5.3.07

LEITURAS ATRASADAS

1. Luís Campos e Cunha, no Público de quinta-feira: "Os vários ministros do Ministério da Economia (ME) deviam apenas apoiar a "marca Portugal" e não sectores específicos. Deviam fazer associar qualidade e profissionalismo com o nome Portugal. Mas se algum ministro seguisse tal política, poderia fazê-lo em outsourcing, ficando o ME reduzido a umas escassas dezenas de pessoas (qualificadas e bem pagas) que avaliavam resultados e estabeleciam objectivos. Ora isso não justificaria um ministério e muito menos um ministro." Por que é que Campos e Cunha não nos esclarece - em livrinho - como é que "correu" a sua breve experiência como ministro das Finanças independente dentro da galáxia socialista do senhor engenheiro e dos seus vorazes camaradas mais próximos? É que isto de o ir fazendo "às pinguinhas", em ensaios semanais a que o silêncio cúmplice em vigor não dá destaque, não chega.
2. Eduardo Cintra Torres pergunta no Público de sábado: "será que nas longas comemorações e programas sobre os seus 50 anos a RTP celebrará também a sua subserviência histórica ao poder político?" O artigo vale a pena ser lido na totalidade, apesar de uma desagradável referência a uma jornalista e à sua vida privada, de vez em quando arremessada para a praça pública sabe-se lá por quem e com que insondáveis desígnios. Trata de dois "monumentos" habituais usados na propaganda do regime, deste e dos que o antecederam: a RTP e o Diário de Notícias ao qual, a partir de hoje, convém prestar alguma atenção.

Sem comentários: