«Somos fracos juízes do nosso tempo, sobretudo quando pretendemos adivinhar a eternidade no pedaço de história em que nos coube viver. (...) No início do século XXI, o panorama literário de Portugal é dominado por duas figuras quase intangíveis, tão longe se estende o seu prestígio nacional e internacional. José Saramago e António Lobo Antunes são as incontestadas eminências das nossas letras contemporâneas, os autores mais vendidos, os mais autopsiados pela academia, os mais consagrados pela crítica. Não se vê ninguém que lhes denigra o mérito nem alguém que lhes pise o manto da preponderância.»
José Navarro de Andrade, É tudo gente morta
«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
20.6.10
QUEM PODE ADIVINHAR A ETERNIDADE?
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10 comentários:
Lobo Antunes e Saramago...?!
Quem conseguiu ler até o fim um livro do primeiro? E quem conseguiu decifrar o que o segundo escreve em sintaxe desordenada?
Belos paradigmas da literatura portuguesa...!
Ainda nos falta «Le temps retrouvé».
Para daqui a dez anos, haja Deus ...
Não era escritor o Saramago. Era um "debitador" de fel na forma de livros.
vacas sagradas ou bezerros de ouro.
têm os pés de barro.
a esquerda passa o tempo embevecida a venerar os seus deuses.
«és siempre la misma mierda»
prefiro ser eu próprio
der Weltenbummler, algo Welterfahren com a minha Weltanschauung
já não posso sair da pocilga
Retracta-se o João (de posts anteriores) perante a zaragalhada que vai aí por causa de Saramago?
Acho que não vale a pena. Saramago não o merece pois nunca se retractou das barbaridades que disse.
Obrigado pela referência.
Povo eterna e fatalmente acocorado - se "lá fora" gostam , tem de ser bom, forçosamente...
Aquela claque da R.do Arsenal saberá que existe uma "coisa" intitulada "Para Sempre", publicada,em português, nos idos de 80 ?...
Saberão decifrar o " Em Nome da Terra" e dele retirar ilações? (questão meramente retórica)Poucos saberão, uma vez que Vergílio Ferreira foi proscrito ao romper com o neo-realismo.
Há que separar o Homem do Escritor.
Saramago e L. Antunes subvertem a norma porque a dominam e inovam, são já universais e serão intemporais quer se goste deles ou não.Para mim dão-me orgulho, embora politicamente não tenhamos nada em comum. Mas isso que interessa quando lemos "O ano da morte de Ricardo Reis" ?
Se somos fracos juízes de nosso tempo, não sei porque o Sr. José Navarro de Andrade, cujas palavras o "post" cita, se deve tomar como uma excepção e dar especial crédito ao seu julgamento. Talvez viva no Olimpo, sentado nalgum trono para além do tempo e da história.
E depois diz, acerca de Saramago e L. Antunes: "Não se vê ninguém que lhes denigra o mérito nem alguém que lhes pise o manto da preponderância."
Não se vê ninguém!? Basta começar por ser ver ao espelho e, depois, por exemplo, vir até aqui ler os "posts" e os comentários.
João.
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