixe de outra para carne ensine os petizes que o guardanapo não é para se assoar? ou o amigo já nasceu, sabendo que para se levantar da mesa se pede licença e se espera por autorização?
... deixe correr que estes cabrões hão-de pagar a respectiva "factura"
David Oliveira

MINA disse...

NÃO POSSO ESTAR MAIS DE ACORDO.

Ainda agora cheguei da praia, e numa esplanada onde almocei os rebentos correram entre as mesas, empurraram as cadeiras , gritaram, choraram, impedindo-me, e a outro cliente, de ler uma revista enquanto tomava o café; enfim, um pavor. Tive de pagar e sair!!!

Felizmente que a esplanada tinha o som da música de fundo muito baixo. Quando acontece colocarem o volume do amplificador altíssimo, então o horror é total e absoluto. As esplanadas deveriam ser locais de sossego, mas nesta civilização do ruído todo o barulho é considerado bem vindo.

Sou totalmente a favor da interdição da entrada de crianças em certos lugares públicos, como se propõe neste blogue.

Sei que não é politicamente correcto, mas é por causa do politicamente correcto que já chegámos onde estamos.

Se houvesse mais sossego no mundo a vida seria muito mais fácil.

Karocha disse...

O problema são os país.

Os meus rapazes, que já são homens, nunca fizeram fitas, nem em lugares públicos, casas de amigos ou outro qualquer lugar.
Era só o que faltava, nunca pude com crianças mal educadas, por isso eduquei bem os meus!

Anónimo disse...

finalmente .pela primeira vez estamos de acordo...Karocha

H.S

Anónimo disse...

As crianças nos sítios públicos são um pesadelo. São piores que os cães, que ficam sossegados quando os donos mandam. Concordo que uma parte da culpa cabe aos pais que as não sabem educar. A outra ao cinema e especialmente à televisão cuja missão é deseducar os cidadãos. E ainda pagamos uma taxa para isso.

zézinho disse...

Eu também detesto as putas das criancinhas à solta.Uma praga.

Anónimo disse...

Alguém me explicas esta aversão que os gays sentem pelas crianças?
É um traço comum a todos os gays que conheço, sem excepção, e deve ter uma explicação...

isabel lucena

Anónimo disse...

Será talvez o facto de não terem crianças? Mas isso seria demasiado óbvio, e conheço muita gente que, não tendo filhos, gosta muito de crianças...

Será o gosto por adolescentes que os leva a colocar uma fronteira de razoabilidade entre adolescentes e crianças? A ligação entre homossexualidade e a pederastria de que falou Pacheco Pereira, indignado este país que sacralizou a homossexualidade?

Será o cinismo provocado pela condição homossexual?

Seria bom se o Sr. João Gonçalves pudesse explicar.

Isabel Lucena

Anónimo disse...

Muito bem visto Isabel Lucena.
Mas não me digam que o dr João Gonçalves ... é que uma outra característica dos homossexuais é o facto incontornável de serem geralmente pessoas extraordinariamente intuitivas e inteligentes.
Eu cá sou burro que mete medo ...

João Gonçalves disse...

Não aprecio conversas de "identidade sexual". Se alguém quiser falar disso, como já aqui uma vez sugeri, marque um quarto num hotel de, pelo menos, quatro estrelas e trocamos lá umas impressões sobre o assunto.

zézinho disse...

Criancinhas,só ao pequeno almoço.

joshua disse...

Erro. Agora é que não vais ter sossego, João. Já agora, o hotel tem de ser em Lisboa, para quem estiver interessado? (lol)

João Gonçalves disse...

Não. Pode ser onde o(a) interessado (a) quiser.

joshua disse...

Ok.

Anónimo disse...

Acho que é ISABEL LUCENA quem está com problemas de identidade. Conheço gays que gostam de crianças e outros que não gostam. Tal como os não gays.

Poderia supor-se, a acreditar em Isabel Lucena, que seria um problema de sensibilidade, de gosto pela tranquilidade (que as crianças não proporcionam), já que a maioria dos grandes artistas que a história da humanidade registou eram gays. Basta consultar um dicionário.

Mas não creio que seja essa a razão.

m.a.g. disse...

Penso que todos nós passámos, mais ou menos, pela fase dos gritinhos estridentes e das birras, mas competia aos progenitores, pelo menos os meus faziam-no, travarem os excessos e imporem limites. Por aqui, os meus descendentes (agora adolescentes) apenas começaram a confraternizar com adultos quando interiorizaram que mastigar era uma acto que implicava manter a boca fechada e que o som que produziam, nas brincadeiras não poderia ir além de determinados decibéis. Já me insurgi em alguns locais públicos relativamente à passividade de certos pais perante a histeria e reboliço causado pelos rebentos, umas vezes com êxito, outras... nem reproduzo.
O meu pai na sua ironia, que por vezes nos desconsertava, ao confrontar-se com estas situações dizia: as crianças são a alegria do lar logo, devem ficar em casa!

Anónimo disse...

«Alguém me explicas esta aversão que os gays sentem pelas crianças?»

Eu acho que não é pelas crianças, é pelo seu comportamento. Que resulta da falta de vergonha dos coirões dos pais, na maior parte dos casos pelintras esfomeados, que exibem os filhos como bandeioras da sua potência sexual.

Anónimo disse...

É inacreditável o que aqui se lê! Uns porque não têm direito ao sossego numa esplanada para ler a sua revista, outros porque não podem comer a sua refeição em sossego sem serem incomodados pelo barulho das crianças, outros porque... Tantos queixumes. Já pensaram que em casa têm o máximo de sossego a que aspiram? Ou os filhos não permitem? Tenham juízo, qualquer dia, porque há uns ganapos a conduzir a fazer asneiras começam a exigir que todos fiquem em casa para poderem andar sózinhos de automóvel.

Anónimo disse...

Caro Sr. João Gonçalves,

recuso a sua elegante e católica proposta por várias razões. As duas principais, incontornáveis, são as seguintes: 1.Não alinho nesse tipo de encontros a que alude (e que, apesar de tudo, são mais comuns entre homossexuais). 2.Nos homens aprecio a beleza e a elegância física, o que me impediria que me aproximasse de si, naturalmente.
De resto, também não aprecio o termo "identidade sexual". Falei em homossexuais, tipos que gostam de outros tipos. E é estranho ver um homem como o senhor, sempre pronto a ser impiedoso e violento e maldoso com a vida alheia, ser tão meigo com a sua. Não gosta que lhe ponham um espelho à frente? Eu percebo.

Quanto ao tolo que diz que a maioria dos grandes artistas da história eram todos gays, uma espécie de presidente do irão do avesso, nem sei que dizer. Uma coisa, óbvia e inútil de dizer, é que houve grandes artistas gays (Proust, Rimbaud, etc)- e depois?
Outra é colocar Dante, Camões, Da Vinci, Mozart, Cervantes, Velasquez, São João da Cruz, Virgílio, numa dessas paradas de orgulho que o esclarecido e anónimo comentador frequentará...


Cumprimentos,
Isabel Lucena

Anónimo disse...

Um dos meus pequenos é. de facto. insuportável de se aturar em locais públicos. Parece que resolve aprimorar a desobediência e a bravura na exploração de cantos desconhecidos e eventualmente perigosos. Ah! E resolve tornar-se muito comunicativo com os desconhecidos que encontre.

Mas se se lhe dá um sopapo para acalmar e fazê-lo voltar à razão, lá estão aqueles olhares de desaprovação... Devem ser destes impacientes com crianças que escreveram por aqui, muito avessos aos "castigos físicos" porque nunca precisaram de os aplicar. Ou porque nunca tiveram a quem ou porque foram bafejados pela sorte ao ter filhos "adultos em miniatura".

PC

Unknown disse...

Até os “adultos em miniatura” podem ser barulhentos e difíceis de aturar à semelhança dos “adultos de tamanho dito normal”.

Anónimo disse...

Cara Isabel Lucena:

Talvez não seja tão tolo como julga. As conclusões apressadas costumam ser falíveis.

Essa de colocar numa parada os nomes que cita não ficaria de todo mal. Da Vinci, por exemplo, sentir-se-ia imensamente confortado. Camões também muito provavelmente (estude bem a vida dele e tire as conclusões, se for capaz). Cervantes não desdenharia. São João da Cruz preferia o "amor místico". Virgílio, como todos os bons romanos, foi o que se sabe.

Para sua tranquilidade, informo-a que não frequento as paradas a que se refere; nem essas, nem outras.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

A Isabel Lucena tem de preparar melhor o seu argumentário. Essa de colocar o Leonardo e o Virgílio como exemplo de não-gays, é de gargalhada. Mas não de surpresa total dada a incultura reinante. Agora a discussão sobre sobre a predominância da "gayzisse" entre os grandes escritores e artistas tambem me parece algo disparatada,pois o que interessa é saber se são bons autores ou criadores ou não. Realmente há e sempre houve muitos artistas homo e bi,mas não usaria isso como arma de arremesso,a não ser que se pretenda o contrário. O que interessa num criador é a qualidade, repito,e não a sua sexualidade,a não ser para estudos biográficos.

Anónimo disse...

Enfim, Camões gay, Cervantes gay, Da Vinci Gay, toda uma exegese sexual que não vai parar. Até Frederico Lourenço, que romanceou um Camões homossexual, disse não acreditar nem um pouco na viabilidade dessa tese. Mas enfim, há um certo método que, desde que um tipo esteja morto, consegue fazer de qualquer um uma bicha louca.

De resto, lancei 7 ou 8 nomes, como podia ter lançado outros 7 ou 8. A maior parte dos grandes artistas não eram homossexuais, porque a grande maioria das pessoas não é. Apenas isso. A homossexualidade não garante nem desgraça nem utopia genética. Mas há sempre tolos para negar o óbvio.

Streetwarrior disse...

Felismente eu não tenho esse problema,leia-se o dos filhos barulhentos...graças ao G.A.D.U

Os meus filhos chegam a dar aulas de comportamento e ética.
Muitas das vezes quando vou sair com eles, envergonham-me á frente de todos...ou há-de ser da forma como pego na chavena de café,ou a forma como pego nos talheres...chega ao ponto de se levantar e ir a mesas de outros adultos,manifestar-se e relembrar que são exigidas condições minimas de comportamento cívico para se puder frequentar sítios como restaurantes,bares de praia e afins.
A coisa que mais odeia ...é ver adultos a beira do mar em total relax em brincadeiras com outros e outras, enfim, a conviver e a atirar salpicos...acha inconcebivél que alguem possa ter a ousadez de á beira de agua o salpicar...
É um autêntico exemplo de como as crianças se devem de comportar!
Por outro lado,tenho outro que é o barrabás!!
Ele, é do pior que a especie humana pode ter, ele brinca,ele salta,ele é amável com outras pessoas,convive,grita de alegria,pula,salta,corre,descobre todos os cantos por explorar,suja-se,rebola...enfim, um autêntico malfeitor...não percebo,o pa é o mesmo, como pode acontecer!
Eu detesto crianças e gente alegre!
Arrrrrrrrhhhhhhhh!! Tiram-me do sério!
Eu chego a chegar á praia e assim que vejo as pessoas a divertirem-se,viro costas e volto para a paz do meu lar,fecho as persianas e voilá...eis o meu belo sossego.
Ai João joão!!