Num colóquio qualquer sobre política, globalização e "transformações" - as tretas do costume -, José Sócrates teve um acesso "wagneriano" e falou quase como o deus Wotan, esse titã "condenado" à eternidade. "A felicidade é abrir os jornais e não falarem de nós (...) Isto é uma coisa que nós almejamos. Só se alcança no momento supremo que é o momento da derrota. Quando formos derrotados e passarmos à condição de oposição, então seremos felizes para toda a vida", afirmou o nosso enigmático primeiro-ministro. Um homem que considera a derrota "o momento supremo" merece ser acompanhado com mais atenção. Também Wotan já só reclama o fim, dividido entre o poder asséptico e o afecto interdito. "Só consigo gerar servos", declara igualmente o deus perplexo com a maldição do seu destino. E Sócrates? Que género de gente anda ele para aí a gerar?
4 comentários:
Bem, se ele ambiciona assim tanto que os jornais dele não falem, tem bom remédio: calar a central de propaganda do governo. Pelo menos em 50% a coisa baixava.
Coitado, o mais que gera são uns lambe-botas vitalinos...
Até a Universidade em que supostamente se licenciou (num curso que na altura ali nem existia) está a bater a bota.
Esperemos que seja apenas o início da descida, perdão, da queda.
Sócrates SÓ gera abortos!!!
Mas, hélas pour nous (se o F. Rosas diz "last but not the least" - agora mesmo, n`O Debate da Nação - também tenho os meus direitos) - mas, dizia, Sócrates - a figura e o estilo de governar - ainda deixa muita gente embevecida.
Enviar um comentário