Três amigos cuja sensibilidade e inteligência aprecio, o Eduardo, o Tomás e o Francisco, "dão-me ganas" de prestar atenção ao "Portugal, um retrato social", do António Barreto, na RTP, coisa que, por motivos profissionais, não acompanhei na primeira sessão. Todavia, o exemplo do Tomás, da mulher que contou que, há trinta anos, "foi transportada de carroça na altura do parto", que "estava a duas horas da assistência mais próxima" e que "a criança nasceu no caminho e morreu antes de chegar ao destino", parece "tirada" da trágica saga das maternidades do dr. Correia de Campos, em 2007. Amigos: não se precipitem nas conclusões "rousseaunianas". Ainda é cedo. O Francisco explica porquê.
8 comentários:
O Acaso e Kavafis me trouxeram aqui.
Belíssimos textos!
Se v^pcê não encontrar razões para ser livre, invente-as.
Abraços, flores, estrelas..
Aquilo do Barreto é uma mentirola pegada.
Qualquer pessoa sabe de ciência certa que no tempo de Salazar não havia praticamente miséria, pé-descalço, analfabetismo, mortalidade infantil.
Até banheiras. Portugal tinha uma elevadíssima taxa de banheiras per capita.
Tanto não gosto do "umbiguismo nacional/nacionalitário" como não gosto dessa espécie de internacionalismo militante "multicultural/imigrante e cosmopolita à outrance".
E António Barreto é muito assim "cidadão do mundo" ...
O que o Francisco explica, elucidando sobretudo os arrojas deste país, é que o país mudou mesmo para muito melhor. É que há ainda por aí muitos que pensam que a esquerda destruiu este país e tal não é?
O país mudou para melhor, de facto. Mas em grande medida não graças a si, mas apesar de sim mesmo.
Não mudou para melhor em tudo, todavia, pois acolheu boa parte dos males das sociedades mais "avançadas" e bem menor parte das suas virtudes.
E sim, a esquerda tem grossas culpas no desgraçado estado em que - apesar dessas melhorias - o país está. Pretender que assim não é, significa aderir a um dogma muito em voga, e de acordo com o qual a esquerda é a exclusiva dona do Bem.
Acredite nele quem quiser...
Costa
O post de Francisco José Viegas torna redundante grande parte do meu comentário. Ainda assim...
Tomás Vasques afirma que os portugueses têm consciência de que o país melhorou bastante nas últimas décadas. E a quem se queixa por tudo e por nada: "abram a pestana" e pensem antes de falar. "Happy people have no stories", cantavam os "Therapy?".
E secundo também Francisco José Viegas nos elogios a António Barreto e ao trabalho por ele empreendido. E se o menorizam por ser "demasiado homem do mundo", então enalteço-o por ser "homem do mundo". Afinal, "tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada".
O Costa merece o prémio do post mais surrealista do dia.
o' costa (palmada nas costas, com forca)
amigo do peito (palmada no peito)
sei que me detestas (palmada na testa)
mas nao me queixo(palmada no queixo)
pim!
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