Assisti, em 2005, a duas sessões das "novas fronteiras" do senhor engenheiro. Uma no Estoril, assim para o "institucional", e outra, mais modesta, no Hotel Altis, dedicada à cultura. Na primeira, lembro-me de estopadas protagonizadas pelos professores de Coimbra Canotilho e Vital Moreira, e pelo inevitável Vitorino. Na segunda, Augusto Santos Silva e Carrilho ladeavam Sócrates que andava a ler um livro emprestado pelo futuro e infeliz candidato lisboeta. De Isabel Pires de Lima, nem sombra, muito menos do seu intendente Vieira de Carvalho. Sócrates voltou às suas "fronteiras", já mais velhinhas, como primeiro-ministro com dois anos de "escola". Pelo que vi na televisão, desta vez tratou-se de um comício/sessão de esclarecimento para os militantes encartados. Isto é, propaganda para manter as hostes quentinhas e jurar pela baixa do défice, o tal "problema" crónico desde o século XIX, algo que nem ele nem alguém alguma vez resolverão. Das "fronteiras" do Estoril para as de hoje, parece que decorreu uma eternidade. De nada serve a Sócrates agradecer-nos o "esforço". Ninguém lhe pediu nada e não consta que os portugueses sejam masoquistas. Até aqui, foi sempre a subir. Daqui para diante, é sempre a descer. Como os aviões da Ota do eng.º Lino. Só aterram na cabeça dele. As "novas fronteiras" estão velhíssimas.
3 comentários:
Também estiva nas Novas Fronteiras no Estoril e, da intervenção do Prof. Vital Moreira, que aplaudi, relembro ainda que defendeu a criação de um Código de Conduta Ética Política. Infelizmente, nunca mais ouvi falar do assunto.
Já agora podiam copiar idêntico código de Zapatero.
...e a anti-ota do dr. Marques Mendes. Quem escolher?
«José Sócrates, afirmou hoje que nunca antes um governo e uma maioria socialista deixou tantas marcas de esquerda em Portugal como o seu, dando como exemplos as leis da paridade e do aborto».
(DD,17-03-2007)
Isto são episódios inesquecíveis de que haverá, em tempo, de invocar-se o direito de inventário.
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