O Francisco José Viegas escreve sobre o verdadeiro "imperativo categórico" da "esquerda institucional" (não tenho a certeza que coincida com a "esquerda" eleitoral) : derrotar Cavaco Silva. Não há - nem em Soares, nem nos outros dois que andam a delimitar território - outro objectivo. Ainda há pouco mais de um ano, nas Cortes, em Leiria, Cavaco era um "bom candidato" presidencial para M. Soares, por causa de Guterres que tinha de ser "moído". Agora, Cavaco não tem sequer "perfil" e, vergonhosamente, não possui uma "formação humanista". Há uns meses, a sua - dele, Soares - candidatura seria "uma loucura" e, para evitar confusões, saiu-lhe na FIL o famoso "basta" que repetiu à saciedade. Desde há quinze dias que Soares é candidato oficial de um partido a Belém. Nada disto seria relevante se não se tratasse de quem se trata, alguém cuja própria "história" lhe devia merecer maior respeito. Parece que os "estrategas" estão preocupados por a "onda" anunciada pelo visionário Vitor Ramalho não "crescer". Não percebem que o "problema" não é a "estratégia" mas, antes, o seu teimoso candidato. Já aqui escrevi que o pior que pode acontecer a esta "aventura" é o patético. E, de facto, em cada dia que passa, o patético paira, ameaçador, sobre ela. Como escreve o Francisco, "com tantos ataques a Cavaco, mesmo antes de Cavaco Silva aparecer como candidato, de ele dizer ao que vem - se vier -, não sei se não valerá a pena prestar atenção à figura do homem das finanças e saber por que é que ele provoca esta urticária generalizada nas grandes províncias portuguesas. É assim que se constrói uma figura, aliás designando-a antes de ela se tornar visível."
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