2.5.06

UMA QUESTÃO DE TOM

O Paulo, sem dar por isso, encontrou o "tom certo". Contrariamente ao que ele supôe, a frase terminal revela o único "tom" possível: "uma indefinição estrutural que, no fundo, acaba por revelar outras indefinições." Penso que aqui, como em grandes momentos das nossas vidas, não fazemos outra coisa senão lidar com "indefinições" e com o "não dito". Heidegger chamava a este pathos "a clara noite do nada". We have no more beginnings.

4 comentários:

Anónimo disse...

... a “indefinição” pode ser comparada à ”não consciência” de ” algo”
... será então por isso, que se diz que as crianças são felizes, pois “não têem consciência” de muita coisa
... assim, a nós adultos e, «presumivelmente conscientes», as ”indefinições” podem deixam-nos “viver momentos felizes” quando não são “muito longas”, claro ...
... poder-se-á chamar à “indefinição” - “momentos de ilusão/sonho/incerteza” dependendo do que “não está definido”
... quando obtemos a “definição”, o “tom certo”, o “concreto”, duas coisas podem acontecer
... “agrado/concordância/aceitação/satisfação, etc.” ou o “oposto”

... qual a melhor? Pois depende ...

... e, ficamos por ora nesta «indefinição da definição da indefinição» e, das sensações/consequências que nos podem, ou não “provocar”

james disse...

Um blogue pelo qual nutri alguma simpatia, de início, presente como o Governo, mas que me vem cansando cada vez mais, porque não lhe encontro o fio (plagiando o Marcuse do Público).
O facto de ser obsessivamente arrumado, não é sinónimo de ser impecavelmente interessante.

Anónimo disse...

Caro hefastion

... opiniões

Anónimo disse...

" Penso que aqui, como em grandes momentos das nossas vidas, não fazemos outra coisa senão lidar com "indefinições" e com o "não dito"

... porém
“Não se pode falar acerca do mistério, deve é ser-se cativado por ele”
(René Margritte)
... porque
“A vida é um perpétuo movimento, que não progride em linha recta, desenvolve-se em circulo”
(Thomas Hobbes)
... dado que
«... a melhor percepção é a da essência»
(Spinoza)
... se bem que
«de nada adianta “pôr o carro à frente dos bois” porque a realidade, essa, entra assim, em qualquer altura, sem se fazer anunciar»
(João Gonçalves)
... dado que
“Só sabemos definir as coisas quando elas não nos interessam mais”
... pois
“Quando estamos num quarto escuro e, dissermos que não há luz é porque, já vimos luz. Algo de parecido se passa com a felicidade”
... uma vez que
“Para sobreviver, qualquer povo precisa de ilusão e, de um pouco de magia”
(João Gonçalves)
... e, porque
“À medida que adquirimos mais conhecimento, as coisas não se tornam mais compreensíveis, mas sim mais misteriosas”
(Albert Schweitzer)
... ainda que
“A verdadeira viagem das descobertas não consiste em procurar novas paisagens, mas em ter uma nova visão”
(M. Proust)
... e, talvez porque
A fortuna chega em alguns barcos que não são guiados”
(Shakespeare)
... porque
“Só temos afinal, o que merecemos)
(João Gonçalves)
... e, porque não
“Gravar no coração, que cada dia é o melhor. Ninguém aprendeu nada sem saber que, cada dia é o dia do destino”
(R. Emerson)
... uma vez que
“A felicidade é como as neblinas ligeiras: quando estamos dentro dela não a vemos”
... se bem que
“Não estou interessado, no caminho por onde se arrastam os passos da multidão”
(Calímaco)
... porque ...
“Sabia retirar-se a tempo e, não insistia no desagrado, para não enraizar a hostilidade”
... até sempre
ou
... até breve