«Votou Santana Lopes em 2005?», perguntou o Jornal de Notícias a Manuela Ferreira Leite. A senhora, carregada de subtileza e tacto políticos, respondeu assim: "obviamente que não lhe respondo." Não é o "não lhe respondo" que me incomoda. É o "obviamente". Ferreira Leite, a cada dia que passa, torna-se uma óbvia má candidata ao que quer que seja. E o país já está cheio de estátuas.
13 comentários:
Está tudo dito! neste contexto, o obviamente quer dizer NÃO!? A coisinha morreu mesmo...
Será que o Senhor Silva lhe anda a dar aulas particulares?
Votei contra Sócrates em 05 e lá tive de engulir o palhaço trapalhão que por pura vaidade e falta de lucidez politica se foi meter na boca do lobo da armadilha montada por Sampaio,esquerda e companhia para dar a maioria absoluta ao PS.O resultado foi o que se viu e os Portugueses mostraram definitivamente que não gostam de palhaços.Sem a Manuela não vertam depois lágrimas de crocodilo.Voltamos a apanhar com mais 4 anos de Sócrates.Quanto a Plástico Passos Coelho nem vale a pena falar...
manuela diria a joão
"não sejas mau para mim"
O «obviamente» é, acima de tudo, presunçoso, no momento presente.
Pode parecer habilidade mediática, mas com ela apenas se perpetua o equívoco político na senhora e, sem remédio, no malogrado PSD.
Que o João não aprecie o estilo e a candidatura da Drª Ferreira Leite tem todo o direito de o fazer até porque está no seu território. Que lhe passe pela cabeça que qualquer outro dos candidatos à liderança do PSD é melhor que ela é que é de lamentar. Há coisas que os portugueses apreciam num candidato que são a honestidade e o carácter, mesmo que não sejam simpáticos, como é o caso. Senão é a MFL, teremos o Engº por mais alguns anos e depois não se queixem.
Entao queriam que a Dra. Ferreira Leite respondesse a isso sem primeiro perguntar aos baroes do partido? Que ingenuidade.
«Sufrágio directo e secreto». A candidata Manuela Ferreira Leite é, acima de tudo, cidadã e, num Estado livre, ainda tem o direito de decidir se divulga ou não o seu voto. Que isto seja sequer um argumento contra ou a favor «do que quer que seja» é que é surpreendente.
(E não, não sou do PSD e jamais votaria na senhora nas Legislativas de 2009.)
Então o voto individual não é um assunto pessoal e secreto?
Por este andar, e em nome da "transparência" qualquer pessoa que queira intervir na vida política vai ser obrigada a fazer uma declaração sobre o sentido de todos os seus votos anteriores. Havia de ser bonito!
O termo "obviamente" não foi deitado ao acaso. Creio que se trata de um forma subliminar de evocar a célebre resposta de Humberto Delgado. Ignoro se consegue ou não alcançar o resultado pretendido. Mas pelo menos alcançou o efeito dar visibidade mediática a uma resposta que, de outro modo, teria passado completamente despercebida.
É lógico que a importância e a pertinência da questão do voto de MFL se deve ao facto de estarmos numa disputa eleitoral.
O facto é que MFL na sua busca cega sobre a sua credibilização enquanto candidata não consegui assumir perante todos aquilo em que todos ou pelo menos alguns acreditamos que ela fez, votar PSD.
O problema que se colocava era simples ou não assumia e corria o risco de lidar com a falta de fidelidade para com os seus ou assumia e corria o risco de PSL tirar partido disso dizendo que se MFL votou nele para primeiro ministro é porque acreditava que era a melhor escolha para o país.
Pois ninguém acredita que se MFL não acreditasse nesse pressuposto votasse em algo que considerava pior para o país? Certo?
Ou não?
É que a credibilidade ganha-se assumindo posições muito concretas nestas questões difíceis. Estarei certo?
http://www.militantedebase.blogspot.com/
Talvez o termo obviamente não tenha sido o mais feliz. Mas mais infeliz ainda foi a pergunta.
Os portugueses são pródigos no fabrico de estatuária. E estátua fabricada é sempre de má qualidade. Manuela Ferreira Leite foi fabricada, tal como Sócrates, Lurdes Rodrigues, Cavaco...e por aí fora. Da direita à esquerda. Os portugueses adoram comprar objectos de feira. É por isso que Portugal não passa de uma tenda onde se compra e se vende fancaria.
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