3.6.10

UM ESTADO DE COISAS SEM PONTA POR ONDE SE LHE PEGUE


Faz hoje um ano que foi "lançado" o livro da foto. Foi apresentado por José Pacheco Pereira. Uns dias depois houve eleições europeias e, poucos meses a seguir, umas legislativas. A epígrafe era - é - "Portugal, um Estado de coisas sem ponta por onde se lhe pegue". Nada do que lá consta se alterou. Portugal e o estado das coisas continuam famosamente a não ter ponta por onde se pegue nelas. Só Pacheco - quem o diria a um ano atrás! - vota agora (imagino que circunstancialmente) ao lado de parte daquilo que o livro ilustra e critica. Talvez devesse estar satisfeito com a "actualidade" dele. Mas precisamente o ele estar tão actual é que me desgosta.

Adenda: O próximo juntará alguns "apontamentos" acerca de um equívoco chamado literatura portuguesa contemporânea. Mais acentuadamente, "actual". E outros (poucos) sobre a que aprecio fora daqui.

4 comentários:

Floribundus disse...

na rua só vejo 'almas penadas'

o rectângulo é o labirinto do minotauro

as Moiras ou Parcas transferiram-se para a politica
mais dia menos dia Atropos corta o fio

Anónimo disse...

Sr Joao Goncalves
Sou leitor assiduo do seu blog, com o qual partilho da maioria das opinioes, nao tenho por habito fazer comentarios, sou reservado, geralmente so dou a minha opiniao quando me solicitam,o meu comentario incide sobre o facto do veiculo de comunicacao que usamos para dar a conhecer as nossas opinioes a (internet), a questao que coloco no ar e a seguinte existe centenas de Blogers que nao se conformam com a degradacao a que Portugal esta a sofrer ate que ponto a internet nos amansou a todos e e uma ferramenta de descompressao da revolta social, vale a pena pensar nisto, antigamente as pessoas saiam a rua, existia mais sangue a ferver, hoje as pessoas estao cheias de sedativos, talvez eu tambem seja covarde, ja desisti de Portugal, tenho 28 Anos, duas licenciaturas, abandonei Portugal a 2 anos e comecei a minha vida do zero, o pais investiu em mim eu acho que investi ainda mais, mas fazendo uso proverbio (quem esta mal que se mude) foi o que eu fiz e estou feliz com a minha decisao, sinto me em Paz, mas sempre que vejo desagradaveis noticias de Portugal o sangue ferve, mas isto so vai ser na minha geracao,a geracao com meia dose de anestesia porque as geracoes vindouras ja tem dose e meia, conclusao se fosse possivel ser apatriado eu ja tinha pedido esse estatuto porque pagar impostos e criar filhos em Portugal JAMAIS, e a minha ideologia

Cumprimentos
Duarte

A pau disse...

Duarte,
Com duas licenciaturas, o Português é esse.
Faltam-lhe mais duas ou três, pelo menos, está visto.

Anónimo disse...

Sr A pau

Antes que aparecam outros comentadores a criticar o facto do meu texto nao possuir acentuacao, exclareco que nao e por nao saber escrever mas sim pelo meu teclado estar desconfigurado e nao me ser possivel escrever correctamente Portugues.
No entanto Sr A pau, quando faco referencia a ter duas licenciaturas nao me estou a sobrevalorizar apenas quiz transmitir o investimento que foi feito na minha formacao que de algum modo nao e rentabilizado em Portugal, trabalho e sou independente desde os 16 anos, trabalhei por turnos para conciliar os estudos, ja depois de licenciado muitas portas se fecharam por nao ter padrinhos e vi muitas pessoas menos qualificadas a passarem a frente...quero finalizar que como eu existe muitos milhares de jovens em que o estado investiu, um investimento que nao vai ter retorno e o descontentamento so nao e maior e visivel porque muitos jovens estao a sair de Portugal e os que ca ficam trabalham no que aparece e outros sao eternos estudantes em pos graduacoes e mestrados da treta vivendo sustentados pelas familias, tudo isto contribui para o empobrecimento de Portugal e para termos um Portugal mais pequenino.
Sr A pau, nao comente so por comentar, dessas atitudes Portugal nao precisa.
Cumprimentos
Duarte