O MAI, o académico Rui Pereira, anda numa espécie de digressão artístico-política pelos incêndios. Se se atentar no que Pereira diz, apetece atirar-lhe, não fosse fazer falta, um balde de água para cima. Pereira contabiliza e atrás dele está um cenário infernal. Pereira explica coisas em alíneas ou por "primeiro", "segundo" e "terceiro" e atrás dele tudo arde. Pereira regozija-se porque há menos área ardida do que em 2003 e em 2005 como se isso resolvesse um átomo do problema ou protegesse, aqui e agora, bombeiros e populações. Regresse rapidamente a Lisboa. Sempre é outra coisa fazer figuras tristes à secretária.
16 comentários:
Coisas fogosas para ele é assim, e ninguém lhe leva a Palma. A Fernanda, pois claro.
Obsceno, simplesmente obsceno.
E é preciso que isso seja mesmo verdade. Infelizmente a procissão ainda vai no adro e não sabemos qual vai ser a área efectivamente ardida.
O MAI de 2005 disse "frito e cozido" do Governo de Santana Lopes, relativamente a 2003. Ele próprio (o Costa da CML) "deixou" arder o país em 2005. Este MAI andou - é obrigatório dizê-lo - armado em parvo e a querer fazer de nós parvos, todo contente com as estatísticas dos verões chuvosos dos últimos anos. Agora, com um verão "à séria", arde tudo o que tem de arder, sem apelo nem agravo. Quando é que vamos à procura das causas? Quando é que invertemos a desertificação do interior? Sr. Ministro, deixe-se de "parole, parole", volte a Lisboa como sugere o João; ou então faça como Ramalho Eanes, não me lembro se em 76, se em 80: em plena campanha eleitoral, salte um valado de 4 metros e dê uma ajuda aos bombeiros que desgraçadamente continuam a morrer pela nossa incúria.
imaginem o que diria a comunicação social e os papagaios de serviço do largo do rato se fosse outro o partido do governo
É no «arder» que está o ganho.
É como acontece com os impostos.
Quanto mais se cobra, mais se gasta e mais bolo há para amigos e quejandos...
«Arder» a floresta portuguesa dá de comer a muitos milhares de portugueses.
Ele é bombeiros, aviões, helicópetros, agulhetas, camiões, tanques, contratos, jornalistas, comentadores, especialistas, ambientalistas, e até protogonismos televisivos incendiantes e incendiários, etc.
Não é, Mr. Perreira?
Diz bem: o académico Rui Pereira. Este teórico - ainda por cima medíocre, como demonstra a sua escassa obra jurídica publicada e a reforma penal de 2007, por si liderada - é tão apto para ministro da administração interna como um comandante de uma corporação de bombeiros para dar aulas de Direito Processual Penal na Faculdade de Direito de Lisboa.
Rui Pereira é digno de integrar um governo cujo 1.º ministro é um desqualificado como o Sócrates. Estão bem um para o outro. E os dois bem na seita dos aventais.
Fiz uma entrada parecida no meu blog.
Este fulano é execrável, qualquer que seja o assunto tem sempre aquele discurso de língua de pau que serve para tudo.
Verdade se diga que nem ele nem os que vêm a seguir vão conseguir fazer nada.
Era preciso um fulano com pulso de ferro e varrer toda a cambada.
A atirar um balde de água? Para onde? Só se for na piscina.
JSerra
Rui Pereira diz que há menos área ardida? É natural: também há cada vez menos área para arder - é uma questão de aritmética.
Sugiro à criatura que, no próximo Inverno, entretenha os bombeiros e o exército a derrubarem toda e qualquer sugestão de floresta e mato que ainda exista no país. Assim, daqui a um ano, mesmo que já não seja (esta triste amostra de) ministro, pode vangloriar-se da sua política de prevenção que levou ao Verão com menor àrea ardida da História.
E com grande tristeza que vejo o meu querido pais arder dia após dia, já fomos um império e parece que estamos destinados a ser um rectângulo de cinzas, conheço bem o sistema em Portugal e não e difícil atribuir as culpas de tudo isto, sucessivos governos demagógicos, sucessivas politicas erradas que dão origem a um Portugal ano após ano mais empobrecido em prol de interesses pessoais, bombeiros de Portugal de norte a sul unam se na defesa dos vossos direitos quando terminar a época dos fogos rumem direito a Lisboa exijam respeito, exijam direitos, exijam responsabilidades, estas mortes não podem ser em vão, não se podem resignar a que todos os anos se volte a repetir as mesmas tragedias, a culpa tem nome.
Duarte
"Arde e deixa Arder".
Um maçon é sempre, e em qualquer parte um maçon.
Imagino que, por mais recalcados que estejam os instintos de um qualquer incendiário, perante a "alucinação" televisiva de um Rui Pereira, estes (instintos) são certamente violentamente activados. Dando-se aquilo que se chama de "ignição".
Na perspectiva da revista "Caras", esteve igualmente muito bem o Prof. Dr. José Junqueiro, os óculos escuros "anti-fogo" ficavam-lhe mesmo muito bem. Um novo 007 em perspectiva de um novo épico: "Arde e deixa Arder".
Adorei ver o Gilinho das Medalhas (Gil Martins) com muitas entrelinhas sobre os ombros e muitos adereços decorativos.
Como resultado de toda esta organização baseada no SIRESP, sabem por exemplo os mais curiosos que os auto-tanques apenas podem abastecer em pontos de água "certificados". Ou seja, não podem abastecer em qualquer barragem ou praia tuga. Nem que seja preciso gastar muitos km e tempo, vai-se abastecer onde está "certificado".
A
Rui
absolutamente naturais e saudáveis, os incêndios.
o sr ministro a falar deles (ou de outro assunto da sua tutela) é um desastre - devia arder de imediato.
os incêndios não querem saber quem é o ministro ou o governo ou se há bombeiros ou aviões...
e claro, os bombeiros não morrem por nossa incúria, era o que faltava.
e o que mais incomoda, a seguir ao ministro, é a 'comunicação social', desde as análises que faz aos directos insuportáveis e vazios acabando, ou começando, pelo facto de os incêndios invariavelmente 'lavrarem'.
um vómito
Se dermos uma rápida vista de olhos naquilo que Ribeiro Telles anda a escrever e a dizer há uns quarenta e tal anos, compreenderemos facilmente o que se está a passar: desertificação, monocultura florestal para a indústria, ocupação dos solos agrícolas agora destinados ao imobiliário, falta de coordenação inter-regional, sistema político centralizado nas sedes partidárias, etc. Nada de especial. Continuem a plantar mais uns milhões de pinheiros e de eucaliptos. Ser bombeiro é seguramente, uma profissão com futuro.
O que est+a a arder é um combustivel precioso, mas não há alvarás para centrais de biomassa, que limpavam todas as matas e criavam milhares de postos de trabalho. Por cá a prioridade são os moinhos de vento Mexia. Os ataques a incêndios, que começam todos pequenos, têm que principiar com meios pesados, de preferência aéreos se ocorrerem de dia, para que sejam rapidamente extintos. Aqui usa-se o procedimento contrário: avança um pequeno meio e vai-se reforçando sempre aquem das necessidades. Essa da água certificada é de cabo de esquadra!
Há interesses por trás desta ineficácia? Só pode.
A antiga floresta Lusitana está a perder-se irremediavelmente. Não tardará muito que Portugal seja apenas pedra calcinada.
No princípio dos incêndios deste ano, um paspalho político saído da caverna do Rato, afirmou que o país estava preparado para arrostar com os incêndios que viessem. Está-se a ver. Arde o Gerês, arde S. Pedro do Sul, estes apenas para citar os casos mais alarmantes, morrem bombeiros, aumenta a aflição das pessoas ao verem o risco grande que correm as suas casas.
Tudo isto acontece, mas o paspalho, na esteira do primeiro-mistificador, vem à TV afirmar, com a estultícia que é habitual nos socialistas de merda, que muitos presidentes de câmaras lhe afirmaram que o trabalho de combate aos fogos estava a dar bons resultados. Pois é. Alguns arderam durante quatro a cinco dias.
Estes pataratas do socialismo de merda ainda não aprenderam que os fogos não podem ser combatidos eficazmente apenas com água.
Os fogos têm de ser combatidos com uma prevenção eficiente que tire ao fogo o seu alimento natural.
E o que se deve entender, na minha modesta opinião, por prevenção.
Primeiramente fazer um inventário exaustivo das florestas que restam, criando dois grupos fundamentais: florestas de planície ou planalto e florestas de montanha. Fazer subdivisões em cada um dos grupos para contemplar a proximidade da existência ou não de água em abundância (rios, albufeiras, lagoas naturais, etc.)e a proximidade de habitações por mais humildes que elas sejam, e não apenas de quintas tipo da Marinha.
Nas florestas onde tal seja possível obrigar os proprietários a abrir determinado número de caminhos para que os acessos aos incêndios que neles deflagrarem sejam fáceis aos bombeiros e a quaisquer outros elementos da protecção civil. As autoridades políticas devem ficar interditas de frequentar esses espaços, para não perturbarem quem estiver a trabalhar.Para fazerem a imbecil propaganda habitual são mais que suficientes os seus gabinetes.
Dotar cada caminho com canalizações de água e bocas de incêndio para possibilitar aos bombeiros acesso rápido e permanente à água. Mas como o exemplo tem de vir sempre de cima, antes de impor aos outros proprietários as obrigações que se consideram indispensáveis para a preservação das matas e das florestas, devem o Estado e as Autarquias, na qualidade de "propietários" dos terrenos comuns, anteciparem a realização de tudo o que impuserem aos outros.
As autoridades que para isso tenham competência, devem informar de imediato os serviços adequados de toda a situação de falta de limpeza que se verifique em matas e florestas públicas ou privadas.
Também deve ser dado aos privados o poder de denunciar tais situações, adoptando-se um processo simples mas eficaz de denúncia, com a redução da burocracia obstaculizante da acção.
Nos terrenos de montanha, de acesso difícil, onde não é possível estabelecer caminhos para circulação de viaturas, a limpeza das matas e das florestas apresenta-se ainda com maior acuidade.
A limpeza frequente e perfeita das matas e florestas, a proibição de construção de edificios de habitação ou outros a menos de 50 metros delas, muito contribuirá para que os incêndios, se deflagrarem não atijam as horrorosas proporções que têm alcançado, apesar da verborreia nojenta da corja infame que o socialismo de merda vai parindo.
Estimulem-se os estudantes universitários a gastarem um pouco dos seus tempos livres para pensarem no grave problema dos incêndios florestais.
Das suas cabeças jovens muito de útil poderá surgir..
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