5.8.08

CONTRA A MEDIOCRIDADE ESPIRITUAL


8 comentários:

joshua disse...

Expliquem isso mesmo à filigrana legislativa e despachativa torrencial de Maria de Lurdes Rodrigues, agora que o Queijo da Serra volta a ser artesanal e típico...

PALAVROSSAVRVS REX

Joao disse...

De que livro é que estas citações são feitas ?

Gostaria de ler Soljenitsin mas não sei por onde começar. Alguma recomendação ?

Anónimo disse...

Ora, aí está como os cidadãos deste país estão, pela privação de tudo, alcançando a liberdade. Veja-se a actuação do homem mandante das praias do Algarve: nada de massagens que nunca se sabe como acabam, nada de comer maçãs, talvez para evitar o pecado das Evas. Livres e castos...

Anónimo disse...

Num estado cada vez mais regulador da vida dos cidadãos, impondo aquilo que entende que deve ser ou não correcto do ponto de vista comportamental, tal via não pode deixar de ser castradora em termos da iniciativa e da criatividade individual. E tudo este novo totalitarismo se faz pacífica e concensualmente,em defesa do regime democrático o que não deixa de ser irónico.

Anónimo disse...

Parabens pela insistencia no tema ao autor do blog. Se o Joao Goncalves me permitir gostaria de deixar uma sugestao ao Joao que deixou um comentario as 11.21, pedindo uma recomendacao para comecar a ler Soljenitsin:

Antes de comecar a ler as obras de Soljenitsyn (que nada substitui) leia antes o novo "The wisperers;Private life in Stalin's Russia" deixo o link da Amazon (http://www.amazon.co.uk/Whisperers-Private-Life-Stalins-Russia/dp/product-description/0713997028) que e uma obra monumental de historiografia actualizada com o informacao moderna, que nos faz comprender a Russia e a sociedade de entao atraves de um sem numero de historias pessoais.

E claro que, nao substitui Soljenitsyn; engrandece-o. Permite-lhe comprender entre outras coisas, o esforco e o risco pessoal em que se empenhou e incorreu ao reunir toda aquela informacao que as suas obras ofereceram a posteridade.

Boas leituras, e um obrigado ao blog.

Anónimo disse...

Ó João embrulhe-me lá isso e mande já para Bruxelas, com cópia para S. Bento

Anónimo disse...

Sou legalista

O ser humano não é fruto de uma qualquer indústria de produção em massa, um produto previamente congeminado para através de um processo mais ou menos elaborado surgir sempre com as mesmas características, com as mesmas propriedades.
Os seres humanos são sempre diferentes. Física e mentalmente.
Altos ou baixos, gordos ou magros, sanguíneos ou hepáticos; de nula, média ou alta capacidade intelectual; com tendências as mais díspares; calmos ou emocionais; sociáveis ou perversos; de gostos dissemelhantes; com as taras mais variadas. É isto, e muito mais, o ser humano.
Tudo isto não seria de levar em conta se o ser humano vivesse isolado, situação que lhe possibilitaria ser ele próprio, sem qualquer espécie de peias ou inibições.
Mas cedo reconheceu a vantagem de viver em grupos. A defesa contra os perigos da natureza e de outros animais empurrou-o para o gregarismo.
E foi o interesse da vida em comum de seres com ideias, tendências e até taras diferentes que, pouco a pouco, foi colocando a necessidade do estabelecimento de regras de conduta básicas, para que fosse possível um mínimo de entendimento que facultasse uma convivência perfeita entre eles.
A sociedade humana foi-se desenvolvendo, o que implicou, como não podia deixar de ser, o aparecimento de toda uma panóplia de regras de conduta. Umas boas, outras más; umas acertadas, outras autênticos erros crassos; umas para regular a vida em comum, outras simplesmente, o que é de lamentar, para governo de vida de uns tantos.
Para quem acredita, as leis Divinas: não matarás, não roubarás, são leis perfeitas. E perfeitas são até para muitos que não crêem. Mas, o ser humano não é um produto estereotipado, e há sempre quem entenda que pode tirar a vida a quem o aborrece, ou apoderar-se do alheio por todos os processos, por todos os meios que a sua imaginação daninha, mas fértil, lhe sugere.
Sou legalista. Mas quero que no meu país haja apenas leis correctas, cuja letra permita sempre e só uma interpretação. Nada de leis cujos autores tenham os olhos postos nas necessidades da sua actividade jurídica.
Só não é legalista quem está sempre à espreita da oportunidade de calcar seja lá quem for para atingir os seus fins, as mais das vezes desonestos; só não é legalista quem pretende impor aos outros as suas ideias, muitas delas disparatadas, e repete constantemente que temos de as respeitar se queremos que respeitem as nossas (era só o que faltava); só não é legalista quem deseja ter sempre terreno livre para expor e desenvolver a suas taras, por mais absurdas e perniciosas que sejam; só não é legalista quem sonha com privilégios espúrios; só não é legalista quem ambiciona estar, em todas as circunstâncias, acima dos demais.

Anónimo disse...

João das 11 e 21
Pode começar por: Lettre aux dirigeants de l'Union soviétique.
É acessível e para começo...