Logo a seguir ao "25 de Abril", o MFA fez circular uns cartazes com a máxima "o voto é a arma do povo", verdadeiramente esperançado que o "povo" não votasse. Ou, se votasse, votasse "à esquerda", leia-se PC, MDP e adjacências. O "povo", pelo contrário, começou logo em 75 a inclinar-se para o "centrão". Em resposta àquilo, os anarquistas instavam a que o "povo" não votasse para não ficar "desarmado". Começo, ao fim de tantos anos, a dar-lhes razão. Em 2001, votei Santana Lopes para a Câmara de Lisboa. Foi para o governo. Em 2002, votei no dr. Barroso para o governo. Foi para Bruxelas. Em 2005, votei na dra. Nogueira Pinto outra vez para a Câmara. Acabou de partir para parte incerta. Em 2006, não votei Cavaco para ter um Jorge Sampaio revisto, corrigido e aumentado. O único que permanece firme e hirto e, tal como o Doutor Salazar, "está e fica como se nunca fosse deixar de estar", é o mais famoso licenciado em engenharia civil do país. Péssima consolação. Decididamente o voto não é a arma do povo.
5 comentários:
Ou então, você não é o povo. Já lhe terá ocorrido? Não? Então pense lá bem no assunto!...
JG
havemos de concordar que as suas escolhas deixam muito muito a desejar.
Com excepção da última, que se retira por boas razões.
De higiene.
Eu já dificilmente embarco no voto do centrão.
Alem da margem esquerda, que venha a ND.
Nesta República a única certeza absoluta que podemos ter é a de que "les dés sont pipés".
Bon vent !
É, é... É mesmo a arma do povo. O senhor, pelos vistos, é que tem votado mal. Muito mal...
Se alguma coisa se pode concluir daquilo que para aqui escreve é que você não é o povo e que até aproveita todas as oportunidades para vincar e cultiva um enorme orgulho em realçar que não faz parte dele… Embora abstractamente dirigido a todos, o cartaz que invoca não era destinado a si.
Talhados mesmo à sua medida, estou a pensar noutros, ligeiramente mais antigos, com uns enormes V multicoloridos e com legendas como “Evolução na Continuidade”, concebidos pela ANP para a “campanha” das eleições legislativas de 1973. Ou nem esse, João Gonçalves, porque o seu estimado Doutor Salazar o consideraria ousado…
Enviar um comentário