Ana Jorge - uma ministra da saúde com ar de quem saiu de um romance de Alphonse Daudet - foi a uma comissão parlamentar verberar o protocolo estabelecido entre a ADSE e o Hospital da Luz. Segundo a senhora, o investimento que esse protocolo representa devia ter sido "canalizado" para o serviço público de saúde e, por isso, "lamenta-o". A dra. Jorge recorda aqueles velhos militantes da velhíssima esquerda socialista que possuem uma visão meramente retórica da realidade que supõem poder mudar a partir do Estado. Imagina um SNS simultaneamente "abrilista", auto-suficiente e eficiente em condições de concorrer, confiadamente, com outros. É, de facto, uma personagem de ficção.
Adenda: Este post clarificador de Eduardo Pitta. «Os beneficiários da ADSE, para beneficiar dela, pagam. Enquanto a generalidade dos trabalhadores desconta para ter acesso ao Serviço Nacional de Saúde, os funcionários públicos fazem esse desconto e ainda outro para a ADSE. Os aposentados até descontam 14 vezes por ano, uma vez que (no seu caso) o desconto incide igualmente nos subsídios de férias e de Natal. Num país com 700 mil funcionários públicos, acaso passou pela cabeça da ministra o que seria toda essa gente a entupir os hospitais públicos? No dia em que a ADSE deixar de ter acordos com unidades privadas, terão de cessar os respectivos descontos.»
1 comentário:
na sua visão socialista o contribuinte sobrevive porque o estado o permite .. até ver.
por falar nisso creio que o olho sinistro precisa ser operado às cata-ratas
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