1.8.10

AS DUAS ARCAS DE NOÉ


O que está a fazer mais falta à pátria - que se saiba apenas "ameaçada" pela sua estupidez crónica - são os dois submarinos que aí vêm. Custarão mais de mil milhões de euros fora o resto que o Estado irá pagar aos bancos pelo "decurso do tempo" sobre o respectivo financiamento. Todavia, se se reparar, há algum método nesta loucura. Um país que se está a afundar compra tipicamente submarinos, as luxuosas arcas de Noé do regime. Começou com Guterres e o seu Veiga Simãozinho salazarento, passou pelo cavaleiro tauromáquico Portas (o supremo artífice da coisa) e acaba nestes. Verdadeiramente acaba em si, contribuinte e corno manso pagante.

10 comentários:

Mani Pulite disse...

ESTES OBJECTOS QUE POR DEFINIÇÃO IRÃO PARA O FUNDO DEVERÃO TER NOMES A CONDIZER COM O CENTENÁRIO DA REPÚBLICA FALIDA.O PRIMEIRO DEVERIA CHAMAR-SE "GRUMETE VILAR DE MAÇADA",O SEGUNDO "INJINHEIRO HERON-CASTILHO".

Anónimo disse...

Excelente compra. Deveriam ser 6 pelo menos. Muito mais importantes que qualquer fragata.

Mas não é de esperar que pessoas só vêem um palmo à frente do nariz percebam no que consiste um Estado.


lucklucky

fado alexandrino. disse...

contribuinte e corno manso pagante.


É verdade.
Mas o que que se pode fazer?

Anónimo disse...

É visível que o Dr. Gonçalves não gosta dos navios, e que "não os quer". Consigo, Dr. Gonçalves, está muita gente - principalmente por causa do preço; devo até arriscar dizer que para muita gente o preço é toda a questão (quase, pois há uma parte residual que consiste em considerar que uma coisa submarina - que não se vê - não pode ser boa só por isso).
Já aqui escrevi muito, talvez demais, acerca dos submarinos. O preço final, a pagar ao longo de décadas ao conjunto de bancos financiadores, será elevado. Para tal Guterres, Portas, Sócrates engendraram um esquema complexo, moroso e difícil: 30 anos, ou coisa assim. Pois bem; sem qualquer risco de "contaminação sistémica", e porque era preciso salvar a malta das negociatas (e não o pequeno depositante, para quem os governos se estão a cagar) o BPN absorveu em um ano e meio mais do que os submarinos irão custar em 30 anos. O BPN e outras "coisas" avulsas que já são tantas e tão variadas que já ninguém liga - mas são muito, muito caras. Severiano Teixeira-Sócrates compraram a pronto duas fragatas em 2ª mão há dois anos que custaram, cada uma, 250 milhões de euros. A compra era correcta. Mas disso não se falou - foram só 500 milhões em dois anos (metade do preço dos submarinos, mas sem contrapartidas).
O contrato foi mal-feito (não é culpa do povo, da marinha, das tripulações, do País, da esquadrilha de submarinos) e Portas exigiu talvez demais como contrapartidas - 2000 milhões, dificilmente fiscalizáveis! Mas a culpa é toda do parlamento-estado: a cpc não acompanhou bem; quando falou ao parlamento que não tinha meios de vigiar um acordo mal-feito e que não estava a ser cumprido, o mesmo parlamento, que agora quer tirara dividendos políticos (PCP, BE, PSD, até o próprio PS), tratou de ignorar essas questões - para agora fazerem banzé (especialmente o bloco, que adora estas coisas tão à sua medida). O escândalo da corrupção e das contrapartidas não executadas e não cumpridas É DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS GOVERNOS, e não "dos navios". Para poupar também poderemos vender todas as armas dos polícias e da GNR. Talvez seja isso que a desenfreada fantasia-orçamental queira propôr a seguir.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

Embora lamentando a má-sorte do Rádio-Clube Português e dos seus profissionais, tenho que acrescentar que a crise e os prejuízos tiveram coisas boas na programação: agora que está falida, a música é quase sempre boa, quase não há noticiários e a programação não é poluída por publicidade e imposições comerciais imbecilizantes, que colocam "música" de merda no ar.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

Inteiramente de acordo com «lucklucky» e com «Besta Imunda».
Já se disse e repetiu que um País ou opta por ter Forças Armadas ou opta por não tê-las. A partir daqui, é simplesmente uma repetida tontice queixarmo-nos de uma ou de outra opção na certeza porém de que, em havendo Forças Armadas, elas constituem uma unidade de meios modernos e custam o preço da (sobrevivente) soberania.
A arma submarina é porventura a mais fundamental de todas as que possamos ter na ocupação do «triângulo estratégico nacional» e em termos de persuasão militar. É comúm dizer-se que o submarino é a arma nuclear dos mais pobres. Pelo resto, meu Deus, quantas dezenas de mil milhões desperdiçadas neste País por tudo quanto são autarquias, sub-empreitadas ou gestão danosa. A coisa militar tornou-se o "bode expiatório" da governação fandanga, é o que é ...

Anónimo disse...

A questão da despesa pública é penosa, pois implica incomodar muita gente e mexer no ganha-pão de ainda mais gente. Estabelecido que está como vão os pobres apertar (mais) o cinto - o RSI, os subsídios, os apoios etc, etc - falta agora "a malta do meio da tabela". Nesses ninguém quer mexer. Enquanto se trata dos pobres, bem...Quando se mexe no dia-a-dia de licenciados remediados (que votam), de "jovens" dos institutos (que votam), de esposas, esposos, filhos, filhas, sobrinhas e sobrinhos de ministros e políticos (que votam) tudo se torna um inferno, que Passos quer que pinto-de-sousa "resolva" porque ele jamais quererá ter de o resolver.
Ao "ver" o noticiário da RTP (das13.00) verifiquei, no fim, que uma utilíssima e imprescindível reportagem sobre "danças latinas no paquete Funchal" teve 16 gloriosos minutos de antena de "serviço público". Este monumento incontornável, a RTP dos 370 milhões de euros por ano, sulca anualmente o orçamento apenas levemente "beliscada" por críticas (e apenas nestes blogues, que falam quase sempre em cricuito-fechado, ou por Vasco Pulido Valente - que é considerado mal-disposto e verde de fel). Mas os correspondentes em Paris, Bruxelas, Luanda, Lourenço Marques etc, etc, lá estão de vigia - não vá acontecer algo de verdadeiramente importante. É significativo que após um breve momento de semanas, em que os correspondentes-africanos relataram a sistemática e diária onda de homicídios entre comerciantes portugueses emigrados na África-do-Sul, que a "coisa" (notícias...) tenha parado, pois era trágica e má publicidade para os racistas de Pretória. "Essas" é que não devemos dar - que alarmam mesmo, e são incorrectas. Eis o serviço público, e justificados os 370 milhões de euros por ano.

Ass.: Besta Imunda

Cáustico disse...

Só não querem forças militares capazes os safardanas políticos, trafulhas e vigaristas.
Precisam impedir que um 28 de Maio ou um 25 de Abril lhes acabe com o mando e o governo de vida.
Não demorará muito a acabar com o estado de coisas actual no Rádio-Clube Português. É preciso nao esquecer o que se passou com a Nostalgia.

Anónimo disse...

SANTA IGNORÂNCIA!!!!!!

Anónimo disse...

O que deixaram de pagar a professores desde 2005, dá para pagar estes 2 e mais 4.