7.3.07

A PRETO-E-BRANCO


A única coisa que indignou a Fernanda Câncio nas cerimónias dos 50 anos da RTP, foi a presença do cardeal-patriarca de Lisboa. Estava lá - e está lá todo o regime, o nacional-cançonetista "democrático" incluído - e a única entidade que aborrece a Fernanda é o pobre do D. José Policarpo que tanto a ajudou no referendo do aborto. A forma como está a ser comemorado este meio século de televisão oficiosa é a prova viva de que o pior do salazarismo veio para ficar. Ainda dá muito jeito ao medíocre jacobinismo em vigor que, à semelhança do Estado Novo, continua a ver o mundo a preto-e-branco.

3 comentários:

Anónimo disse...

Meu caro,

Com que então queria salazarismo só do lombo, sem espinhas?

Está enganado, muitos só lhe conheceram as espinhas, poucos o lombo.

De qualquer forma, se diz e insiste que Salazar é um "Grande Portuga", não está à espera que a sua herança se evaporasse em pouco tempo (infelizmente está para durar, digo eu).

É uma questão de coerência.

RioDoiro disse...

Quando cheguei a casa estava o António Mourão a cantar. Eis senão quando entra o Reininho, dando urros que parecia ter entalado alguma coisa nalgum sítio.

Entrou, urrou, saiu e eu desliguei a televisão.

A RTP deverá aproveitar aquele pedaço para fazer os promocionais para as comemorações dos 100 anos.

Anónimo disse...

Bem, João, mas o MELHOR do Salazarismo ficou bem patente ao longo da televisão dos anos 60!!!!

Tanto Teatro, tanto programa de variedades, tanto programa cultural......

Hoje, a cultura é a da TELENOVELA!!!!