«A redução de 5 por cento toca levemente na bolsa dos políticos, mas prescindir ou prejudicar a corte que o rodeia tocaria no seu poder - e isso eles não quiseram. Os jornais, misteriosamente, chamam à coisa "moralização". De quem ou de quê? De qualquer maneira, essa "moralização" não chegou por enquanto ao deputado Ricardo Rodrigues, vice-presidente da bancada do PS, que alegadamente subtraiu dois gravadores, no fim de uma entrevista à revista Sábado. Perante este episódio, em que só a polícia e os tribunais deviam intervir, a Assembleia da República vacila. A Comissão de Ética ainda não levantou a imunidade parlamentar ao deputado Ricardo Rodrigues, uma decisão que, em princípio, se julgaria automática. E Francisco Assis declarou a história, que, aliás, não nega, "lamentável", acrescentando generosamente que ela "não corresponde a um padrão de comportamento" de Ricardo Rodrigues ou às relações do PS com a imprensa. Estas palavras consolaram de certeza o país, que ficou agora seguro da alta honestidade dos seus representantes.»
Vasco Pulido Valente, Público
«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
11.6.10
A "COESÃO NACIONAL" MORALIZADORA
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9 comentários:
Fabuloso!
Besta I.
VPV diz o óbvio e o que toda a gente sabe ou sente; mas à VPV. O rei vai nu, e há muito tempo. Até já apanhou uma pneumonia e está à morte. E arrisca-se a morrer num qualquer hospital da misericórdia, pobremente caído numa enfermaria para andrajosos.
Ass.: Besta Imunda
Claro, do que o PS gostaria era de ver-se livre do Rodrigues sem perder a face. O dilema é que sabem que o país inteiro reprovou a "acção directa" do Rodrigues, mas este tem muita força dentro do aparelho, pode partir a louça toda, pelo que não é fácil alijá-lo.
Ontem, numa reportagem sobre uma Câmara, acho que era Santa Maria da Feira ou coisa parecida, o Presidente pedia a todos que poupassem um euro por dia.
No fim veio a saber-se que havia 871 funcionários na Câmara.
O que eles fazem, aposto, que podia ser feito por duzentos.
Se multiplicarem pelas câmaras do rectângulo e se lembrarem que um empregado numa câmara nada produz a não ser papelada acho que dá para perceber porque estamos como estamos.
Como ainda não obtive resposta, reitero:
Sendo COMPROVADAMENTE a cumulação de reformas pelos "gestores profissionais" vindos dos diferentes quadrantes políticos a razão do "pântano" e da "crise";
QUAL A SOLUÇÃO?
A solução é deixar de pagar essas falsas reformas.
Também no tempo do Rei Sol determinada corja estava habituada a determinados privilégios...
Nos dias que correm qualquer bordel tem mais dignidade do que aquele coio ali a S.Bento...
Vivam os "corninhos" do ex da Economia ! Comparado com o Rodrigues tem mil anos de perdão.
"Alegadamente"? Então o homem foi filmado a "palmar" os gravadores dos jornalistas e VPV vai na moda e diz "alegadamente"?
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