A única coisa que indignou a Fernanda Câncio nas cerimónias dos 50 anos da RTP, foi a presença do cardeal-patriarca de Lisboa. Estava lá - e está lá todo o regime, o nacional-cançonetista "democrático" incluído - e a única entidade que aborrece a Fernanda é o pobre do D. José Policarpo que tanto a ajudou no referendo do aborto. A forma como está a ser comemorado este meio século de televisão oficiosa é a prova viva de que o pior do salazarismo veio para ficar. Ainda dá muito jeito ao medíocre jacobinismo em vigor que, à semelhança do Estado Novo, continua a ver o mundo a preto-e-branco.
3 comentários:
Meu caro,
Com que então queria salazarismo só do lombo, sem espinhas?
Está enganado, muitos só lhe conheceram as espinhas, poucos o lombo.
De qualquer forma, se diz e insiste que Salazar é um "Grande Portuga", não está à espera que a sua herança se evaporasse em pouco tempo (infelizmente está para durar, digo eu).
É uma questão de coerência.
Quando cheguei a casa estava o António Mourão a cantar. Eis senão quando entra o Reininho, dando urros que parecia ter entalado alguma coisa nalgum sítio.
Entrou, urrou, saiu e eu desliguei a televisão.
A RTP deverá aproveitar aquele pedaço para fazer os promocionais para as comemorações dos 100 anos.
Bem, João, mas o MELHOR do Salazarismo ficou bem patente ao longo da televisão dos anos 60!!!!
Tanto Teatro, tanto programa de variedades, tanto programa cultural......
Hoje, a cultura é a da TELENOVELA!!!!
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