O dr. Menezes, o escorreito do dr. Menezes, foi entrevistado pela Constança Cunha e Sá. Um dias destes falara a um jornal e, parece, ainda vai perorar mais. Porquê? É simples. Menezes "sente" as "bases", de que se julgava dono, fugirem-lhe. Isto é, a "caírem" para a dra. Ferreira Leite. Porquê? Também é simples. A dra. Leite ainda é a que, de forma menos remota, pode aspirar ao poder. E Menezes sabe que ganhou há seis meses porque prometeu às bases "poder" para depois de amanhã. Menezes foi péssimo na entrevista com Constança. Autista, ressentido (quem o ouvisse até podia julgar que ele fora "impecável" com Marques Mendes) e regionalista (a referência a Fernando Gomes como mais uma "vítima" dos "sulistas elitistas" foi esclarecedora), o ainda presidente do PSD recusa-se a ver no seu "consulado" a menor causa para o seu próprio desastre. Tudo se deveu, afinal, a esse fantástico "tomb raider" de líderes chamado Pacheco Pereira. Ficámos a saber - foi essa a "mais-valia" da entrevista - que, já com Cavaco, Pacheco se tornou especialista em "minar". "Minou" Nogueira a partir de Moscovo, Marcelo a partir da Lapa, Barroso e Lopes a partir dos jornais, da televisão e de um blogue, sendo que é assim, e não com os livros sobre o dr. Cunhal, que "tem ganho a vida". Tudo isto nos garantiu Menezes, sem hesitações, para "provar" que a dra. Leite, ao contrário dos outros dois, é uma candidata "de facção" que, se não vencer por mais de não sei quantos por cento, não tem legitimidade. Os outros, presume-se, têm porque os "seus" estão "espalhados" pelas respectivas candidaturas. Menezes é sempre pior que a sua caricatura. É pena que, com tantos amigos, nenhum lhe explique isto.
7 comentários:
sinto dó do pobre homenzinho. "cada cavadela sua minhoca". bate sempre na tecla errada. é um suburbano ressabiado.prometeu,não deu, se "fudeu".
Ferido na honra, 'apareceu' o Menezes diante da Constança C. e Sá a "explicar" o que nem ele compreende; penso, até, que a entrevistadora se comoveu com o estado de alma do «ainda» (?) "suposto" líder.
Os queixumes quase o levaram às lágrimas, como é hábito; devia ter contido os soluços para não dar uma de 'gozo' ao Marques Mendes.
Menezes : herói de guerras imaginárias, perdidas, era melhor que não tivesse falado e que, no futuro, se calasse ... bem caladinho ... é que já fez estragos demais.
mas a MFL também não é regionalista?
O q ele começa a perceber é q Sócrates pode mesmo perder daqui a 1 ano( e não só a maioria absoluta, como predizem os comentadores...),com os fantásticos resultados económicos à vista, e o desespero aperta.
Será q os laranjas voltam ao poder? Suprema angústia.
O Menezes pode ser o que você quiser João, por mim é igual ao litro. Numa coisa você não tem razão nenhuma. O Pacheco não minou Menezes, pelo menos não minou mais do que mina tudo o que mexe, sendo que o permanente minar acaba por dar num ruído comunicacional, um hábito, que ás tantas já o gato nem vai ás filozes: nem mina nem desmina. O Menezes rebentou sózinho, foi o que foi. O discurso embrulhado em montes de entrefolhos, o dizer e logo desdizer, e é assim mas não bem assim e antes pelo contrário, a redundância contumaz, o floreado rococó e até o tom da fala um híbrido de sacristia, salão de chá e velório, foi isso que lixou Menezes. O homem nunca teve uma ideia, mas se a tivesse tido, a maneira de dizer matava-o. O Menezes não foi minado pelo Pacheco. O Menezes, caro João, fez-se explodir.
Ele falava, e dizia, e eu só conseguia imaginar que iria começar a espumar da boca e iam entrar no estúdio dois homens de branco que o metiam numa camisa de forças e o levavam.
Tive que mudar de canal. Ainda hoje não me refiz da comoção do dia em que o vi abandonar um congresso lavado em lágrimas. O médico aconselha-me a evitar estas cenas.
Acabou por compensar porque fiquei a saber que o Cristiano Ronaldo ficou com a camisola nº 7.
Ainda há quem ache que o Menezes é o melhor autarca do país, mas acredito que o que ele precisa urgentemente é de assistência especializada do foro clínico.
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