«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
28.2.09
O CABEÇA
O CONGRESSO - 7
UM TEIMOSO AUTORITÁRIO
O CONGRESSO - 6
«Se o discurso de abertura de José Sócrates fizer escola e o povo socialista responder de forma solidária, então o XVI Congresso pode muito bem ser o congresso das campanhas-negras, das calúnias, das infâmias, das difamações – e, já agora, da caça às bruxas que têm a coragem de pôr os dedos nas feridas de um político que se julga dono absoluto não só dos socialistas – o que é verdade –, como do País, o que começa a ser uma triste realidade. Resta saber se o Portugal que está em Espinho sabe que lá fora o desemprego dispara e o desespero aumenta em muitas famílias. Decência seria Sócrates ter falado disso, das vidas negras de muitos portugueses.»
O CONGRESSO - 5
José Pacheco Pereira, Abrupto
O CONGRESSO - 4
Eduardo Cintra Torres, Público
O CONGRESSO - 3
Vasco Pulido Valente, Público
27.2.09
CAUSA DELE
O CONGRESSO - 2
Nota: Almeida Santos, um desgraçadinho mundialmente reconhecido, fala em "titulares de privilégios" que o admirável líder terá combatido firmemente nestes quatro anos. Sabe muito esta velha múmia.
Nota2: O querido líder dirige-se aos seus camaradas precisamente nos mesmos termos e usando os mesmos "conceitos" recorrentes dos anúncios, do power point, da propaganda exibida nas tendas armadas nas auto-estradas. Nem os fiéis são poupados.
Nota3: «Não se percebe que os organizadores do Congresso tenham colocado umas cortinas pretas à volta do recinto para impedir as televisões de mostrar os congressistas de frente. Servem para quê? Afinal, de que tem medo Sócrates? De si mesmo? Do partido? Ou dos cidadãos eleitores?»
Nota4: «Plasmas, holofotes de várias cores, tendas transparentes, telas, parques de estacionamento cheios de Mercedes, painéis de leds no palco. Um show. É bom ser poder.»
Nota5: Regressou o gladiador da "campanha negra" que, parece, vem já desde 2004. Uma velha música e um discurso que também já acusa uma certa idade.
Nota6: A "campanha negra" teve uma nuance com a introdução da expressão "calúnia" que foi associada, entre outros fantasmas, a televisões e a directores de jornais. Até Ramos Rosa foi citado através do termo "liberdade livre" por causa da "calúnia". Ora a "liberdade livre" passa pela liberdade de expressão, a começar pela dele que todos aturamos a título de abnegado serviço cívico. E - naturalmente e sobretudo - pela liberdade de informar e de comentar. Isso é que é "decência democrática".
DEMAGOGIA FRACTURANTE
UMA SOCIEDADE E UM LÍDER CONFRANGEDORES
O CONGRESSO - 1
"CREDIBILIDADE"
O NEGÓCIO
26.2.09
A FACTURA DA FANTASIA
Adenda: A nova tvi24 também ouvirá a dirigente do PSD num programa que estreia lá para a meia-noite, Última Edição. E não, não estou a fazer propaganda nem à televisão nem a Ferreira Leite. Só estou é farto de ouvir sempre a mesma propaganda.
BASTIDORES
PORNOCRACIAS
MEIO PÃO
O FRACASSO
25.2.09
NADA
UM ASSESSOR À ALTURA OU A ALTURA DO ASSESSOR
Clip: Daily Motion
"NINGUÉM SE ATREVE A PRESSIONAR-ME..."
José Medeiros Ferreira, Bicho Carpinteiro
UM ARTISTA PORTUGUÊS
"SEM RESOLUÇÃO NADA SE FAZ"
»Em que cuidamos, e em que não cuidamos? Homens mortais, homens imortais, se todos os dias podemos morrer, se cada dia nos imos chegando mais à morte, e ela a nós, não se acabe com este dia a memória da morte. Resolução, resolução uma vez, que sem resolução nada se faz. E para que esta resolução dure e não seja como outras, tomemos cada dia uma hora em que cuidemos bem naquela hora. De vinte e quatro horas que tem o dia, por que se não dará uma hora à triste alma? Tomar uma hora cada dia, em que só por só com Deus e connosco cuidemos na nossa morte e na nossa vida.»
Vieira, Sermão de Quarta-Feira de Cinzas, Igreja de S. António dos Portugueses, Roma, 1670.
24.2.09
A "PARTICIPANTE" CAPRICHOSA
«Sem dó e sem piedade é como se deve qualificar a falta de nível de um programa que dá, aos Sábados, na SIC, principalmente, da parte de uma participante. Muito raramente assisto, porque me faz impressão o ar doutoral com que algumas pessoas falam de quase tudo sem saberem quase nada (...). Há participantes desse debate que levam aquilo meio a brincar, o que parece ser a ideia inicial do programa. Mas aquele azedume, aquele mau estar com a vida, com tudo e com todos, mas, principalmente, quero crer, consigo própria, é intolerável. Não deve gostar de se ver ao espelho e até devemos respeitar isso: cada um pensa o que quer de si próprio. Agora, tempo de antena dado a quem é tão sectário, tão insultuoso, tão desagradável, é um desperdício. É que os outros, apesar de tudo, pensam, gritam debatem, riem. Ela odeia, é o eixo do ódio.»
Sucede que, quem se mete com a "participante", leva. Até processos em tribunal. Pedro Santana Lopes, no entanto, concedeu-lhe um dia o benefício da dúvida e ela não recusou. Foi directora da Casa Fernando Pessoa onde, apesar da empáfia, não deixou recordações. Fora esse "lamentável incidente", é "sistémica" e PS friendly ou, mais propriamente, Soares friendly o que, para o regime, constitui biografia. Como uma vez lhe disse, PSL, tem de ser mais exigente na escolha dos seus amigos. Gente desta, caprichosa, só gosta dela mesma.
Adenda: PSL também se "admira" pelo facto de nenhum jornalista do semanário Sol ser paineleiro televisivo. Não queria mais nada...
NÃO HÁ ALMOÇOS DE BORLA
A FARSA
23.2.09
LÁ COMO CÁ
A NOITE DO MUNDO
THE WEST COAST
NÃO PRETENDER AGRADAR
Nuno Ramos de Almeida, 5 Dias
O PAÍS E AS TRIVIALIDADES POPULISTAS
«O primeiro-ministro prefere a propaganda. Quase todos os dias aparece na televisão a anunciar uma iniciativa, uma medida, uma obra (às vezes em cerimónias mediáticas pagas pelas empresas construtoras). E não distingue coisas realmente úteis que o Governo tem feito de trivialidades populistas. É significativo que, no congresso da Associação Portuguesa de Empresas Familiares, um empresário da estatura e do perfil ético de Alexandre Soares dos Santos (Jerónimo Martins) tenha dito que a crise é agravada pela "demagogia intolerável do primeiro-ministro". Se somarmos o cansaço da repetição dos argumentos ("nós actuamos, os investimentos públicos são a resposta à crise", etc.) à perda de credibilidade decorrente do anterior excesso de optimismo, é duvidoso que a campanha propagandística do Governo seja eficaz. Julgo, até, que ela começa a tornar-se contraproducente.»
No país - uma coisa totalmente diversa da propaganda das tendas e das "trivialidades populistas" para consumo dos fanáticos dependentes e dos embrutecidos por um ano eleitoral em perspectiva - o desemprego cresceu em Janeiro cerca de 45% em relação a Dezembro último e cerca de 23% face a Janeiro de 2008, num total de mais de setenta mil desempregados inscritos nos organismos adequados só no primeiro mês do ano. É este país que vai ficar fora da "nave" de Espinho onde decorrerá o congresso do PS. Mas é dentro da "nave" que estarão os extra-terrestres babosos e o seu incontestado "conducator".
LUGAR AQUI
Manuela Moura Guedes
22.2.09
O FREI CORRECTO
MORRER NA PRAIA - 2 (act.)
Adenda do dia 23: Este texto do C. Abreu Amorim.
A VULGARIDADE DA MODA
A LISTA DE SÓCRATES
21.2.09
"IN QUESTA REGGIA"
Puccini:Turandot. Gabriele Schnaut.Dir. Valery Gergiev. Festival de Salzburgo.2002
QUATRO ANOS DISTO
Adenda: O Nova Frente lembra os cem anos do Manifesto Futurista, de Marinetti, publicado pela primeira vez no Le Figaro. E não deixa de ter alguma razão ao pedir um novo. «É a hora de um novo manifesto para os próximos 100 anos. Que ainda exalte o amor do perigo e o hábito da energia (mesmo que renovável), mais o movimento agressivo, a insónia febril, a velocidade, o salto mortal, a bofetada e o murro. Sim, o murro nas ventas dos ressessos progressistas inchados de temas fracturantes e de quem se puser à frente para os defender. Contra todas as formas descaradas ou à socapa de socialismo, estalinismo, trotsquismo, maoísmo e demais lixarada ideológica. Contra a gigantesca e abafadiça União Soviética Europeia, comandada por durões e outros totalitários. Contra os mercenários da cultura e da arte. Contra os destruidores do património histórico. Contra a estética dominante da fealdade e da piroseira.»
Adenda 2: «E andamos assim, de dia para dia, na ficção e no nada, sem um debate público que sirva a vida pública, mandados pelo poder, cujas palavras "mandam" mais porque vêm do local certo, com uma democracia doente, imersa num espectáculo pobre com maus actores e pior enredo.» (José Pacheco Pereira, Público)
Adenda 3: « Na vida interna do PS, a "liberdade" não passa de uma fantasia.» (Vasco Pulido Valente, Público)
UM PAÍS ÁVIDO DE OUTRA COISA
José Medeiros Ferreira
"UMA ACÇÃO DE ANÚNCIOS"
- Eu não só acho obsceno e chocante como acho que o Governo vai ter de ser confrontado com essa questão. Porque não é possível que os dinheiros públicos andem a ser delapidados em festas de propaganda. Eu acho que é algo sobre o qual o Governo terá de vir a dar explicações.
- É que não há um arrepiar de caminho. Todos os dias há mais situações.
- Não há um arrepiar do caminho. Ouça uma coisa. É que se não for isso não é nada. Eu percebo a posição do Governo. Este Governo vive à custa dos anúncios e se esses anúncios não têm um grande impacto e uma grande visibilidade então nós diríamos que não havia absolutamente nada. As pessoas ficam envolvidas e empolgadas, em algumas delas, simplesmente com os sound bites e os anúncios. Se não houver muito barulho com os anúncios no dia-a-dia percebe-se que não há rigorosamente nada. Nem mesmo estas medidas em relação ao apoio às empresas. Se nós falarmos com os empresários eles não sentem nada.
- É o que têm dito.
- Não sentem nada. Se não fosse o anúncio o que é que havia? Percebe-se que um Governo que vive à custa do anúncio invista muitíssimo e fortemente naquilo que é verdadeiramente a sua acção, que é uma acção de anúncios.»
Entrevista de Manuela Ferreira Leite ao Correio da Manhã, conduzida por António Ribeiro Ferreira
"UM DEBATE PARA KIM-IL-SÓCRATES"*
*Eduardo Cintra Torres, in Público
O DOSSIÊ FLAMINGO
SOLIDARIEDADE LATINO-AMERICANA
20.2.09
A NOVA MOCIDADE PORTUGUESA
"UM DOS NOSSOS"
POLÍTICA A SÉRIO
SEM TEMOR REVERENCIAL
Adenda: Provavelmente será "notícia" o "dito por não dito" do Ministério Público de Torres Vedras que, afinal, já "deixa" passar o "Magalhães" no carnaval. No direito costuma falar-se em certeza, segurança e em sentimento jurídico colectivo. Às vezes, alguns magistrados parece que se esqueceram destes princípios básicos, seja no exercício da acção penal, seja na produção de decisões finais. Se isto acontece a pretexto do carnaval, imagine-se quando é a sério.
UM CLÁSSICO DO CENTRÃO
RANÇO PÚBLICO
Filipe Nunes Vicente, Mar Salgado
«Agora que há um claro upgrade no processo Freeport, com arguidos por "corrupção activa", a RTP volta a colocar o caso num alinhamento secundário do telejornal das 13 horas. A SIC e a TVI abriram com o caso Freeport, a RTP não. Gostava de saber que critério jornalístico explica a razão pela qual a RTP desvaloriza sistematicamente este caso e se recusa a ter uma atitude de investigação activa, ignorando o que já todos os outros órgãos noticiam sobre os arguidos do processo, andando sempre várias notícias atrasadas, quando as dá, o que nem sempre acontece.»
José Pacheco Pereira, Abrupto
O PRESIDENCIALISMO DE CHANCELER EM 2009
A "ELISA"
Foto: Cidade Surpreendente
19.2.09
AS DILIGÊNCIAS, A POLÍCIA E O DEVER DE INFORMAR
BRINCADEIRAS DE CARNAVAL
O DEVE E O HAVER
A PLACA GIRATÓRIA
"PORQUE TODOS PAGAMOS"
18.2.09
O DELEGADO
TENS PARA A TROCA?
APENAS HOMENS
SOCIEDADE SEM COMPROMISSOS E SEM CERTEZAS
- sob a capa da solidariedade e dos direitos, as novas leis desprotegem os mais fracos da sociedade;
- em nome da consciência e da dignidade humana, ataca-se a vida nos seus momentos mais frágeis;
- em nome do progresso e da modernidade, promove-se o relativismo para que nada nos pese na consciência.
Estamos a percorrer o caminho que leva a uma sociedade sem compromissos e sem certezas. Dizem-nos que é o protótipo da sociedade moderna, mas, verdadeiramente, é o modelo de uma sociedade sem rei nem roque, inteiramente na mão do poder político. Ainda vamos a tempo de poder pensar pela própria cabeça, mas a porta é cada vez mais estreita e é responsabilidade pessoal de cada um contribuir para alargar a porta. Senão, daqui a pouco tempo, até o camelo passa mais facilmente pelo buraco da agulha.»
Raquel Abecasis