28.8.10

O FIM DO ARGUMENTO

O Vaticano recorreu à indisputável autoridade de Hitler na matéria para criticar a expulsão de ciganos ilegais em França. Quando o argumentário chega ao holocausto, é sinal de que não há mais argumentos. A simples menção do termo silencia imediatamente qualquer um. Daqui para diante vão encenar-se os costumeiros pedidos de desculpa e, quem sabe, uma acrisolada parada "multicultural" europeia a favor das minorias que as elites democráticas desprezam embora o disfarcem com indignações hipócritas e retóricas. Alemão racionalista, Raztinger não quer a sua Igreja minoritária fora de certos debates "correctos" e, no fundo, olha para Sarkozy e surpreende um arrivista. Duma cajadada, matam-se dois coelhos.

Adenda: Depois disto escrito - e porque não quero que nada falte a pessoas que não sabem tratar das unhas dos pés - reparo que maradona, num "momento S. Silva", decidiu malhar no tema aproveitando, pelo caminho, de bicicleta, para me chamar "paneleiro" e "labrego", concedendo que nem sempre debito "tretas demagógicas". Maradona, nos intervalos da bola, das cervejas e dos "pipis", é um excelente blogo-escritor que provoca, mesmo com as unhas dos pés no estado lastimoso em que as mostrou há uns tempos, transportes nas suas indefectíveis admiradoras. Como "paneleiro", presumo que não me será concedida sequer a graça de uma cerveja porque ciganos são ciganos mas um "paneleiro" é um "paneleiro" tal como um "labrego" é um "labrego", ambas categorias impróprias da "base da civilização " em que vive o maradona. É tudo uma questão de "matriz racial" vista a partir da Trafaria e de respeito pela "individualidade e liberdade fundamental de cada ser humano" que pára obrigatoriamente no "paneleiro" e "labrego" João Gonçalves, autor de coisas que suscitam no "humanista" (outro) maradona tal revolta que (e segue-se uma belíssimo excerto digno do melhor António Guerreiro do "Atual") não "conseguimos ter a presença de espírito de evitar adjectivos que clarificam de forma tão automática e instintiva a matriz do próprio parágrafo onde os utilizamos." Por que é não pega nas suas "matrizes", nos "pipis", nas cervejas e na sua bicicleta e vai dar umas voltinhas com esses monumentos a uma "vida autisticamente concreta" que são esses queridos "nómadas"? É que não vejo nenhum comovido solidário, civilizado e ocidentalizado como o maradona, disposto a fazer nada por essas formas de "vida autisticamente concreta" que não seja convocar o III Reich tal como o treinador da lipoaspiração comparava cretinos e vinténs. Você, maradona, fica-se apenas pelo cretino porque ninguém dava um vintém por si com os pés à mostra. Digo-lho eu que sou um grande "paneleiro".

10 comentários:

Anónimo disse...

por amor de deus, nao havia necessidade


Sem mais
Gypsy King

m.a.g. disse...

Relativamente ao assunto principal em adenda:
Lindo!
As minhas palavras escasseiam para lhe (“a causa “foi modificada) poder transmitir o quão reconfortada e até grata fiquei com toda esta análise “romântica” e “humanamente honesta” que produziu. O quanto eu já pensei assim. Hoje, nem por isso.
As perseguições são condenáveis sejam elas quais forem. Mas não é isso que está em “causa” (tudo se modificou). O que é matéria de acção rápida é que se tomem medidas sérias e justas no controle de quem cá entra (triagem prévia, pleonasmo propositado – serem triados mesmo antes de cá entrarem). Não podendo nós estar eternamente à mercê de certo tipo de entes que apenas vagueiam pelo mundo para espalhar o terror, espoliando o que podem e o que não podem. E é desses que se trata. As medidas excessivas e coercivas tomadas pelo “Sarko” (personagem politica que não aprecio – já o contestei noutros sítios por ter fundado “un État policier” – agora dou-lhe alguma razão) só têm lugar porque todas as outras já foram esgotadas. O mundo já não é mais o que era. A insegurança é terrível e só quem viveu na pele situações graves poderá melhor avaliar.
Eu e a minha família temos três episódios lamentáveis e até dolorosos com ciganos (autóctones e imigrantes). E apesar de tudo não culpo uma etnia pela atitude de uns quantos, mas considero no geral que são de índole violenta e vingativa.

joshua disse...

De vez em quando meto-me com essa bicha terrível, o maradona, monumental e complexadamente gorda e prolixa: ninguém lhe dá lições em matéria de auto-fellatio.

Nem tu, meu caro "paneleiro" João!

Justiniano disse...

Ora, caro J. Gonçalves, o maradona até foi comedido, no que a si diz respeito!! Uma calhoada de quando em quando só anima, e acerta o passo, e o deslumbre!! E roma, a localidade, é sempre uma boa fonte de inspiração prudencial!! É que, como o caro J. Gonçalves bem sabe também há treta contra a treta!!

Isabel disse...

Tão excrementício o blogue(que tinha o prazer de ignorar) como a generalidade dos seus(dele) comentadores.

Anónimo disse...

Pensei que os "roma" eram assim designados porque seriam romenos ... enfim bom.
Agora o que parece - em relação à expulsão dos ciganos recentemente imigrados França - é que houve gravíssimos distúrbios em Grenoble por eles provocados ... e então, se a razão é essa, nós próprios, portugueses, somos há largos anos objecto das mesmas medidas nos USA.

Anónimo disse...

Esta adenda, que remete “
maradona” para o reino do instantâneo - em que para ser basta mexer e juntar nada - reconciliou-me com este blog.

joshua disse...

O blogger "maradona" é um bom blogger num mau envólucro. Todo o relevo que se dê a ilustres caras-de-cu como o "maradona" não passa da promoção de ilustres caras-de-cu como o "maradona".

Promoção negativa é promoção. Ponto.

Um observador disse...

ahahahah, isto dos blogs é tipo um desporto não é? Vocês levam todos isto muito a sério. Bom blooger, mau blogger, rivalidades, insulta, responde, promoção e o caralho.

Isto não vale nada, a blogoesfera, é uma modinha de merda em que uma carrada de pseudos assumem que é importante para o resto do universo que veiculem a sua privilegiada visão/opinião sobre um qualquer assunto arbitrário - normalmente o acontecimento político da hora - não podiam ter esolhido nada mais básico.

E depois, como resultado, esperam agradecimento da comunidade por terem altruísticamente emprestado as suas avançadas perspectivas políticas (a disciplina última de intelectualidade em Portugal, das que têm complexidade inferior a um jogo de ping-pong) à ignorante populaça.

Se não há agradecimento, os acessos de raiva iniciam-se, raiva contra o mundo que não quer aceitar os ensinamentos duma casta superior intelectual.

É uma orgia de narcisimo isto, é uma prolongação doentia de necessidades afectivas infantis. E a isso junta-se a altivez do vocabulário que procuram como que se fosse uma forma de auto-proclamação, como que se construissem assim um altar erguendo-se sobre a tenebrosa sombra do leiguissismo deste Portugal.. Vocês, os pseudo-escritores, são a mesma merda que o puto que não joga nada à bola mas que finta como o caralho.

Estão presos a esta merda dos blogs, acordem prá vida enquanto é tempo foda-se e deixem-se mas é de paneleiradas tipo o meu caralho é maior que o teu.

Dum gajo que tá mesmo preocupado sobre se este comentário é aceite e sobre se esta opinião é validada pelos demais.

joshua disse...

Ó observador, tu escreves de mais para ser credível o que esparramas. Assume que amas a bloga.