Não faço ideia do número exacto dos membros da "comissão nacional" do PS. Soube, no entanto, pelo Paulo Gorjão, que 119 de entre eles não estiveram presentes na "consagração presidencial" de Mário Soares, prudente e previamente "imposto" ao partido, primeiro, por ele próprio, e, depois, por José Sócrates. Dos que estiveram, 11 "párias" votaram contra, entre os quais a Helena Roseta que também participou, ainda no PSD, há 20 anos, no MASP. Estes detalhes do folclore partidário valem o que valem. Na hora da verdade, vão andar todos a berrar por Soares, com maior ou menor entusiasmo. A questão é outra. A "partidarização" das candidaturas de "esquerda" - cujo mote foi dado pelo próprio Soares ao enfatizar cinicamente a necessidade do apoio do PS e do seu secretário-geral para "avançar" -, acentuada pela "militância" de Jerónimo de Sousa e de Francisco Louçã, "desnacionalizou" o efeito "patriótico" e "salvífico" inicialmente pretendido. Todos convergem apenas para o mesmo precipício "negativo": impedir a eleição do "outro". Não existe uma "mão esquerda positiva de Deus", por muito "optimista" que o dr. Soares se apresente, que Jerónimo diga que não há "ses nem mas" ou que Louçã se "entranhe". O caminho ficou, por isso, mais facilitado para uma candidatura "por cima" deste puro espectáculo "negativo" de seitas. Uma candidatura "positiva".
1 comentário:
Só que você está a esquecer-se de um pormenor: Cavaco (se for ele) não é uma candidatura "por cima", mas uma candidatura apoiada, e só, pelo PSD e pelo CDS. Acha que o povo é parvo?
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