5.8.10

A FLAUTA DE GANIMEDES


Rodrigo: essa do Teixeira-Gomes ter "fugido" para o norte de África com um "amigo" está bem para aquela do Fernando Dacosta, reproduzida num livro recente prenhe de "evidências", que sustenta que um tipo (Jorge de Sena) que fazia um filho à média de um por ano e de seguida, só podia ser homossexual. Que Teixeira-Gomes gostasse de ninfetas, vá lá. Até mesmo de púberes africanos com buço. Como dizia o Fernão Mendes Pinto, em mar de tempestade qualquer buraco é porto. Agora daí a ter "fugido" com um "amigo" vai a distância que medeia entre a sugestão de Dacosta e eu, por exemplo, poder pensar que os papás da respeitável associação da famílias numerosas - que produzem rebentos atrás de rebentos - são, afinal, sensíveis à flauta de Ganimedes (à grega).

7 comentários:

Anónimo disse...

O post que dá origem ao seu e a comentários locais mais imbecis uns que outros,com raras excepções,quase todos demonstrando uma crassa ignorância sobre a triste 1ª república, só pode merecer um gozo semelhante ao seu. Só não escreveria "Ganímedes",mas "Ganimedes" de acordo com as regras habituais da transcrição grega. Quanto ao Teixeira Gomes e ao seu "Agosto Azul",é deixá-los zurrar.

Anónimo disse...

Presidente na agonia da 1ª República.

(De um manuscrito atribuído a Joana)

O 19 de Outubro de 1921 foi o fim da 1ª República. Formalmente ela continuou até 28 de Maio de 1926. Pelo meio, alguns episódios grotescos de um regime em degenerescência: as governações de António Maria da Silva, o carbonário tornado o chefe todo poderoso do PRP e dos respectivos caciques, directas ou por interpostos testas de ferro; a eleição de Teixeira Gomes para a Presidência da República, uma manobra de Afonso Costa para tentar regressar ao poder; a renúncia de Teixeira Gomes quando percebeu que nem conseguia o regresso de Afonso Costa, nem passaria de um títere nas mão do odiado chefe do PRP (Partido Republicano Português): renunciou e abandonou o país no primeiro barco que zarpou da barra de Lisboa com destino ao estrangeiro.
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Possivelmente, os crimes do dente de ouro não lhe aconselhavam delongas.

floribundus disse...

no tempo de zeus e ganímede só havia tinto.
devem ter investigado a necesidade dum copeiro por parte do ex-pr

MINA disse...

Recomendo a Rodrigo, que não sei quem é, que leia "O Exilado de Bougie", de Norberto Lopes, "A Vida Romanesca de Teixeira Gomes", de Urbano Rodrigues e "M. Teixeira-Gomes: O Discurso do Desejo", de Urbano Tavares Rodrigues.

Que Teixeira Gomes gostasse de rapazes, tudo bem. Vasco Pulido Valente até já escreveu numa coluna sua no jornal PÚBLICO, em data que neste momento não posso precisar, mas certamente não muito distante, que tivemos um pedófilo na Presidência da República. O que não deixa de suscitar algumas interrogações quanto à caracterização de pedófilo.

Agora que Teixeira Gomes tenha "fugido" para Argel com um amigo, é do domínio da pura invenção. Nem "fugiu" e foi sozinho; aliás não se leva lagosta para Peniche.

Mani Pulite disse...

O GOMES FUGIU PARA ARGEL OU PARA HAMMAMET?

Anónimo disse...

Realmente é uma tontice associar Manuel Teixeira Gomes a comportamentos homossexuais. A I República e os seus homens abominavam esse tipo de comportamentos. Que o diga António Botto e Raul Leal que se viram perseguidos. Para Afonso Costa o lugar da D. Alzira era atrás do fogão ou, quando muito a servir de intermediária nas negociatas do marido. Mas a maior parte das vezes a servi-lo nas tainadas no Partido Democrático. É muito desinteressante a História dos Homens deste Tempo.

T disse...

Os "Contos eróticos" mexeram com a libido dos homens de algumas gerações, vide o caso de Mário Soares, que o confessa publicamente. Eu acho graça a Teixeira Gomes, além de gostar de o ler e ter pena apenas que não tenha escrito mais . No "Exilado de Bougie" ele refere essa acusação de homossexualidade que sobre ele pairava e apenas comenta "e eu que gosto tanto de mulheres". O que ele foi sexualmente aliás é irrelevante, mas é curioso e singular e ainda muito pouco conhecido.