4.8.08

O ANTI-CAMUS


A "saison" idiota começa a dar o seus frutos. Na capa do "24 Horas" informa-se os leitores que passou pela cabeça do "pai biológico" da menina Esmeralda a ideia do suicídio. Nenhum suicida "verdadeiro" anuncia que "pensou" nisso. E, muito francamente, olha-se para a cara daquele homem (bonita, por sinal) e vê-se lá de tudo menos tal ideia, justamente aquela que Camus reputava de a única grande questão filosófica. Presumo que o sr. Baltazar nunca leu Camus. Podia ser que o ajudasse.

18 comentários:

joshua disse...

João, as caras bonitas também se suicidam. Eu tenho uma pessoa próxima da família que não ponta de fealdade, só uma barriga de grávido, mas é um desastre destrutivo para si mesmo e para quem lhe esteja à mão, o que tenho pago muito caro no duplo sentido económico e moral. A solidariedade às vezes é letal só para quem se solidariza.

Se o desespero é contagiante, ainda que alheio à minha natureza pacífica e espiritualmente intensa, posso dizer que o dele me tem influenciado arrebatadoramente. Instável. Violento. Perpétuo precisador e sacrificador dos outros.

Baltazar, com esta história, tem ganho muito dinheiro. De repente, a verdade é que tinha direito a amar o efeito de um seu hesitante espermatozóide, mas o suicídio? Eis apenas e só um título mais para uma entrevista mais numa revista de nulo social mais.

Abraço

PALAVROSSAVRVS REX

Anónimo disse...

não o ajudava a ele nem ajuda ninguém.

uns dão tiro por ler
outros por não ler
outros simplesmente não pensam nisso e fazem-no
e há ainda outros que pensam e que fazem

Anónimo disse...

"Baltazar, com esta história, tem ganho muito dinheiro."

Ganho? Um carpiteiro que luta na justiça contra um militar? Não será antes perdido? Horas e horas de trabalho, quilómetros e quilómetros à mais de 5 anos para tentar que o Estado de Direito Português se faça cumprir?

Ao contrario de "outros", o Baltazar não aceita donativos monetários, não participa em concertos (JoséCid) e teatros (LaFeria) de angariação de fundos, ou livros popularuchos ("Amo-te Filha").

Se essa insinuação se referia à indemnização a que o Tribunal condenou a outra parte, é pq os juízes verificaram que houve danos a reparar.

Anónimo disse...

Sr. Baltazar: Matar outro se estiver muito apertado, talvez seja capaz. Tenho uma vida para defender. Mas atentar contra a minha existência, que me tem dado tantas alegrias, embora entremeada com alguns problemas bem sérios, só se endoidecer, o que não é o seu caso.
Medite bem no que está a fazer. A sua filha há cinco anos que vive com um casal que sempre a tem tratado bem e a quem, naturalmente, se afeiçoou.
Quando, há cinco ou seis anos atrás, você se pôs em cima da mãe da miúda, a sua intenção era arranjar uma filha? Ou foi só para satisfazer uma necessidade? Ou foi só para passar um momento do seu agrado?
Você é sem qualquer dúvida o pai. Deixe no entanto a criança em paz.

joshua disse...

Esmeralda, se o Baltazar viesse desabar o desabafo de que, além da deriva do suicídio, afinal gostava de homens, diga-me se as revistas que lhe publicam as frases lacónicas não exultariam?

Exultariam! Ora, essas revistas, à conta da voracidade cusca de toda a gente, pagam muito bem certos desabafos que desabam nas bancas.

PALAVROSSAVRVS REX

Anónimo disse...

Mais um acto falhado desta trágico-comédia representada num tribunal português. Quem algum dia pensou realmente em matar-se, ou fê-lo e acabou ou tem o maior sentido de culpa e a vergonha suficiente para nem tolerar sequer que lhe lembrem o caso. É dos livros. Teatro burlesco, portanto! Talvez um arremedo falhado de ópera-bufa da pior qualidade. De qualquer maneira, trinta e dois mil euros, recebidos do sargento que lhe tem criado a filha, já ninguém lhe tira. Falta perceber é que justiça é essa...

Anónimo disse...

Mais um triste episódio da campanha execrável que os media deste país da treta fazem contra alguém que exige justiça. Se daqui a cinco anos a maddie mccann aparecer esta justiça não a entrega aos pais "biológicos" porque ela entretanto já se habituou aos raptores.Tudo em nome do superior interesse da criança,claro. Antes de comentarem leiam os acórdãos em vez de lerem o 24 horas e a maria e fiquem a conhecer a verdade nua e crua.

Anónimo disse...

O homem irrita-me sobejamente. Detesto ficar a saber coisas sobre a vida privada dos outros: com a exposição bovina aos jornalistas, as pessoas tornam-se sempre mais pobres e odiáveis.

Anónimo disse...

De acordo com o que dizem os pais, Maddie foi raptada. Mas Esmeralda foi entregue pela mãe, em momento de aperto, ao casal com vive agora.
Há a sua diferença.

Anónimo disse...

É execrável a atitude do sargento e da mulher estarem a sequestrar uma menina e a manipularem a consciencia da criança, é nitidamente uma violação.
O pai fez análises e logo no momento aceitou a paternidade. O chico sarja deveria ter logo devolvido a criança ao pai e não andar a mover influencias mafiosas/partidárias e a manipular a consciencia duma criança, isso sim um verdadeiro crime.
Depois disto tem o descaramento de dizer que esteve a criar a menina? Que gente foleira, mereciam ser incriminados claro.

Anónimo disse...

Não sabia que em momento de "aperto" se podiam "dar" crianças. Mas será que a brasuca deu a troco de nada.E este sargento está acima da lei e não foi prá lista de espera para adopções? Estou curiosíssimo pra saber como este escândalo vai acabar. O azar do Baltazar é ser soldado raso e não conhecer primeiras damas em senilidade avançada.

Anónimo disse...

o que seriase qualquer ps jornatista fosse apanhado pelo pescoco no alcado dus brasileiros du banco? Cagava -se todo ao ponto de nos proximos 10 anos xo xeirar a marda neste Pais.

de.puta.madre disse...

Ó! João ... olha que essa tua posição Radical face à narrativa dos candidatos a suicidas ... não é bem assim. Com Camus ou sem Camus...

PS.: Eu já tinha era suicidado o argento Gomes à chapada há muito tempo. ... essa espécie de CONSUMIDOR"-de-Filho-Alheio".
PS2.: Consumidor! Notem BEM! O Consumidor Gomes!

de.puta.madre disse...

Caústico.

Bom Julgador por si se julga. E a forma como argumenta bem espelha a sua alma. Tire as conclusões que quiser ... mas vá enfiar essa carapuça na cabeça do CONSUMIDOR-GOMES.

de.puta.madre disse...

Carrilhão de Mafra ...

Nada disso... Isso é só mesmo tanga de teatro ... o Desespero é uma coisa que anda muitas vezes de mãos dadas connosco ... e até há dias que a gente se lixa na vergonha e fala mais alto ... o que vai calando para si. ...
No grupo dos suicidas ... não são só os tímidos e introvertidos que reza a história ... NUNCA prestou atenção quando advertem para darmos atenção aos SINAIS ... Pois. não se fie muito nessa teoria da fanfarronice ... isso é a gente a disfarçar que lida bem com o andar muitas vezes com o desespero de mão dada como se anda com um amor assolapado. Vale.

Anónimo disse...

Todo o ser humano, e não só, resulta dum encontro entre um espermatozóide, produto dum macho, e um óvulo disponibilizado por uma fêmea.
Assim sendo, é caso para perguntar: a quem pertence cada ser humano? Ao macho? À fêmea? A ambos?
Necessariamente,se o vocábulo propriedade tem aqui cabimento, a ambos.E se pertence a ambos, ambos têm que decidir sobre tudo o que diz respeito ao ser que puseram no mundo.
Quando Baltazar se pôs em cima da mãe de Esmerlda, fê-lo não para conseguir,de acordo com ela, uma filha, mas apenas para passar um momento agradável, por pura paródia.
Quando a mãe de Esmeralda lhe comunicou que a brincadeira resultara numa gravidez, recusou-se a aceitar a paternidade. Abandonou-a.
A mãe, achando-se sem recursos para criar a filha e não recebendo qualquer auxílio do parodiante, que se descartou de responsabilidades, decidiu, porque Esmeralda também lhe pertence, entregar a filha a um casal que lhe mereceu confiança para a criar da forma que ela na altura não podia.
Que crime cometeu o casal que tem tratado de Esmeralda? Nenhum.
Porquê tanto rancor contra um casal que só procedeu bem?
Porque será que há tantos portugueses que estão sempre do lado da porcaria, do lado da infâm ia?

Anónimo disse...

Todo o ser humano, e não só, resulta do encontro dum espermatozóide dum macho, com um óvulo disponível duma fêmea.
Assim sendo, pergunta-se: o ser que resulta de tal encontro pertence a quem? Ao macho? À fêmea? A ambos?
Se a ideia de propriedade não é aqui descabida, ninguém contestará que pertence a ambos.
Acontece que um Baltazar se põe em cima de uma fêmea para passar uns momentos agradáveis.
Presume-se, porque ainda não foi afirmado o contrário, que, no caso em análise, nem o macho nem a fêmea tinham qualquer intenção em arranjar uma filha que tratariam e educariam da melhor forma possível para fazer dela uma mulher em condições. Foi apenas um momento de paródia. E não lhes passou pela cabeça (a de cima) que a paródia pudesse ter consequências inesperadas, apesar de serem sempre de esperar, pois acontece molhar-se quem se mete à chuva.
Quando a fêmea soube que estava grávida disse-o, segundo consta, ao macho. Este descartou-se. Pudera. É o habitual.
Quando o novo ser nasceu, a fêmea não tendo recursos para o criar, e como única “proprietária”, por força do descarte do macho, entregou-o a um casal que aceitou tomar conta dele.
Porque se ataca o casal, que culpa alguma tem da leviandade daquele macho e daquela fêmea?
Porque há-de o “proprietário” macho querer alterar o que foi decidido pela “proprietária” fêmea, se não quis saber dela, se não a ajudou, quando ela estava em situação delicada?
O casal que durante anos lhe deu tudo o que a criança precisava e que passou a amá-la como sua filha fosse, deve continuar com a tarefa que lhe foi pedida pela “proprietária” fêmea. Ou a fêmea, por força de hipotéticos problemas de consciência do macho, deixou de ter direitos de “propriedade”? Está impedida de ter voz nesse caso?

Anónimo disse...

Todo o ser humano, e não só, resulta do encontro dum espermatozóide dum macho, com um óvulo disponível duma fêmea.
Assim sendo, pergunta-se: o ser que resulta de tal encontro pertence a quem? Ao macho? À fêmea? A ambos?
Se a ideia de propriedade não é aqui descabida, ninguém contestará que pertence a ambos.
Acontece que um Baltazar se põe em cima de uma fêmea para passar uns momentos agradá –veis.
Presume-se, porque ainda não foi afirmado o contrário, que, no caso em análise, nem o macho nem a fêmea tinham qualquer intenção em arranjar uma filha que tratariam e educariam da melhor forma possível para fazer dela uma mulher em condições. Foi apenas um momento de paródia. E não lhes passou pela cabeça (a de cima) que a paródia pudesse ter consequências inesperadas, apesar de serem sempre de esperar, pois acontece molhar-se quem se mete à chuva.
Quando a fêmea soube que estava grávida disse-o, segundo consta, ao macho. Este descartou-se. Pudera. É o habitual.
Quando o novo ser nasceu, a fêmea não tendo recursos para o criar, e como única “proprietári a”, por força do descarte do macho, entregou-o a um casal que aceitou tomar conta dele.
Porque se ataca o casal, que culpa alguma tem da leviandade daquele macho e daquela fêmea?
Porque há-de o “proprietário” macho querer alterar o que foi decidido pela “proprietária” fêmea, se não quis saber dela, se não a ajudou, quando ela estava em situação delicada?
O casal que durante anos lhe deu tudo o que a criança precisava e que passou a amá-la como sua filha fosse, deve continuar com a tarefa que lhe foi pedida pela “proprietária” fêmea. Ou a fêmea, por força de hipotéticos problemas de consciência do macho, deixou de ter direitos de “propriedade”? Está impedida de ter voz neste caso?