É preciso começar por algum lado, mas não por todos os lados sem se aperceber convenientemente das consequências desses actos. Se os autarcas, muitas vezes, deveriam ficar calados para evitar dizerem barbaridades e incongruências várias, neste caso até têm alguma razão, embora não soubessem explicar o porquê da necessidade de algumas obras(provavelmente nem saberão fazer isso com clarividência).
Eu vivo e trabalho na margem sul e posso afirmar com conhecimento de causa que uma das obras que agora se vai suspender( a Circular Regional Interna da Península de Setúbal) é quase essencial à circulação neste "deserto", em particular nas ligações entre os parques empresariais e a circulação de matérias e produtos( e presumo que o crescimento económico seja o que se pretenda a médio prazo ou pretende-se entrar em default social antes do default económico-financeiro?). Já nem falo na circulação de pessoas, basta passar uma manhâ em dia útil, em plena hora de ponta na Nacional 10 para se perceber que as queixas de outras populações por esse pais fora, por causa da falta de alternativas às SCUTs, são no mínimo rísiveis e anedóticas por comparação. E trata-se de um corte cego pois teria logo à partida portagem e as populações não protestaram com essa ressalva, porque obviamente se aperceberam da utilidade da via e da inevitabilidade de ser paga. Se algumas das obras agora suspensas não faziam sentido ou até eram contra-natura, cortar por cortar tudo sem pensar no que se está a fazer, é apenas mais do mesmo. Nesse aspecto, não se trata de contra-ciclo, trata-se de alter-ciclo e ainda por cima, com os mesmos resultados. Há muita obra pública sem sentido,mas é indispensável a classe política aprender a separar o trigo do joio. Isso sim, seria o verdadeiro contra-ciclo.
2 comentários:
É preciso começar por algum lado, mas não por todos os lados sem se aperceber convenientemente das consequências desses actos.
Se os autarcas, muitas vezes, deveriam ficar calados para evitar dizerem barbaridades e incongruências várias, neste caso até têm alguma razão, embora não soubessem explicar o porquê da necessidade de algumas obras(provavelmente nem saberão fazer isso com clarividência).
Eu vivo e trabalho na margem sul e posso afirmar com conhecimento de causa que uma das obras que agora se vai suspender( a Circular Regional Interna da Península de Setúbal) é quase essencial à circulação neste "deserto", em particular nas ligações entre os parques empresariais e a circulação de matérias e produtos( e presumo que o crescimento económico seja o que se pretenda a médio prazo ou pretende-se entrar em default social antes do default económico-financeiro?).
Já nem falo na circulação de pessoas, basta passar uma manhâ em dia útil, em plena hora de ponta na Nacional 10 para se perceber que as queixas de outras populações por esse pais fora, por causa da falta de alternativas às SCUTs, são no mínimo rísiveis e anedóticas por comparação.
E trata-se de um corte cego pois teria logo à partida portagem e as populações não protestaram com essa ressalva, porque obviamente se aperceberam da utilidade da via e da inevitabilidade de ser paga.
Se algumas das obras agora suspensas não faziam sentido ou até eram contra-natura, cortar por cortar tudo sem pensar no que se está a fazer, é apenas mais do mesmo. Nesse aspecto, não se trata de contra-ciclo, trata-se de alter-ciclo e ainda por cima, com os mesmos resultados. Há muita obra pública sem sentido,mas é indispensável a classe política aprender a separar o trigo do joio. Isso sim, seria o verdadeiro contra-ciclo.
Também me parece. Um contra-ciclo que devia ter começado há uns 17 anos.
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