8.8.10

TONY JUDT, O DERRADEIRO POST


«Universities are elitist: they are about selecting the most able cohort of a generation and educating them to their ability—breaking open the elite and making it consistently anew. Equality of opportunity and equality of outcome are not the same thing. A society divided by wealth and inheritance cannot redress this injustice by camouflaging it in educational institutions—by denying distinctions of ability or by restricting selective opportunity—while favoring a steadily widening income gap in the name of the free market. This is mere cant and hypocrisy. In my generation we thought of ourselves as both radical and members of an elite. If this sounds incoherent, it is the incoherence of a certain liberal descent that we intuitively imbibed over the course of our college years. It is the incoherence of the patrician Keynes establishing the Royal Ballet and the Arts Council for the greater good of everyone, but ensuring that they were run by the cognoscenti. It is the incoherence of meritocracy: giving everyone a chance and then privileging the talented.»

NYR Blog

5 comentários:

Anónimo disse...

Excelente! Como este homem se manteve lúcido e certeiro até ao fim. Lembremos o seu justamente bem-amado Sena: "Ao fim terrivel que me espera extenso,nenhum conforto poderei pedir". Já elogiei e defendi o Judt noutro comentário noutro blogue alhures,pelo que por aqui me fico.

M. Abrantes disse...

Tem alguma razão. Mas qual a alternativa que este senhor propõe?

Em Portugal acabou-se com a valorização do mérito no ensino pré-universitário (qualquer referência a este assunto é candidata a ser tratada como um insulto pelos apóstolos da uniformização; andamos nisto).

Fruto destas e de outras coisas, temos hoje uma escola pública decadente que coloca nos politécnicos e universidades uma quantidade inaceitável de alunos com grandes dificuldades na leitura, escrita e cálculo.

Não é preciso ir desenterrar nenhum génio das ciências sociais para que nos diga sobre que classes recai o odioso deste estado de coisas.

Os mais pobres, que não têm acesso à cultura nem dinheiro para pagar explicadores, não são, com toda a certeza, beneficiados.

en passant disse...

Uma opinião que pode lançar um debate interessante a um nível mais profundo.
O vídeo que está linkado no post é impressionante, pela frieza/firmeza das terríveis afirmações do historiador Ilan Pappe, que serão(?) na mesma linha das mais recentes de Tony Judt...

Não conheço o tema o suficiente para avaliar da justeza destas posições. Não pretendo fomentar a polémica, qualquer polémica, mas apenas satisfazer a minha curiosidade intelectual sobre o que vai acontecer a este comentário.

NotaPor favor não me confunda com a gente a soldo do presente regime português (vulgo: "Abrantes"), nem com qualquer fundamentalismo político.

João Gonçalves disse...

Qual video?

en passant disse...

Ah, pois... desculpe. Esqueci-me de deixar o link.

http://citadino.blogspot.com/2010/08/sobre-as-meias-palavras-e-liberdade-de.html