A Colóquio/Letras, da Gulbenkian, é das poucas coisas boas produzidas por cá. Foi sucessivamente dirigida por Hernâni Cidade, Jacinto Prado Coelho, David Mourão-Ferreira e Joana Varela. Todos os números, desde 1971, estão agora disponíveis na "net". Só que, mesmo no melhor pano, cai a nódoa. Os responsáveis pela revista lembraram-se de convidar o entertainer do regime, o engraçadinho Araújo Pereira, para apresentar a novidade. “Aceito todas estas participações para elevar a minha aura intelectual”, disse a criatura ao Público. Mesmo dando de barato que é mais uma piadola, por que é que ela, a "aura", não se eleva?
8 comentários:
Estou, de facto, muito cansado destes araújos pereiras. Não, portugal não é isto. Mas chega uma altura em que temo que o que de melhor exista seja isto. Fugir para sul... não vejo alternativa.
Sinceramente, começo a preferir os do "Vai Tudo Abaixo", kirikirikirikikiiiiiiii... e ainda teríamos a vantagem de ouvir umas coisas politicamente incorrectas mas que todos subscrevemos sem hesitação.
o "gato fedorento" ao serviço das ratazanas vorazes dos largos dos ratos.
só tem graça na país virtual do führer sempre em festa.
ontem inaugurou a mina, hoje houve acidente. estraga tudo o que lhe passa próximo
Também não estou de acordo com esta rabujice, caramba.
Não acho de facto adequado para a apresentação de uma compilação de todos os números do Colóquio de Letras da Gulbenkian, a escolha aparentemente absurda de um humorista, mas o homem também não tem culpa ... faz pela vida. Mas afinal de contas quem o convidou ? Querem lá ver que foi o Ministro da Cultura ?
Porquê tanto ressaibiamento em relação ao culto Ricardo Araújo Pereira?
Escapa-me à compreensão sinceramente.
Antes de ser Gato Fedorento, Ricardo Araújo Pereira (que tem uma licenciatura em Letras) foi jornalista cultural. Trabalhou vários anos no Jornal de Letras.
Mais vale cair em graça do que ser engraçado.
Ditado Popular
O rapaz até é culto, o problema é que percebeu que ninguém o leva a sério. Conclusão: convidam-na paar estas coisas à espera que ele mostre a outra face, mas é "vira o disco e toca o mesmo".
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