19.5.06

DEUS NÃO DORME


A minha ex-colega de curso, Maria João Sousa e Faro, considerou improcedente a providência cautelar intentada pela editora "Oficina do Livro" e pela "marca registada" Margarida Rebelo Pinto contra o livro de João Pedro George, "Couves & Alforrecas", da "Objecto Cardíaco". Venceu o bom senso. "A juíza considerou "ostensivamente desadequada e desproporcionada" a pretensão dos requerentes, pois atinge "o próprio âmbito de protecção constitucional" do direito à liberdade de expressão" e que "o texto de João Pedro George "se contém genericamente dentro da crítica objectiva", embora pontuado por expressões «incorrectas e indelicadas [...] susceptíveis de se revelarem ofensivas dos direitos do bom nome, honra e consideração" de Margarida Rebelo Pinto". O tribunal "também desvalorizou a presuntiva apropriação da marca “Margarida Rebelo Pinto”, sem a qual ficaria esvaziado o objecto da crítica" (fonte: Eduardo Pitta). Fico contente pelo João e pela decisão sensata da Maria João. Deus não dorme, sei lá.

3 comentários:

Anónimo disse...

"A minha (o )meu....", som ami Miterrand...
Porra que vc só é amigo de gente importante e capaz!
Depois tem os seus amigos fétiche: o JPG é a sua C Deneuve?
Escumalha só a dos blogues? Duvidoooo....

e-ko disse...

O editor não fez muitos esforços para vender a obra prima, a capa é péssima. Esta-se mesmo a ver que está à espera da publicidade indirecta...

james disse...

Um comentário extraído do Aspirina B:



"Só não sei por que motivo um excelso crítico literário perde o seu tempo com a Rebelo Pinto. No fundo é tão pimba como ela: e aproveita-se da sua visibilidade. Nunca caíria na cabecinha de um crítico musical sério escrever um livro para dar cabo do Quim Barreiros ou do tipo das 24 rosas prá mãezinha. E o JPG, que é sociólogo, devia saber que lhe compete analisar sem interferir na realidade que observa. Nem de sociologia percebe. Deve ter papás ricos e bem colocados. Mas não passa de um jornalistazeco.

A verdade é só uma: a cultura está invadida por uma massa suburbana de gente que quer ser ouvida. É um problema de classe e não literário, no fundo. O espaço cultural está invadido por jornalistas, que é a espécie de gente simultaneamente mais idiota, ignorante, arrogante e poderosa que jamais existiu.

Quer isto dizer: estamos fodidos, porque não há sinais de abrandamento da idiotice e do benfiquismo parolo".

Comentário de: Javascript | maio 18, 2006 11:38 PM